Divisão de Honra: Lusitano 0 Cinfães 0

Foi à chuva que o jogo começou nos Trambelos e com pouca gente nas bancadas. O Cinfães vinha moralizado, fruto de 12 jogos sem perder, enquanto o Lusitano vinha de uma derrota pesada em Mangualde.
Começou melhor o Cinfães e logo aos 11 minutos criou uma situação de golo. O cruzamento da esquerda ia tenso mas Luís conseguiu defender com os pés o “raspão” do avançado cinfanense com a cabeça, levando depois a bola a embater no poste direito.
O Lusitano reagiu e aos 13 minutos, Zé António teve na cabeça o primeiro golo da tarde, mas o cabeceamento saiu muito alto, sob a trave de Padeiro. Ainda no decorrer da primeira metade, o Lusitano criou nova situação de golo, mas Brito não fez melhor do que rematar à figura do guardião adversário.
A primeira parte acabou e com ela levou a qualidade do futebol praticado, já que o segundo tempo não trouxe grande interesse a quem ao jogo assistia.
Contrastando com o equilíbrio e dinâmica da 1ª parte, a segunda metade de jogo não deixa saudades, pelo menos até aos 70 minutos, já que depois disso o futebol espectáculo voltou a aparecer.
O Lusitano dispôs de mais uma boa ocasião, com um remate forte de Marconi que saiu um pouco por cima da barra do Cinfães. Na reacção, Raúl cai na área e avolumaram-se os protestos dos forasteiros. Nuno Ventura não foi na “cantiga” e ajuizou o lance como simulação de Raúl, atribuindo-lhe o respectivo amarelo, embora o árbitro se enganasse e até tivesse mostrado o vermelho directo, rectificando no entanto a sua decisão.
O Lusitano “carregou” no último quarto de hora e visou várias vezes a baliza de Padeiro, tendo, aos 78 minutos, Brito introduzido a bola na baliza cinfanense, depois de cruzamento de Miguel Cruz. O auxiliar de imediato assinalou o fora-de-jogo, pelo que o golo foi anulado. Um lance duvidoso, já que Brito vem de trás, mas ao mesmo tempo aceitável a decisão de Nuno Ventura.
Quem voltou a reagir bem foi o Cinfães, que por intermédio de Zé Carlos teve nos pés o golo que poderia dar os três pontos. Sozinho pelo lado esquerdo, Zé Carlos preferiu o passe para uma zona onde não aparecia ninguém do Cinfães, ao invés de rematar cruzado para a baliza do Lusitano que estava à sua mercê. O lance perdeu-se, e com ele nova possibilidade de haver golos.
Em cima dos 90, o Cinfães tentou o último golpe, mas a pontaria de Marcelo, com um remate a mais de 30 metros, não foi a melhor, desviando a bola perto do poste de Luís que ainda esboçou defesa.
O jogo terminou mesmo com o nulo no marcador, onde o árbitro Nuno Ventura, de Tondela, foi mesmo o melhor em campo. Esteve muito bem, a deixar jogar “à inglesa” e permitindo um futebol mais fluido e sem grandes paragens, mas diga-se, os jogadores também ajudaram, já que protagonizaram um jogo muito correcto, naquilo que o futebol tem de melhor.

Ficha de Jogo:

Lusitano 0
- Luís, Machado, Micó, Madeira, Esteves, Nuno, Marconi, Brito, Miguel Cruz, Cajó e Zé António.
Substituições: Zé António por Fredy (65’), Brito por Neco (90’) e Micó por Hugo Lucas (93’).
Suplentes não utilizados: Rafael, Routar, Daniel e Juan.
Treinador: Joca.

Cinfães 0
- Padeiro, Pedro, Sandro, Marante, Manel, Raúl, Rafa, Mauro, Zé Carlos, Gaio e Marcelo.
Substituições: Gaio por Rogério (75’) e Mauro por Carlitos (87’)
Suplentes não utilizados: Manel II, Agostinho, Ângelo e Carlos.
Treinador: Vitor Moreira.

Jogo no Estádio dos Trambelos, em Viseu
Assistência: cerca de 150 espectadores
Árbitro: Nuno Ventura (Tondela)
Auxiliares: Jorge Ramos e Ângelo Santos.
Resultado ao Intervalo: 0-0.
Acção Disciplinar: Cartão Amarelo para Marconi (25’) e Raúl (73’).

Vitor Ramos (Vis Fut Magazine)