quarta-feira, março 14, 2007

3ª C: Tondela 1 Águeda 2

TEMPO: Tarde amena e soalheira.
JOGO: Complexo Desportivo do Estádio João Cardoso, em Tondela.
ÁRBITRO: Jorge Rodrigues (Coimbra) auxiliado por Álvaro Martins (bancada) e Freitas da Costa (peão).

TONDELA: Rui; Chico, Ângelo, Almiro e Hugo (Marcelo 74); Espanhol, Barca (capitão) e Artur; Steven, Nogueira (Nuno Rato 82) e Osvaldo.
NÃO UTILIZADOS: Eduardo Luís, Magalhães, Carlos Almeida, Sérgio Vasconcelos e Filipe.
TREINADOR: José Leal.

RECREIO E DESPORTO DE ÁGUEDA: Vasco; Samer, Galhano, Isidro e Pedro; Ricardo Pinto (capitão), Ribeiro e Branco (Quim 72); Pedras (Pará 46), Guan (Tiago Moura 72) e Fernando.
NÃO UTILIZADOS: Campos, Paulito e Ruben.
TREINADOR: Augusto Semedo.

ACÇÃO DISCIPLINAR: Cartão amarelo para Branco (62), Isidro (69), Ribeiro (71), Pedro (83), Espanhol (88), Vasco (91) e Ricardo Pinto (92).
AO INTERVALO: 0 – 0.
MARCADORES: Ângelo (63), Pará e golo de defesa na própria baliza (73) e Fernando (76).

MAUS RESULTADOS DERAM NISTO: VÁRIOS ADVERSÁRIOS DIRECTOS DISPUTAM, COM O C. D. T., A LIDERANÇA!

Mau já teria sido o empate em casa do Desportivo de Tondela, quinze dias antes, com o Anadia, depois de tantos outros pontos perdidos mas que, pelo "demérito" dos adversários, se manteve no comando isolado, sendo, por isso, o campeão da 1.ª volta. No Domingo seguinte, dá-se o "brilharete" de ir impor a derrota em casa do Milheiroense. Pior, foi a derrota do passado Domingo, no seu reduto, frente ao "lanterna vermelha", Recreio e Desporto de Águeda, que a entregou ao Tocha.
Tudo isto com o novo treinador José Leal, que substituiu Luís Almeida, há três jornadas, na chefia técnica da equipa do Vale de Besteiros. Leal, em três jogos, ganhou três pontos fora e perdeu cinco em casa.
Por aqui se infere que a culpa dos maus resultados, em nossa opinião, não terá muito a ver com o desempenho dos treinadores, mas sim, com a prestação da equipa, a realizar, às vezes, bons jogos e outros, muito maus.
No passado Domingo, frente ao último classificado, depois da massa associativa pensar que seria fácil conquistar a vitória, acontece o inesperado e são os adversários que, com querer e inteligência, aproveitaram os erros defensivos do Desportivo de Tondela, infligindo-lhe uma derrota que o coloca numa posição incómoda, pois o Anadia, vencendo fora o seu adversário, iguala os tondelenses no topo da tabela, embora estes ainda liderem por terem conseguido uma vitória no campo daquele, na primeira volta.
E mais, pelos resultados dos adversários mais directos, estão agora nove equipas a lutar pelo primeiro lugar quando, na verdade, o Desportivo de Tondela, bem poderia seguir numa posição confortável se tivesse o estatuto de verdadeira equipa líder.
O jogo frente ao Águeda foi muito pobre. Viram-se em campo duas equipas da mesma bitola, a jogar malzinho, só com a diferença de que o jogo era entre o 1.º e o último da tabela. O 1.º golo, apontado por um defesa local, ainda deu alguma esperança numa vitória caseira, mas os visitantes, quase sem contarem, tiveram facilidades na linha defensiva da casa e souberam dar a volta ao marcador, conseguindo dois golos em três minutos e impor uma derrota humilhante ao líder que, daqui para a frente, não poderá contar com facilidades de ninguém, já que a prova está numa fase crucial, em que existe uma diferença de cinco pontos do 1.º ao 9.º e de seis do 10.º (Gafanha) ao último (Tocha), faltando nove jogos e em causa, ainda, 27 pontos.
Quem foi a Milheirós de Poiares, não viu, no jogo com o Águeda, a garra que os tondelenses tiveram no Domingo anterior. Por quê? Por estarem a jogar com o último da tabela? Esse facto não seria motivação bastante para, ainda com mais empenhamento, construírem um resultado concomitante com a sua condição de líder?
Não dá para entender, não obstante a falta da prestação do guardião Augusto e do defesa Tó Marques, a contas com lesões, segundo julgamos saber.

GANHOU QUEM MAIS MARCOU!

Com o desenrolar do encontro, deu bem para ver que o prélio era de fraca qualidade, com ambos os contendores a terem uma prestação modesta, mais parecendo um jogo, salvo o devido respeito, de uma segunda ou terceira divisão distrital.
Contudo, vimos um Águeda a dar boa réplica e a mostrar mais garra, a lutar, ainda, contra o lugar de despromoção que quer deixar.
Os tondelenses mediam mal os passes, perdiam muitas bolas a meio campo, não gizavam jogadas com princípio, meio e fim, que lhes permitissem criar situações de superioridade numérica na área adversária, já que o Águeda manteve sempre uma boa postura defensiva, sem descurar o contra-ataque, na tentativa de surpreender o líder.
E quem deu o primeiro sinal de perigo, até foram os visitantes quando, Ribeiro remata a contar aos 41 minutos, na pequena área, com Rui a negar-lhe o golo, "in-extremis", com a perna direita. Foi o lance mais perigoso na primeira parte do encontro.
Na segunda parte, os locais melhoraram um pouco o seu rendimento e aos 51 m. a remate de ângulo difícil, de Osvaldo, da esquerda, o guarda redes aguedense faz uma defesa incompleta, Nogueira, na recarga, permite que um defesa salve para canto. E foi o 2.º sinal de perigo neste prélio. Até nisto as duas equipas estavam empatadas.
Mas aos 63 m. os tondelenses inauguram o marcador, por intermédio de Ângelo, na sequência da marcação de um livre descaído da direita. Depois de um pequeno alívio de um defesa, o autor do golo remata à meia volta, não dando hipótese a Vasco de o evitar.
Tudo parecia dizer que o líder seguraria a vantagem e tentaria, naturalmente, aumentar o "socore", adoptando não só uma postura defensiva correcta, o que não fez e num ou noutro contra ataque, conseguir mais um ou dois golos. Tinha obrigação para isso.
Assim não aconteceu e, com jogadores a defenderam o seu reduto atabalhoadamente, Pará remata para a baliza e um defesa local, sem conseguir aliviar o esférico, como seria curial, faz um auto golo. O marcador acabaria por dar um empate, nada promissor para o Desportivo. Iam decorridos 73 m. de jogo.
Três minutos depois, com os visitantes a fazer pela vida, dá-se o inesperado. O Águeda é favorecido com um pontapé livre da esquerda e o esférico viaja até um companheiro na direita que, solto de adversários, centra rasteiro para dentro da pequena área, sem que a bola seja interceptada. Fernando, por ali perto, só tem que empurrar a bola para as malhas de Rui. Estavam conquistados os três pontos.
Ainda faltavam jogar 14 m. mais 5 de compensação, mas a equipa de Tondela não mostrou argumentos de peso para ainda tentar o "volte-face". Aos 89 m. Chico leva a bola à barra e mesmo o empate não é conseguido e, até final, não houve lances capazes para evitar a humilhação.
De qualquer modo, o empate seria o resultado mais justo e a equipa de arbitragem não pode ser culpada pela péssima prestação dos tondelenses.

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