BOAVISTA, 1 – ESCOLA, 2
A FRIA VINGANÇA DA TAÇA
A FRIA VINGANÇA DA TAÇA
O Boavista dominou a primeira parte, mas foi a Escola que marcou e desconcentrou as «axadrezadas», aproveitando para ampliar a vantagem na segunda parte. Vânia ainda reduziu, mas não havia tempo para mais.
João Miguel Ribeiro
joao.ribeiro@onortedesportivo.com
Moralizado pela vitória que, na semana anterior, havia registado sobre o mesmo adversário, mas então para a Taça de Portugal, o Boavista entrou pressionante, encostando a Escola junto à área que defendia, mas demonstrava dificuldades para entrar no último reduto. A melhor ocasião até aconteceu «por acidente», quando Nanda, de livre em folha seca, quase mete a bola junto ao ângulo do segundo poste.
Anabela e Olga eram as mais inconformadas, tentando carrilar jogo, mas havia sempre umas pernas algures a emperrar. A extrema esquerdo deu, à passagem dos 20 minutos, o golo a Figo, mas esta falhou na cara da guarda-redes. Seis minutos volvidos, é a própria Anabela que remata à figura de Neide, na sequência de um canto.
Mais pragmática, a Escola esperava pelos erros das «panteras» para tentar sair em contra-ataque e deixou um bom aviso aos 28 minutos, depois de Noémia ganhar uma bola de cabeça no meio-campo e fugir pela esquerda. Ao entrar na área, a média não conseguiu melhor do que um remate ao lado.
Estava dado o aviso para o que sucedeu passados cinco minutos. Após livre no lado direito do ataque da Escola, Catarina Almeida sobe mais alto no interior da área e inaugura o marcador.
O Boavista tentou reagir e Anabela trabalha bem na área, mas embrulha-se com a defesa. Fica a ideia de falta para grande penalidade, mas a árbitra mandou seguir.
Na segunda parte, a Escola entrou mais serena e a pressionar à frente. A estratégia desnorteou as boavisteiras e as visitantes aproveitaram para ampliar a vantagem, aos 61 minutos. Leila faz um cruzamento da esquerda e Ana Cristina é mais rápida do que Luísa, apontando o segundo, enquanto as boavisteiras pediam falta sobre a guarda-redes.
Novamente as da casa voltaram à carga. Aos 64, Ritinha – ainda combalida por uma queda na primeira parte em que se lesionou no maxilar – remata ao lado, de ângulo apertado. Cinco minutos depois, Figo, na cobrança de um livre directo, atira à figura de Neide.
A partida arrastava-se para o final e a treinadora do Boavista aproveitou para dar minutos a duas miúdas, Dani (17 anos) e Teté (14). Refira-se que esta última, na primeira vez que toca na bola, ia-se a isolar, mas sofreu uma falta não assinalada. Praticamente no lance a seguir, Vânia aproveitou um canto do lado esquerdo para reduzir, já nos minutos finais da partida.
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TREINADORES
DERROTA DO BOAVISTA NÃO SE QUESTIONA
Maria João Neves assumiu que a derrota foi justa, pois o Boavista “perdeu por culpa própria”, explicando: “Independentemente do adversário, que esteve bem, tivemos muitas oportunidades na primeira parte que não aproveitámos. Não se questiona a derrota, temos de saber viver com as vitórias e também com as derrotas”.
Salientando que as «axadrezadas» são “a grande figura deste Campeonato”, tanto mais que “a equipa é muito jovem”, a treinadora explicou a queda de rendimento na segunda parte: “É complicado estar a dominar por completo a primeira parte e não marcar. Também enfrentámos um adversário aguerrido e não conseguimos jogar com a bola no chão. O Boavista tinha que ganhar, mas não o fez. Vamos continuar a trabalhar para dignificar o clube, até porque este é um projecto a médio e longo prazo”.
O técnico visitante, Quim Jó, afirmou que “a vitória é merecida”, depois de terem “perdido ingloriamente, por 3-2”, para a Taça de Portugal diante do mesmo adversário: “Hoje [ontem] fomos uma equipa com mais capacidade e sorte. O golo na parte final poderia ter complicado, mas merecemos os três pontos”.
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FICHA
Boavista
Luísa; Raquel, Mila, Coentrão e Marisa; Figo, Nanda e Vânia; Olga (Dani, aos 63 minutos), Ritinha (Teté, 86) e Anabela.
Treinadora: Maria João Neves.
Escola
Neide; Suéli, Sandrine, Chica e Catarina Almeida; Catarina Bernardes, Bárbara, Noémia e Ana Cristina; Tânia e Leila.
Treinador: Quim Jó.
Árbitra: Andreia Branco, da Madeira. Jogo disputado no Campo do Ramaldense.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadoras: Catarina Almeida (33), Ana Cristina (61) e Vânia (87).
cronica de "O norte Desportivo Online"
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