TEMPO: Ameno e soalheiro.
JOGO: Complexo Desportivo do Estádio João Cardoso, em Tondela.
ÁRBITRO: Francisco Bizarro (Castelo Branco), auxiliado por Jorge Cruz (bancada) e Alexandre Rato (peão).
TONDELA: Rui; Chico, Ângelo, Almiro e Magalhães (Steven 61); Espanhol, Barca (capitão) e Artur (Sérgio Vasconcelos 71); Osvaldo, Marcelo e Nogueira (Douglas 85).
NÃO UTILIZADOS: Eduardo Luís, Hugo, Carlos Almeida e Nuno Rato.
TREINADOR: José Martins Leal.
ANADIA FUTEBOL CLUBE: Nuno Lourenço; Ventura, Rui Almeida, Nelson Reis e Gilmar; Luís André, Ruben (capitão) depois Fred (66) e Simões (Paulo Pumba 46); Fábio Santos, Nuno Pedro (Ruben Lameiras 90) e Marito.
NÃO UTILIZADOS: Gonçalo, Diogo, Diogo André e Carvalho.
TREINADOR: Fernando Niza.
ACÇÃO DISCIPLINAR: Cartão amarelo para Nuno Pedro (11), Magalhães (16), Espanhol (20), Nogueira (48), Osvaldo (76) e Ventura (78).
Na primeira volta a equipa do Vale de Besteiros goleou o Anadia em casa mas, com esta a subir de rendimento de jornada para jornada, logrou alcançar o 4.º lugar na competição na jornada anterior, com apenas 3 pontos de diferença.
Se a equipa da Bairrada lograsse alcançar a vitória, ficaria com os mesmos pontos do líder. Assim sendo, esperava-se um jogo vivo e interessante e, naturalmente, bem disputado, mas assim não aconteceu.
Com efeito, quem se deslocou ao Estádio João Cardoso, no último Domingo de Fevereiro, assistiu a um prélio morno, em tarde soalheira, com ambas as turmas a jogar mal e num nível técnico muito fraco.
E basta dizer que, em toda a primeira parte, não existiram quaisquer jogadas de perigo em que estivesse à vista um golo iminente. Mesmo assim, foram os visitantes que mostraram mais vontade de inaugurar o marcador, atacando quando era necessário, sem nunca descurarem a sua barreira defensiva, normalmente sempre bem povoada.
Os tondelenses, por seu turno, encontraram, por sistema, as maiores dificuldades em penetrar no campo adversário, perdendo muitas bolas a meio-campo e não ganhando, nunca, aquela superioridade que seria de esperar numa equipa que comanda a classificação, mesmo com o "demérito" dos adversários.
Deste modo, a folha do bloco de apontamentos manteve-se em branco durante toda a primeira parte e assim continuou no quarto de hora imediato da segunda.
Isto porque, aos 60 minutos, Nogueira dispôs de uma oportunidade de fazer golo, numa das poucas jogadas que lograram "furar" a barreira defensiva anadiense. Quanto todos pensavam que o golo era possível, a bola por si chutada não levou a pontaria desejada e passa ao lado do poste.
Curiosamente, três minutos depois, é a vez do Anadia criar perigo na área contrária, tendo Rui Almeida rematado forte para uma defesa magnífica de Rui, a negar-lhe o golo. Contudo, foi uma defesa incompleta, pois a bola chega aos pés de um outro adversário que, da direita, remata forte, mas longe dos postes à guarda de Rui, o segundo guarda-redes do Desportivo que naquele jogo substituiu Augusto, por este se encontrar a cumprir castigo, por ter visto um cartão vermelho na Gafanha, no jogo anterior, devido a uma falta que cometeu fora da sua grande área.
A jogar melhor na parte complementar, o Desportivo de Tondela, sem ser o senhor absoluto da partida, tentava, agora com outra disposição atacante, chegar ao golo e aos 68 m. Osvaldo, servido por Marcelo, embora acossado por um defesa, não fez melhor do que Nogueira, rematando também ao lado dos postes de Nuno Lourenço que, como o guardião tondelense, se mostrou muito seguro.
Fruto desse "pressing" dos locais para chegar ao golo, é cometida uma falta dentro da grande área anadiense, a merecer a punição com uma grande penalidade. Iam decorridos 83 m. de jogo, uma altura ideal para qualquer equipa chegar à vitória. Este lance surge na sequência de um centro da direita pelos pés de Sérgio Vasconcelos, entrado 12 m. antes a substituir Artur, fazendo viajar a bola por cima da linha defensiva visitante, na ideia de que ela poderia ser aproveitada por um companheiro. Nessa altura, um defesa desvia o esférico com a mão, fazendo-a fugir do alcance dos dianteiros locais. O árbitro, bem colocado, não tem dúvidas em mandar assinalar, de pronto, a marcação da grande penalidade, depois de ter existido, minutos antes, uma outra situação, flagrante, digna desse castigo, quando um atacante tondelense é derrubado dentro do vértice direito da grande área forasteira, ficando por esta e por outras coisas demonstrado que o auxiliar do lado da bancada não esteve bem nas suas decisões.
Sérgio Vasconcelos, apresentando-se para cobrar o castigo máximo, que poderia ter ditado a sorte do vencedor, chuta, desastradamente, muito por alto, não acertando com as malhas.
Toda a gente viu que o Desportivo, desta forma, tinha perdido mais uma oportunidade de fugir aos seus mais directos perseguidores, a que se juntou agora a Sanjoanense, da qual ficou apenas a um ponto, já que o Valcambrense perdeu o 2.º lugar, ao ser derrotado em casa frente ao Gafanha, que está a fugir, nitidamente, à despromoção e o Milheiroense, da 8.ª posição, com a sua vitória expressiva na Tocha (lanterna vermelha) subiu ao 4.º lugar e a três pontos dos tondelenses.
Bem tentaram os locais ainda chegar ao golo, na procura dos três pontos, mas a finalização, mais com o coração do que com a cabeça, foi de molde a não lograrem esses intentos, numa altura em que os jogadores de Anadia caíam no relvado por tudo e por nada, na tentativa de fazer passar o tempo e conseguirem um precioso ponto, mas vendo-se igualados na tabela por mais duas equipas.
Com esta inoperância dos seus atacantes, o Desportivo de Tondela, mesmo assim, continua líder, mas numa situação mais embaraçosa, pela proximidade das equipas que o perseguem.
O trabalho da equipa de arbitragem situar-se-ia em bom plano se não fosse a má prestação do fiscal de linha do lado da bancada. Contudo, da vitória gorada, os tondelenses só terão que queixar-se de si próprios, já que não souberam transformar a grande penalidade numa altura crucial do encontro.
JOGO: Complexo Desportivo do Estádio João Cardoso, em Tondela.
ÁRBITRO: Francisco Bizarro (Castelo Branco), auxiliado por Jorge Cruz (bancada) e Alexandre Rato (peão).
TONDELA: Rui; Chico, Ângelo, Almiro e Magalhães (Steven 61); Espanhol, Barca (capitão) e Artur (Sérgio Vasconcelos 71); Osvaldo, Marcelo e Nogueira (Douglas 85).
NÃO UTILIZADOS: Eduardo Luís, Hugo, Carlos Almeida e Nuno Rato.
TREINADOR: José Martins Leal.
ANADIA FUTEBOL CLUBE: Nuno Lourenço; Ventura, Rui Almeida, Nelson Reis e Gilmar; Luís André, Ruben (capitão) depois Fred (66) e Simões (Paulo Pumba 46); Fábio Santos, Nuno Pedro (Ruben Lameiras 90) e Marito.
NÃO UTILIZADOS: Gonçalo, Diogo, Diogo André e Carvalho.
TREINADOR: Fernando Niza.
ACÇÃO DISCIPLINAR: Cartão amarelo para Nuno Pedro (11), Magalhães (16), Espanhol (20), Nogueira (48), Osvaldo (76) e Ventura (78).
Na primeira volta a equipa do Vale de Besteiros goleou o Anadia em casa mas, com esta a subir de rendimento de jornada para jornada, logrou alcançar o 4.º lugar na competição na jornada anterior, com apenas 3 pontos de diferença.
Se a equipa da Bairrada lograsse alcançar a vitória, ficaria com os mesmos pontos do líder. Assim sendo, esperava-se um jogo vivo e interessante e, naturalmente, bem disputado, mas assim não aconteceu.
Com efeito, quem se deslocou ao Estádio João Cardoso, no último Domingo de Fevereiro, assistiu a um prélio morno, em tarde soalheira, com ambas as turmas a jogar mal e num nível técnico muito fraco.
E basta dizer que, em toda a primeira parte, não existiram quaisquer jogadas de perigo em que estivesse à vista um golo iminente. Mesmo assim, foram os visitantes que mostraram mais vontade de inaugurar o marcador, atacando quando era necessário, sem nunca descurarem a sua barreira defensiva, normalmente sempre bem povoada.
Os tondelenses, por seu turno, encontraram, por sistema, as maiores dificuldades em penetrar no campo adversário, perdendo muitas bolas a meio-campo e não ganhando, nunca, aquela superioridade que seria de esperar numa equipa que comanda a classificação, mesmo com o "demérito" dos adversários.
Deste modo, a folha do bloco de apontamentos manteve-se em branco durante toda a primeira parte e assim continuou no quarto de hora imediato da segunda.
Isto porque, aos 60 minutos, Nogueira dispôs de uma oportunidade de fazer golo, numa das poucas jogadas que lograram "furar" a barreira defensiva anadiense. Quanto todos pensavam que o golo era possível, a bola por si chutada não levou a pontaria desejada e passa ao lado do poste.
Curiosamente, três minutos depois, é a vez do Anadia criar perigo na área contrária, tendo Rui Almeida rematado forte para uma defesa magnífica de Rui, a negar-lhe o golo. Contudo, foi uma defesa incompleta, pois a bola chega aos pés de um outro adversário que, da direita, remata forte, mas longe dos postes à guarda de Rui, o segundo guarda-redes do Desportivo que naquele jogo substituiu Augusto, por este se encontrar a cumprir castigo, por ter visto um cartão vermelho na Gafanha, no jogo anterior, devido a uma falta que cometeu fora da sua grande área.
A jogar melhor na parte complementar, o Desportivo de Tondela, sem ser o senhor absoluto da partida, tentava, agora com outra disposição atacante, chegar ao golo e aos 68 m. Osvaldo, servido por Marcelo, embora acossado por um defesa, não fez melhor do que Nogueira, rematando também ao lado dos postes de Nuno Lourenço que, como o guardião tondelense, se mostrou muito seguro.
Fruto desse "pressing" dos locais para chegar ao golo, é cometida uma falta dentro da grande área anadiense, a merecer a punição com uma grande penalidade. Iam decorridos 83 m. de jogo, uma altura ideal para qualquer equipa chegar à vitória. Este lance surge na sequência de um centro da direita pelos pés de Sérgio Vasconcelos, entrado 12 m. antes a substituir Artur, fazendo viajar a bola por cima da linha defensiva visitante, na ideia de que ela poderia ser aproveitada por um companheiro. Nessa altura, um defesa desvia o esférico com a mão, fazendo-a fugir do alcance dos dianteiros locais. O árbitro, bem colocado, não tem dúvidas em mandar assinalar, de pronto, a marcação da grande penalidade, depois de ter existido, minutos antes, uma outra situação, flagrante, digna desse castigo, quando um atacante tondelense é derrubado dentro do vértice direito da grande área forasteira, ficando por esta e por outras coisas demonstrado que o auxiliar do lado da bancada não esteve bem nas suas decisões.
Sérgio Vasconcelos, apresentando-se para cobrar o castigo máximo, que poderia ter ditado a sorte do vencedor, chuta, desastradamente, muito por alto, não acertando com as malhas.
Toda a gente viu que o Desportivo, desta forma, tinha perdido mais uma oportunidade de fugir aos seus mais directos perseguidores, a que se juntou agora a Sanjoanense, da qual ficou apenas a um ponto, já que o Valcambrense perdeu o 2.º lugar, ao ser derrotado em casa frente ao Gafanha, que está a fugir, nitidamente, à despromoção e o Milheiroense, da 8.ª posição, com a sua vitória expressiva na Tocha (lanterna vermelha) subiu ao 4.º lugar e a três pontos dos tondelenses.
Bem tentaram os locais ainda chegar ao golo, na procura dos três pontos, mas a finalização, mais com o coração do que com a cabeça, foi de molde a não lograrem esses intentos, numa altura em que os jogadores de Anadia caíam no relvado por tudo e por nada, na tentativa de fazer passar o tempo e conseguirem um precioso ponto, mas vendo-se igualados na tabela por mais duas equipas.
Com esta inoperância dos seus atacantes, o Desportivo de Tondela, mesmo assim, continua líder, mas numa situação mais embaraçosa, pela proximidade das equipas que o perseguem.
O trabalho da equipa de arbitragem situar-se-ia em bom plano se não fosse a má prestação do fiscal de linha do lado da bancada. Contudo, da vitória gorada, os tondelenses só terão que queixar-se de si próprios, já que não souberam transformar a grande penalidade numa altura crucial do encontro.
In Jornal de Tondela
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