terça-feira, agosto 21, 2007

O Massagista Aconselha Nº12

A Rubrica " O Massagista Aconselha" é semanal, sendo publicada às terças feiras. Esta rubrica só é possível graças a uma colaboração com o Sr. João Carlos Matos do Vale e com o seu blog O Massagista.

NO PAIN, NO GAIN

Na mente de muitos desportistas e agentes esta máxima “no pain, no gain” (sem dor não há ganho) é o pensamento básico e a regra de ouro a seguir.
No entanto este é um dos mitos que a moderna medicina desportiva tenta desmistificar.
O atleta e o corpo técnico e clínico que o acompanham, devem conhecer tão profundamente quanto possível os limites bio-psico-fisiológicos do atleta.
É completamente diferente ir aos limites e outra é ultrapassá-los. No limiar da dor começa por vezes a lesão e no reincidir da ultrapassagem dos limites surge o inevitável agravamento das mesmas lesões.
Outro dos mitos ocorre com atletas que se convencem que se não houver dor, o seu desempenho nos treinos não é o ideal. É completamente errado, já que a dor pode impedir o atleta de melhores desempenhos e de atingir os seus objectivos.
Ao insistir na prática desportiva tentando superar a dor, pode fazer com que a gravidade das lesões seja tremendamente majorada.
O aparecimento de sintomatologia dolorosa durante ou após a competição ou treinos é sinónimo de uma anormalidade. A normalidade é a situação de analgesia.
Com a dor diminui as capacidades psicológicas do atleta e comutativamente a sua performance desportiva.
Um dos exemplos agravantes típicos, é aquilo a que eu chamo o fenómeno da compensação. Por exemplo, um futebolista com sintomatologia dolorosa na região tíbio-társica de um pé, vai “poupá-lo”, forçando o membro não lesionado.
Quando dão entrada no Departamento Médico, é normal depararmo-nos com lesões em ambos os membros.
Os atletas devem ter a capacidade de sofrimento e devem possuir um cabal conhecimento dos seus limites à dor e à sua resistência.
Ao recorrer ao Departamento Médico, deve-se indagar a origem (exame de diagnóstico) para que se possa atacar devidamente.
O repouso é na maioria dos casos obrigatório e deverá ser respeitado o tratamento prescrito pelo mesmo Departamento Médico.

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