O Penalva do Castelo segue em frente na Taça de Portugal, depois de ontem ter eliminado o Maria da Fonte, uma equipa da Povoa de Lanhoso, que deu que fazer à formação de Carlos Agostinho.
Depois de uma primeira parte longe daquilo que pode e sabe, só no segundo tempo a equipa beirã conseguiu resolver o quebra-cabeças que estava a ser o Maria da Fonte, que aproveitando alguma apatia e desconcentração dos locais, logrou adiantar-se no marcador logo aos 17 minutos.
No segundo tempo, com um futebol mais vistoso e agradável, a equipa da casa conseguiu dar a volta ao marcador e seguir em frente na segunda prova mais importante do futebol cá da praça.
Não foi um grande jogo, mas atraiu muitos espectadores. Cerca de meio milhar, alguns vindos da Póvoa de Lanhoso, uma bonita vila ali nos arredores de Braga, assistiram à partida. Esta, pelo que atrás dissemos, foi dividida. Uma primeira parte em que apesar do domínio territorial dos locais, os visitantes foram mais práticos e objectivos, e um segundo tempo em que estes foram encostados às cordas, por via do acerto que os penalvenses mostraram na etapa complementar.
O desacerto
da primeira parte
Era uma partida aguardada com alguma expectativa, tendo em conta que se defrontavam duas equipas do mesmo escalão. Além disso, a possibilidade de que a passagem à eliminatória seguinte pode permitir um bom encaixe financeiro, partindo da possibilidade de que o sorteio pode ditar um "grande" como prenda bem apetecida, era o grande aliciante.
As duas equipas vinham de vitórias em casa na eliminatória anterior. Os penalvense venceram o 1º de Dezembro, com dois golos no prolongamento, enquanto que a equipa da Povoa do Lanhoso "despachou" o Bougadense, equipa da 1ª Divisão Distrital do Porto, por um expressivo 3-0.
A turma orientada por Carlos Agostinho até começou bem o jogo, pois logo no primeiro minuto dispôs de uma boa oportunidade para visar a baliza de Talaia. Impondo um bom ritmo à partida, a turma da casa detinha algum ascendente, mas mostrava alguma incapacidade para abrir espaços de remate no último terço do terreno.
Aos 10 minutos Paulo Listra resolveu testar a meia distância, arrancando uma bomba que esbarrou com estrondo na barra da baliza minhota, com Gilberto, na recarga, a atirar ao lado da baliza.
Com um meio campo povoado, composto por quatro elementos, na cobertura à sua linha defensiva, a formação minhota deixava apenas Filipe e Dino no ataque. E foram estes dois jogadores que estiveram na jogada que inaugurou o marcador. À passagem do minuto 17 Dino escapou pela direita do seu ataque, onde encontrou todas as facilidades para cruzar na grande área para Filipe encostar para o golo, perante o desamparado guarda-redes local.
O golo deixou marcas na turma orientada por Carlos Agostinho, facto aproveitado pelos visitantes para aparecerem com mais frequência no meio campo contrário.
Apesar disso, e aos poucos, a equipa beirã foi-se recompondo e aos 25 minutos poderia ter chegado à igualdade, mas os avançados locais perderam tempo de remate para visar a baliza contrária.
À entrada para o último quarto de hora a turma da casa pareceu disposta a inverter o rumo do marcador, mas eram os minhotos que detinham o controlo do jogo. Os 34 minutos, Lopes apareceu em boa posição na área contrária, mas chegou um pouco atrasado para concluir uma boa iniciativa do seu ataque.
Com o intervalo a aproximar-se, os penalvenses praticavam um futebol algo insípido e sem profundidade, falhando quase sempre o último passe, que poderia ter outras consequências. Deste modo, o intervalo chegou com a turma da Povoa de Lanhoso na liderança do marcador. Como nota de curiosidade, diga-se que nos primeiros 45 minutos, os visitantes conseguiram seis cantos a seu favor, contra apenas um da equipa de Penalva do Castelo.
Ao intervalo, insatisfeito com a produção do primeiro tempo, Carlos Agostinho trocou Lopes por Vaz Pinto e Vítor Hugo por Megane.
Empate a abrir
o segundo tempo
E a segunda metade não poderia ter começado melhor para a equipa da casa, pois logo aos dois minutos Paulo Listra, com um pontapé de primeira, repôs a igualdade, após uma boa jogada de Sérgio, que apareceu incorporado no ataque, pelo lado esquerdo. Aliás, o camisola 5 deixou o sector recuado, obrigando ao recuo de Marco para a defesa, e foi colocar-se no eixo do ataque, ao lado de Tojó, mas ambos sem uma posição definida, o que baralhou o esquema do técnico Dinis Rodrigues.
As alterações introduzidas por Carlos Agostinho resultaram em cheio, pois além do golo do empate, conseguido logo nos minutos iniciais do segundo tempo, a equipa praticava um futebol mais vistoso e incisivo, embora com a pecha da finalização a manter-se. Aos 54 minutos Listra voltou a testar a meia distância, mas a bomba saiu rente ao travessão.
Com os penalvenses a manterem o domínio da partida, a turma minhota aparecia apenas em esporádicos contra-ataques. Aos 56 minutos Diogo rematou cruzado, com a bola a sair ao lado da baliza. Dois minutos depois a bola parou no fundo das malhas de Talaia, mas Tojó tinha feito falta sobre o guarda-redes contrário.
A pressão sobre o último reduto minhoto intensificava-se e aos 68 minutos o golo esteve à vista, mas o remate de cabeça de Tojo, a cruzamento de Megane, encontrou no caminho as costas de Sérgio.
A turma da Póvoa do Lanhoso só aos 71 minutos, em contra-ataque, voltou a criar perigo, com Filipe, na esquerda, a flectir para o meio e a disparar por cima da trave.
Só que a resposta dos locais foi mortífera. Listra trabalhou bem na esquerda, cruzou para a área onde Tojo, perante o desacerto da defensiva contrária, se limitou a empurrar para a baliza, virando a eliminatória a favor da turma orientada por Carlos Agostinho.
Era agora a vez dos minhotos irem em busca do prejuízo. Dinis Rodrigues fez a última alteração, na tentativa de equilibrar o meio campo e dar maior vivacidade ao ataque.
Os locais, em vantagem, iam ocupando os espaços de modo a não permitir veleidades aos visitantes, que acabaram o jogo no meio terreno contrário, mas sem lograrem o empate e forçarem o prolongamento, o que seria de todo injusto, por aquilo que a turma de Carlos Agostinho fez no segundo tempo.
Numa equipa homogénea, merecem destaque Paulo Listra, Tojo e Sérgio, um trio que esteve na base da reviravolta.
Numa tarde fria e cinzenta, a equipa que menos se notou em campo foi a da arbitragem, o que é sempre muito bom sinal. Regressam à Madeira de cabeça tranquila.
Depois de uma primeira parte longe daquilo que pode e sabe, só no segundo tempo a equipa beirã conseguiu resolver o quebra-cabeças que estava a ser o Maria da Fonte, que aproveitando alguma apatia e desconcentração dos locais, logrou adiantar-se no marcador logo aos 17 minutos.
No segundo tempo, com um futebol mais vistoso e agradável, a equipa da casa conseguiu dar a volta ao marcador e seguir em frente na segunda prova mais importante do futebol cá da praça.
Não foi um grande jogo, mas atraiu muitos espectadores. Cerca de meio milhar, alguns vindos da Póvoa de Lanhoso, uma bonita vila ali nos arredores de Braga, assistiram à partida. Esta, pelo que atrás dissemos, foi dividida. Uma primeira parte em que apesar do domínio territorial dos locais, os visitantes foram mais práticos e objectivos, e um segundo tempo em que estes foram encostados às cordas, por via do acerto que os penalvenses mostraram na etapa complementar.
O desacerto
da primeira parte
Era uma partida aguardada com alguma expectativa, tendo em conta que se defrontavam duas equipas do mesmo escalão. Além disso, a possibilidade de que a passagem à eliminatória seguinte pode permitir um bom encaixe financeiro, partindo da possibilidade de que o sorteio pode ditar um "grande" como prenda bem apetecida, era o grande aliciante.
As duas equipas vinham de vitórias em casa na eliminatória anterior. Os penalvense venceram o 1º de Dezembro, com dois golos no prolongamento, enquanto que a equipa da Povoa do Lanhoso "despachou" o Bougadense, equipa da 1ª Divisão Distrital do Porto, por um expressivo 3-0.
A turma orientada por Carlos Agostinho até começou bem o jogo, pois logo no primeiro minuto dispôs de uma boa oportunidade para visar a baliza de Talaia. Impondo um bom ritmo à partida, a turma da casa detinha algum ascendente, mas mostrava alguma incapacidade para abrir espaços de remate no último terço do terreno.
Aos 10 minutos Paulo Listra resolveu testar a meia distância, arrancando uma bomba que esbarrou com estrondo na barra da baliza minhota, com Gilberto, na recarga, a atirar ao lado da baliza.
Com um meio campo povoado, composto por quatro elementos, na cobertura à sua linha defensiva, a formação minhota deixava apenas Filipe e Dino no ataque. E foram estes dois jogadores que estiveram na jogada que inaugurou o marcador. À passagem do minuto 17 Dino escapou pela direita do seu ataque, onde encontrou todas as facilidades para cruzar na grande área para Filipe encostar para o golo, perante o desamparado guarda-redes local.
O golo deixou marcas na turma orientada por Carlos Agostinho, facto aproveitado pelos visitantes para aparecerem com mais frequência no meio campo contrário.
Apesar disso, e aos poucos, a equipa beirã foi-se recompondo e aos 25 minutos poderia ter chegado à igualdade, mas os avançados locais perderam tempo de remate para visar a baliza contrária.
À entrada para o último quarto de hora a turma da casa pareceu disposta a inverter o rumo do marcador, mas eram os minhotos que detinham o controlo do jogo. Os 34 minutos, Lopes apareceu em boa posição na área contrária, mas chegou um pouco atrasado para concluir uma boa iniciativa do seu ataque.
Com o intervalo a aproximar-se, os penalvenses praticavam um futebol algo insípido e sem profundidade, falhando quase sempre o último passe, que poderia ter outras consequências. Deste modo, o intervalo chegou com a turma da Povoa de Lanhoso na liderança do marcador. Como nota de curiosidade, diga-se que nos primeiros 45 minutos, os visitantes conseguiram seis cantos a seu favor, contra apenas um da equipa de Penalva do Castelo.
Ao intervalo, insatisfeito com a produção do primeiro tempo, Carlos Agostinho trocou Lopes por Vaz Pinto e Vítor Hugo por Megane.
Empate a abrir
o segundo tempo
E a segunda metade não poderia ter começado melhor para a equipa da casa, pois logo aos dois minutos Paulo Listra, com um pontapé de primeira, repôs a igualdade, após uma boa jogada de Sérgio, que apareceu incorporado no ataque, pelo lado esquerdo. Aliás, o camisola 5 deixou o sector recuado, obrigando ao recuo de Marco para a defesa, e foi colocar-se no eixo do ataque, ao lado de Tojó, mas ambos sem uma posição definida, o que baralhou o esquema do técnico Dinis Rodrigues.
As alterações introduzidas por Carlos Agostinho resultaram em cheio, pois além do golo do empate, conseguido logo nos minutos iniciais do segundo tempo, a equipa praticava um futebol mais vistoso e incisivo, embora com a pecha da finalização a manter-se. Aos 54 minutos Listra voltou a testar a meia distância, mas a bomba saiu rente ao travessão.
Com os penalvenses a manterem o domínio da partida, a turma minhota aparecia apenas em esporádicos contra-ataques. Aos 56 minutos Diogo rematou cruzado, com a bola a sair ao lado da baliza. Dois minutos depois a bola parou no fundo das malhas de Talaia, mas Tojó tinha feito falta sobre o guarda-redes contrário.
A pressão sobre o último reduto minhoto intensificava-se e aos 68 minutos o golo esteve à vista, mas o remate de cabeça de Tojo, a cruzamento de Megane, encontrou no caminho as costas de Sérgio.
A turma da Póvoa do Lanhoso só aos 71 minutos, em contra-ataque, voltou a criar perigo, com Filipe, na esquerda, a flectir para o meio e a disparar por cima da trave.
Só que a resposta dos locais foi mortífera. Listra trabalhou bem na esquerda, cruzou para a área onde Tojo, perante o desacerto da defensiva contrária, se limitou a empurrar para a baliza, virando a eliminatória a favor da turma orientada por Carlos Agostinho.
Era agora a vez dos minhotos irem em busca do prejuízo. Dinis Rodrigues fez a última alteração, na tentativa de equilibrar o meio campo e dar maior vivacidade ao ataque.
Os locais, em vantagem, iam ocupando os espaços de modo a não permitir veleidades aos visitantes, que acabaram o jogo no meio terreno contrário, mas sem lograrem o empate e forçarem o prolongamento, o que seria de todo injusto, por aquilo que a turma de Carlos Agostinho fez no segundo tempo.
Numa equipa homogénea, merecem destaque Paulo Listra, Tojo e Sérgio, um trio que esteve na base da reviravolta.
Numa tarde fria e cinzenta, a equipa que menos se notou em campo foi a da arbitragem, o que é sempre muito bom sinal. Regressam à Madeira de cabeça tranquila.
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