O Académico de Viseu foi afastado da Taça Sócios de Mérito pelo Cinfães, numa partida em que a formação orientada por Idalino de Almeida teve uma prestação cinzenta como a tarde que se verificou em Cinfães no passado sábado. Um golo em cada parte decidiu a eliminatória, numa partida fraca, sob o ponto de vista técnico, jogada num ritmo lento, que não deixa saudades.
Sozinhos na cabina de imprensa do Municipal de Cinfães, numa tarde fria, ainda assim abrigados do frio, quase adormecíamos, pois o que víamos no relvado não era de molde a despertar-nos grande atenção e interesse. Para complicar a coisa, o locutor da rádio que escutávamos lá ia dizendo que estava um dia óptimo para estar… à lareira, talvez a reflectir se teria valido a pena ir ver o futebol.
A turma da casa nem precisou de se aplicar muito para vencer o jogo, perante um Académico displicente, pouco concentrado e com distracções que acabaram por ser fatais.
Para esta partida Idalino de Almeida fez algumas alterações na equipa habitual, deixando no banco cinco habituais titulares. O técnico academista não deve ter ficado satisfeito com o que viu. É que a equipa não se entendeu, foi permeável na defesa, por via de uma deficiente cobertura da linha média, que também não municiava o ataque.
A falta de Carlos Santos fez-se sentir, assim como de Tiago, dois jogadores expulsos na última jornada da Divisão de Honra. Sem uma unidade que pautasse e pensasse o jogo e sem um jogador de explosão capaz de criar desequilíbrios, Bruno era um jogador entregue ao seu destino. Bem pedia a bola, mas esta raramente lá chegava.
Assim, os academistas foram vendo o Cinfães jogar de forma tranquila, sem sentir necessidade de acelerar o jogo, marcando em alturas decisivas. Só com a entrada de Filipe Figueiredo, Álvaro e Eduardo o jogo passou a pender mais para os viseenses, mas o resultado já estava feito.
A partida iniciou-se sob o signo do equilíbrio, com os academistas a mostrarem querer assumir o comando da partida. Foi pura ilusão de óptica, pois após a primeira dezena de minutos a turma duriense foi tomando gradualmente o comando do jogo, fruto de um meio campo mais operário e pressionante, mas também por uma deficiente marcação de Negrete, Santiago e companhia.
Foram, contudo, os viseenses a criarem a primeira ocasião de perigo, aos 11 minutos, na sequência de um pontapé de canto apontado por João Miguel, com Bruno a atirar de cabeça ao lado da baliza.
Após o primeiro quarto de hora, a turma de Cinfães começou a aparecer com mais perigo junto à área de André, chegando ao golo aos 17 minutos. Marcelo escapou pela esquerda, ganhou a linha de fundo, sem oposição, cruzou para o segundo poste onde Marante, após um primeiro remate, acabou por fazer o golo de cabeça. E a turma orientada por Vítor Moreira esteve perto de ampliar a vantagem quatro minutos depois, na sequência de um canto apontado na esquerda, com Sandro a desviar de cabeça ao primeiro poste, mas a bola saiu rente ao travessão.
Iam decorridos 26 minutos quando a formação orientada por Idalino de Almeida voltou a aparecer com algum perigo na área contrária, mas o remate, fraquinho, de Barra, saiu ao lado do poste.
À passagem da meia hora a formação de Cinfães controlava o jogo, perante um Académico inconsequente, inócuo e sem conseguir uma jogada com princípio, meio e fim. Pior ainda, sem conseguir fazer dois passes seguidos na zona de meio campo, de forma a abrir espaços na defesa contrária. Só à entrada dos últimos cinco minutos do primeiro tempo os viseenses acordaram, tendo conseguido estar mais tempo no meio terreno contrário. No último minuto, numa jogada pelo lado esquerdo, Simões cruzou para a entrada da área onde Calico, após bom trabalho na zona da meia-lua, viu um defesa desviar o remate pela linha de fundo.
O segundo tempo começou tal como o primeiro, com o Académico a tentar assumir o comando da partida, perante um adversário na expectativa.
Aos 60 minutos o jogo estava equilibrado, mas quando Idalino de Almeida tentava dar a volta ao jogo, lançando Filipe Figueiredo, a turma da casa ampliou a vantagem, aos 62 minutos. Raul entrou na área, com o facilitismo da defesa academista, a ver a banda passar, sendo travado por André. Carlos Pires apontou para a marca de grande penalidade, que Zé Carlos transformou, de forma superior, no segundo golo da equipa da casa.
Filipe entrou e o jogo animou, com os academistas a instalarem-se no meio campo contrário, perante um adversário cada vez mais encolhido e a quem começou a faltar fulgor físico. Depois de trocar Santiago por Álvaro e mais tarde Barra por Eduardo, os academistas tornaram-se mais perigosos, mas era tarde. Eduardo entrou e obrigou Manel a defesa apertada para canto. O jogo acabou com André a ser um mero espectador, já que o jogo decorria todo no meio terreno contrário. Acordaram tarde os academistas, tombando para lá do Montemuro.
Carlos Pires fez uma arbitragem sem mácula. A equipa de arbitragem foi mesmo a melhor em campo.
Ficha de Jogo:
CD Cinfães 2
Manel, Pedro, Sandro, Marante, Manel Vieira, Raul, Rafa, Rui Picão, Zé Carlos, Gaio e Marcelo
Substituições: Gaio por Mauro (73m), Zé Carlos por Paulo Silva (87m) e Rui Picão por Carlitos (90m)
Suplentes não utilizados: Padeiro, Agostinho e Ângelo
Treinador: Vítor Moreira
Ac. Viseu 1
André, Marcos, Caliço, Simões, Santiago, Negrete, Zé Pedro, João Miguel, Zé Teixeira, Bruno e Barra
Substituições: Negrete por Filipe Figueiredo (65m), Santiago por Álvaro (76m) e Barra por Eduardo (84m)
Suplentes não utilizados: Manuel Fernandes e Amarildo
Treinador: Idalino de Almeida
Jogo no Estádio Municipal de Cinfães
Assistência: Cerca de 200 espectadores
Árbitro: Carlos Pires, do CA Viseu
Auxiliares: Mário Costa e Carlos Lourenço
4º Árbitro: Rui Pires
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Marante (17m) e Zé Carlos (63m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Barra (23m) e André (62m)
José Luis Araújo
In Vis Fut Magazine
Sozinhos na cabina de imprensa do Municipal de Cinfães, numa tarde fria, ainda assim abrigados do frio, quase adormecíamos, pois o que víamos no relvado não era de molde a despertar-nos grande atenção e interesse. Para complicar a coisa, o locutor da rádio que escutávamos lá ia dizendo que estava um dia óptimo para estar… à lareira, talvez a reflectir se teria valido a pena ir ver o futebol.
A turma da casa nem precisou de se aplicar muito para vencer o jogo, perante um Académico displicente, pouco concentrado e com distracções que acabaram por ser fatais.
Para esta partida Idalino de Almeida fez algumas alterações na equipa habitual, deixando no banco cinco habituais titulares. O técnico academista não deve ter ficado satisfeito com o que viu. É que a equipa não se entendeu, foi permeável na defesa, por via de uma deficiente cobertura da linha média, que também não municiava o ataque.
A falta de Carlos Santos fez-se sentir, assim como de Tiago, dois jogadores expulsos na última jornada da Divisão de Honra. Sem uma unidade que pautasse e pensasse o jogo e sem um jogador de explosão capaz de criar desequilíbrios, Bruno era um jogador entregue ao seu destino. Bem pedia a bola, mas esta raramente lá chegava.
Assim, os academistas foram vendo o Cinfães jogar de forma tranquila, sem sentir necessidade de acelerar o jogo, marcando em alturas decisivas. Só com a entrada de Filipe Figueiredo, Álvaro e Eduardo o jogo passou a pender mais para os viseenses, mas o resultado já estava feito.
A partida iniciou-se sob o signo do equilíbrio, com os academistas a mostrarem querer assumir o comando da partida. Foi pura ilusão de óptica, pois após a primeira dezena de minutos a turma duriense foi tomando gradualmente o comando do jogo, fruto de um meio campo mais operário e pressionante, mas também por uma deficiente marcação de Negrete, Santiago e companhia.
Foram, contudo, os viseenses a criarem a primeira ocasião de perigo, aos 11 minutos, na sequência de um pontapé de canto apontado por João Miguel, com Bruno a atirar de cabeça ao lado da baliza.
Após o primeiro quarto de hora, a turma de Cinfães começou a aparecer com mais perigo junto à área de André, chegando ao golo aos 17 minutos. Marcelo escapou pela esquerda, ganhou a linha de fundo, sem oposição, cruzou para o segundo poste onde Marante, após um primeiro remate, acabou por fazer o golo de cabeça. E a turma orientada por Vítor Moreira esteve perto de ampliar a vantagem quatro minutos depois, na sequência de um canto apontado na esquerda, com Sandro a desviar de cabeça ao primeiro poste, mas a bola saiu rente ao travessão.
Iam decorridos 26 minutos quando a formação orientada por Idalino de Almeida voltou a aparecer com algum perigo na área contrária, mas o remate, fraquinho, de Barra, saiu ao lado do poste.
À passagem da meia hora a formação de Cinfães controlava o jogo, perante um Académico inconsequente, inócuo e sem conseguir uma jogada com princípio, meio e fim. Pior ainda, sem conseguir fazer dois passes seguidos na zona de meio campo, de forma a abrir espaços na defesa contrária. Só à entrada dos últimos cinco minutos do primeiro tempo os viseenses acordaram, tendo conseguido estar mais tempo no meio terreno contrário. No último minuto, numa jogada pelo lado esquerdo, Simões cruzou para a entrada da área onde Calico, após bom trabalho na zona da meia-lua, viu um defesa desviar o remate pela linha de fundo.
O segundo tempo começou tal como o primeiro, com o Académico a tentar assumir o comando da partida, perante um adversário na expectativa.
Aos 60 minutos o jogo estava equilibrado, mas quando Idalino de Almeida tentava dar a volta ao jogo, lançando Filipe Figueiredo, a turma da casa ampliou a vantagem, aos 62 minutos. Raul entrou na área, com o facilitismo da defesa academista, a ver a banda passar, sendo travado por André. Carlos Pires apontou para a marca de grande penalidade, que Zé Carlos transformou, de forma superior, no segundo golo da equipa da casa.
Filipe entrou e o jogo animou, com os academistas a instalarem-se no meio campo contrário, perante um adversário cada vez mais encolhido e a quem começou a faltar fulgor físico. Depois de trocar Santiago por Álvaro e mais tarde Barra por Eduardo, os academistas tornaram-se mais perigosos, mas era tarde. Eduardo entrou e obrigou Manel a defesa apertada para canto. O jogo acabou com André a ser um mero espectador, já que o jogo decorria todo no meio terreno contrário. Acordaram tarde os academistas, tombando para lá do Montemuro.
Carlos Pires fez uma arbitragem sem mácula. A equipa de arbitragem foi mesmo a melhor em campo.
Ficha de Jogo:
CD Cinfães 2
Manel, Pedro, Sandro, Marante, Manel Vieira, Raul, Rafa, Rui Picão, Zé Carlos, Gaio e Marcelo
Substituições: Gaio por Mauro (73m), Zé Carlos por Paulo Silva (87m) e Rui Picão por Carlitos (90m)
Suplentes não utilizados: Padeiro, Agostinho e Ângelo
Treinador: Vítor Moreira
Ac. Viseu 1
André, Marcos, Caliço, Simões, Santiago, Negrete, Zé Pedro, João Miguel, Zé Teixeira, Bruno e Barra
Substituições: Negrete por Filipe Figueiredo (65m), Santiago por Álvaro (76m) e Barra por Eduardo (84m)
Suplentes não utilizados: Manuel Fernandes e Amarildo
Treinador: Idalino de Almeida
Jogo no Estádio Municipal de Cinfães
Assistência: Cerca de 200 espectadores
Árbitro: Carlos Pires, do CA Viseu
Auxiliares: Mário Costa e Carlos Lourenço
4º Árbitro: Rui Pires
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Marante (17m) e Zé Carlos (63m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Barra (23m) e André (62m)
José Luis Araújo
In Vis Fut Magazine
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