Ac. Viseu 1
Manuel Fernandes, Fábio Santiago, Calico, Negrete, Zé Teixeira, João Miguel, Emerson, Álvaro, Carlos Santos, Eduardo e Amarildo
Substituições:
Suplentes não utilizados: André, Paulito, Xinoca, Barra e Bruno Treinador: Idalino de Almeida
Cinfães 1
Padeiro, Rui Picão, Sandro, Marante, Manel, Raul, Rafa, Rogério, Zé Carlos, Gaio e Marcelo
Substituições:
Suplentes não utilizados: Manuel, Agostinho, Anjo, Carlitos, Serginho e Queirós
Treinador: Vítor Moreira
Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 600 espectadores
Árbitro: Pedro Afonso, do CA da Guarda
Auxiliares: Rui Fernandes e Sandro Silva
Ao Intervalo: 0-1
Um grande golo de João Miguel, ao cair do pano, permitiu ao Académico de Viseu obter um ponto frente ao Cinfães, numa tarde em que a formação orientada por Idalino de Almeida fez uma exibição cinzenta, como a tarde que ontem se fez sentir. Foi, como se costuma dizer, melhor o resultado que a exibição e esta foi muito fraca.
Efectivamente, o Académico de Viseu, que até começou bem o jogo, a partir da meia hora desuniu-se, denotando uma deficiente ligação entre sectores, sendo evidente a falta de um trinco para dar consistência à equipa e que possa ser um apoio à defesa. Por muitas adaptações que o técnico academista tente fazer, a verdade é que no plantel, à excepção de Calico que está a jogar, e bem, à defesa, não existe um jogador talhado para estas tarefas e disso se ressente o conjunto. Zé Pedro tem sido opção, mas nem do banco saiu.
Depois de 30 minutos aceitáveis, onde foi evidente a falta de inspiração no ultimo terço do terreno, a falta de Filipe Figueiredo faz-se sentir, a verdade é que os viseenses se desuniram e permitiram que o adversário tomasse conta do jogo e, com toda a naturalidade, se colocasse na posição de vencedor, numa jogada em que Zé Carlos entrou no último reduto viseense como faca em manteiga para bater Manuel Fernandes.
No segundo tempo, os viseenses dominaram territorialmente, mas não sentiram dificuldade em criar situações de golo. E quando tudo parecia perdido, eis que João Miguel decidiu arrancar uma bomba do meio da rua, a uns bons 30 metros da baliza, com Padeiro pregado ao relvado, incapaz de qualquer reacção. O mesmo João Miguel que logo a seguir, também do meio da rua, voltou a ver a bola embater no poste, naquele que poderia ter sido o tento da vitória.
Se analisarmos a exibição dos viseenses nos últimos cinco minutos, diríamos que o empate é lisonjeiro para os visitantes, que em muito se fica a dever a Manuel Fernandes, que arriscou e viu o cartão vermelho, quando, já em período de descontos, travou um adversário no grande circulo, que se encaminhava isolado para a baliza, em condições de fazer o segundo para a sua equipa. Porém, no cômputo geral o empate foi uma dádiva caída dos céus para os academistas.
Eclipsaram-se
à meia hora
A partida iniciou-se com os viseenses apostados em chegar ao golo, carregando sobre o último reduto contrário. Aos 10 minutos o capitão Santos testou a pontaria, com a bola a sair por cima do travessão da baliza de Padeiro. À passagem do primeiro quarto de hora a turma academista detinha o comando da partida e o golo voltou a estar à vista, quando após uma boa abertura de Eduardo para Emerson, que cruzou da esquerda, não apareceu ninguém na zona de tiro.
A primeira investida dos visitantes com perigo ao meio campo academista verificou-se aos 16 minutos, com Raul, ainda de longe, a testar a atenção de Manuel Fernandes. Os viseenses mantinham ascendente no jogo e aos 20 minutos Amarildo apareceu a cabecear na área, com Padeiro a defender com dificuldade junto ao ângulo superior esquerdo da sua baliza. No minuto seguinte, um raid de Eduardo terminou com um remate cruzado, com a bola a sair ao segundo poste. O cariz da partida manteve-se até perto da meia hora, com os academistas a deterem ascendente na partida e a terem algumas oportunidades para inaugurar o marcador.
Estranhamente os viseenses levantaram a guarda, eclipsaram-se, e o Cinfães aproveitou para se instalar no meio terreno contrário, começando a aparecer com mais perigo no meio terreno viseense. Aos 31 minutos Zé Carlos ameaçou, mas Manuel Fernandes deteve o remate do avançado nortenho, que era uma ameaça constante para a defesa academista. Aos 41 minutos, servido por Marcelo, entrou na defesa academista, como faca em manteiga, e à saída de Manuel Fernandes desviou para a baliza, inaugurando o marcador.
O resultado ao intervalo era um prémio para os visitantes e um castigo para a forma como os viseenses encararam os últimos 15 minutos do primeiro tempo, de forma displicente e sem sentido colectivo.
Para a segunda parte Idalino de Almeida teve que fazer uma alteração forçada, uma vez que Eduardo terminou o primeiro tempo a coxear e não recuperou, tendo sido rendido por Barra, que mexeu com a frente de ataque.
Os academistas voltaram a ter a iniciativa de jogo, mas não criavam qualquer ocasião para chegar ao golo. Aos 60 minutos, Amarildo sofreu uma falta junto à linha limite da área, mas Carlos Santos bateu o livre de forma denunciada, com Padeiro a defender sem dificuldades. Por sua vez o Cinfães procurava em contra-ataque surpreender o último reduto contrário, com Zé Carlos a mostrar-se uma dor de cabeça para Calico, Negrete e companhia.
Para complicar ainda mais as coisas, aos 84 minutos, Álvaro viu o cartão vermelho directo. O médio viseense fez falta à entrada do meio campo viseense, quando um adversário se encaminhava para a baliza, mas com muitos jogadores na mesma zona do terreno. Se o cartão foi pela falta, pareceu-nos exagerado, ou terá havido mais alguma coisa para além da infracção?
E quando tudo parecia perdido, já em período de descontos, João Miguel, num grande momento de inspiração, fez o empate, que minimiza a cinzenta exibição dos viseenses.
Este jogo com o Cinfães marcou a estreia de Amarildo. O avançado que veio do Vila Real mostrou uma clara falta de adaptação aos companheiros, além de dificuldades na recepção e entrega da bola. O futuro dirá se é o reforço para o ataque que os viseenses necessitavam.
Este jogo foi dirigido por um trio de arbitragem da Guarda. Gente jovem que fez um trabalho globalmente muito positivo. Excepção mesmo, um lance na área visitantes perto do final, em que nos pareceu ter existido grande penalidade.
José Luís Araújo
Manuel Fernandes, Fábio Santiago, Calico, Negrete, Zé Teixeira, João Miguel, Emerson, Álvaro, Carlos Santos, Eduardo e Amarildo
Substituições:
Suplentes não utilizados: André, Paulito, Xinoca, Barra e Bruno Treinador: Idalino de Almeida
Cinfães 1
Padeiro, Rui Picão, Sandro, Marante, Manel, Raul, Rafa, Rogério, Zé Carlos, Gaio e Marcelo
Substituições:
Suplentes não utilizados: Manuel, Agostinho, Anjo, Carlitos, Serginho e Queirós
Treinador: Vítor Moreira
Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 600 espectadores
Árbitro: Pedro Afonso, do CA da Guarda
Auxiliares: Rui Fernandes e Sandro Silva
Ao Intervalo: 0-1
Um grande golo de João Miguel, ao cair do pano, permitiu ao Académico de Viseu obter um ponto frente ao Cinfães, numa tarde em que a formação orientada por Idalino de Almeida fez uma exibição cinzenta, como a tarde que ontem se fez sentir. Foi, como se costuma dizer, melhor o resultado que a exibição e esta foi muito fraca.
Efectivamente, o Académico de Viseu, que até começou bem o jogo, a partir da meia hora desuniu-se, denotando uma deficiente ligação entre sectores, sendo evidente a falta de um trinco para dar consistência à equipa e que possa ser um apoio à defesa. Por muitas adaptações que o técnico academista tente fazer, a verdade é que no plantel, à excepção de Calico que está a jogar, e bem, à defesa, não existe um jogador talhado para estas tarefas e disso se ressente o conjunto. Zé Pedro tem sido opção, mas nem do banco saiu.
Depois de 30 minutos aceitáveis, onde foi evidente a falta de inspiração no ultimo terço do terreno, a falta de Filipe Figueiredo faz-se sentir, a verdade é que os viseenses se desuniram e permitiram que o adversário tomasse conta do jogo e, com toda a naturalidade, se colocasse na posição de vencedor, numa jogada em que Zé Carlos entrou no último reduto viseense como faca em manteiga para bater Manuel Fernandes.
No segundo tempo, os viseenses dominaram territorialmente, mas não sentiram dificuldade em criar situações de golo. E quando tudo parecia perdido, eis que João Miguel decidiu arrancar uma bomba do meio da rua, a uns bons 30 metros da baliza, com Padeiro pregado ao relvado, incapaz de qualquer reacção. O mesmo João Miguel que logo a seguir, também do meio da rua, voltou a ver a bola embater no poste, naquele que poderia ter sido o tento da vitória.
Se analisarmos a exibição dos viseenses nos últimos cinco minutos, diríamos que o empate é lisonjeiro para os visitantes, que em muito se fica a dever a Manuel Fernandes, que arriscou e viu o cartão vermelho, quando, já em período de descontos, travou um adversário no grande circulo, que se encaminhava isolado para a baliza, em condições de fazer o segundo para a sua equipa. Porém, no cômputo geral o empate foi uma dádiva caída dos céus para os academistas.
Eclipsaram-se
à meia hora
A partida iniciou-se com os viseenses apostados em chegar ao golo, carregando sobre o último reduto contrário. Aos 10 minutos o capitão Santos testou a pontaria, com a bola a sair por cima do travessão da baliza de Padeiro. À passagem do primeiro quarto de hora a turma academista detinha o comando da partida e o golo voltou a estar à vista, quando após uma boa abertura de Eduardo para Emerson, que cruzou da esquerda, não apareceu ninguém na zona de tiro.
A primeira investida dos visitantes com perigo ao meio campo academista verificou-se aos 16 minutos, com Raul, ainda de longe, a testar a atenção de Manuel Fernandes. Os viseenses mantinham ascendente no jogo e aos 20 minutos Amarildo apareceu a cabecear na área, com Padeiro a defender com dificuldade junto ao ângulo superior esquerdo da sua baliza. No minuto seguinte, um raid de Eduardo terminou com um remate cruzado, com a bola a sair ao segundo poste. O cariz da partida manteve-se até perto da meia hora, com os academistas a deterem ascendente na partida e a terem algumas oportunidades para inaugurar o marcador.
Estranhamente os viseenses levantaram a guarda, eclipsaram-se, e o Cinfães aproveitou para se instalar no meio terreno contrário, começando a aparecer com mais perigo no meio terreno viseense. Aos 31 minutos Zé Carlos ameaçou, mas Manuel Fernandes deteve o remate do avançado nortenho, que era uma ameaça constante para a defesa academista. Aos 41 minutos, servido por Marcelo, entrou na defesa academista, como faca em manteiga, e à saída de Manuel Fernandes desviou para a baliza, inaugurando o marcador.
O resultado ao intervalo era um prémio para os visitantes e um castigo para a forma como os viseenses encararam os últimos 15 minutos do primeiro tempo, de forma displicente e sem sentido colectivo.
Para a segunda parte Idalino de Almeida teve que fazer uma alteração forçada, uma vez que Eduardo terminou o primeiro tempo a coxear e não recuperou, tendo sido rendido por Barra, que mexeu com a frente de ataque.
Os academistas voltaram a ter a iniciativa de jogo, mas não criavam qualquer ocasião para chegar ao golo. Aos 60 minutos, Amarildo sofreu uma falta junto à linha limite da área, mas Carlos Santos bateu o livre de forma denunciada, com Padeiro a defender sem dificuldades. Por sua vez o Cinfães procurava em contra-ataque surpreender o último reduto contrário, com Zé Carlos a mostrar-se uma dor de cabeça para Calico, Negrete e companhia.
Para complicar ainda mais as coisas, aos 84 minutos, Álvaro viu o cartão vermelho directo. O médio viseense fez falta à entrada do meio campo viseense, quando um adversário se encaminhava para a baliza, mas com muitos jogadores na mesma zona do terreno. Se o cartão foi pela falta, pareceu-nos exagerado, ou terá havido mais alguma coisa para além da infracção?
E quando tudo parecia perdido, já em período de descontos, João Miguel, num grande momento de inspiração, fez o empate, que minimiza a cinzenta exibição dos viseenses.
Este jogo com o Cinfães marcou a estreia de Amarildo. O avançado que veio do Vila Real mostrou uma clara falta de adaptação aos companheiros, além de dificuldades na recepção e entrega da bola. O futuro dirá se é o reforço para o ataque que os viseenses necessitavam.
Este jogo foi dirigido por um trio de arbitragem da Guarda. Gente jovem que fez um trabalho globalmente muito positivo. Excepção mesmo, um lance na área visitantes perto do final, em que nos pareceu ter existido grande penalidade.
José Luís Araújo
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