O Académico foi a Vale de Cambra obter uma vitória importante, frente a uma equipa que é a rainha dos empates na Série C da Terceira Divisão. E foi um bom jogo, sem, contudo, ter tido futebol de grande qualidade.
Depois de uma primeira parte em que o domínio territorial pertenceu por inteiro à turma da casa, o que não quer dizer que isso significasse criação de oportunidades de golo, a segunda metade mostrou um Académico astuto na forma como chegou ao golo, numa altura em que a equipa da casa mostrava algumas debilidades de ordem física, com alguns jogadores a ficarem abaixo do que tinham mostrado no primeiro tempo.
Aos 58 minutos, Negrete aproveitou um canto apontado por Cardoso para abrir o activo, para dois minutos depois Filipe Figueiredo ampliar a vantagem, numa jogada em que ficou evidente a qualidade de Beaud e que Calico se sente cada vez mais à vontade no lado direito da defesa, subindo a preceito para fazer um cruzamento teleguiado para a cabeça do número 21 fazer o resto.
A formação orientada por Idalino de Almeida está numa fase crescente de forma, mostrando, contudo, ainda algumas dificuldades na transição defesa/ataque.
A defesa transpira confiança, com Negrete e Marcos a mostrarem um bom entendimento, enquanto que Megane dá estabilidade ao lado esquerdo, com Calico, como já referimos, em bom plano no lado contrário. Com Beaud a ser o primeiro tampão, falta um entendimento mais perfeito entre Cardoso e Álvaro, para que o ataque possa ter mais bola. Isto não quer dizer que estes dois jogadores tenham feito um mau jogo, muito pelo contrário, mas, tal como admitiu Idalino de Almeida, sem referir qualquer atleta, ainda há coisas a corrigir para que a equipa se mostre mais estável.
Duas partes distintas
A partida começou com a turma local a tentar surpreender os academistas. Após o apito do juiz do Porto, Douglas tentou surpreender Manuel Fernandes com um remate do grande círculo.
Com um Académico algo encolhido, a turma local aproveitou para tomar conta do jogo, detendo domínio territorial e trocando bem a bola até à entrada da grande área academista, onde as dificuldades de penetração eram evidentes.
À passagem dos primeiros 20 minutos o jogo era disputado, mas sem que houvesse qualquer oportunidade de golo, facto raro no primeiro tempo. Assistia-se a uma partida táctica, com as duas equipas encaixadas, embora os viseenses mostrassem uma maior apetência para dar a iniciativa de jogo ao adversário, tentando depois sair em contra-ataque que, diga-se, poucas vezes resultou. Valério, aos 25 minutos, apareceu a disparar uma bomba à baliza de Carlos Filipe, que defendeu com dificuldade o remate cruzado do médio esquerdo viseense. Foi a única ocasião de golo dos viseenses no primeiro tempo, com os locais a terem a mesma sorte a dois minutos do intervalo, num remate à malha lateral de Rui Pedro.
No segundo tempo, e com a diminuição do ritmo por banda dos locais, os viseenses apareceram com mais perigo na área contrária. Aos 58 minutos, Cardoso apontou um canto na esquerda, com Negrete a subir à área contrária e inaugurar o marcador. Dois minutos depois, e com a equipa local a sentir o golpe, Beaud ganhou uma bola no meio campo, flectiu para a esquerda, mas rapidamente virou o flanco para o lado contrário, onde Calico apareceu a cruzar com conta peso e medida para Filipe Figueiredo aparecer a desviar ao primeiro poste para o golo que deu maior tranquilidade à turma de Idalino de Almeida.
Os locais, em desespero de causa, foram bombeando bolas para a área de Manuel Fernandes, que teve que se aplicar em duas ou três situações, mas nada conseguiu fazer nos instantes finais, quando, perante algumas facilidades concedidas, Rui Pedro (?) fez o tento de honra da turma local.
Para a história fica a vitória dos academistas, que se encontram encostados ao primeiro lugar, deixando o Valecambrense no último lugar da tabela classificativa.
O trio de arbitragem do Porto fez globalmente um trabalho positivo, mas foi contestado pela equipa local, sem razão.
Ficha de Jogo:
Valecambrense 1
Carlos Filipe, Peixe, Américo, Nuno Mota, Rui Pedro, Charuto, Marquinhos, Ruizinho, Marcão, Nuno Preto e Douglas
Substituições: Peixe por Rogério (63m), Ruizinho por Tiago Pina (68m) e Charuto por Hélder Almeida (85m)
Suplentes não utilizados: Rui Miguel, João Madaleno, António Pedro e Hélder Mendes
Treinador: Rui Correia.
Ac.Viseu 2
Manuel Fernandes, Calico, Marcos, Negrete, Megane, Beaud, Álvaro, Cardoso, Valério, Filipe Figueiredo e Zé Bastos
Substituições: Valério por Zé Teixeira (73m), Filipe Figueiredo por Márcio (78m) e Calico por Zé Pedro (87m)
Suplentes não utilizados: Nuno, Lopes e João Miguel
Treinador: Idalino de Almeida.
Jogo no Estádio Municipal das Dairas, em Vale de Cambra
Assistência: Cerca de 1500 espectadores
Árbitro: Cândido Bessa, do CA do Porto
Auxiliares: Duarte Teixeira e Vítor Reis
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Negrete (58m), Filipe Figueiredo (60m) e Rui Pedro (89m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Valério (43m), Calico (44m) e Beaud (68m)
José Luís Araújo (DV)
Foto e Texto in Vis Fut Magazine
Depois de uma primeira parte em que o domínio territorial pertenceu por inteiro à turma da casa, o que não quer dizer que isso significasse criação de oportunidades de golo, a segunda metade mostrou um Académico astuto na forma como chegou ao golo, numa altura em que a equipa da casa mostrava algumas debilidades de ordem física, com alguns jogadores a ficarem abaixo do que tinham mostrado no primeiro tempo.
Aos 58 minutos, Negrete aproveitou um canto apontado por Cardoso para abrir o activo, para dois minutos depois Filipe Figueiredo ampliar a vantagem, numa jogada em que ficou evidente a qualidade de Beaud e que Calico se sente cada vez mais à vontade no lado direito da defesa, subindo a preceito para fazer um cruzamento teleguiado para a cabeça do número 21 fazer o resto.
A formação orientada por Idalino de Almeida está numa fase crescente de forma, mostrando, contudo, ainda algumas dificuldades na transição defesa/ataque.
A defesa transpira confiança, com Negrete e Marcos a mostrarem um bom entendimento, enquanto que Megane dá estabilidade ao lado esquerdo, com Calico, como já referimos, em bom plano no lado contrário. Com Beaud a ser o primeiro tampão, falta um entendimento mais perfeito entre Cardoso e Álvaro, para que o ataque possa ter mais bola. Isto não quer dizer que estes dois jogadores tenham feito um mau jogo, muito pelo contrário, mas, tal como admitiu Idalino de Almeida, sem referir qualquer atleta, ainda há coisas a corrigir para que a equipa se mostre mais estável.
Duas partes distintas
A partida começou com a turma local a tentar surpreender os academistas. Após o apito do juiz do Porto, Douglas tentou surpreender Manuel Fernandes com um remate do grande círculo.
Com um Académico algo encolhido, a turma local aproveitou para tomar conta do jogo, detendo domínio territorial e trocando bem a bola até à entrada da grande área academista, onde as dificuldades de penetração eram evidentes.
À passagem dos primeiros 20 minutos o jogo era disputado, mas sem que houvesse qualquer oportunidade de golo, facto raro no primeiro tempo. Assistia-se a uma partida táctica, com as duas equipas encaixadas, embora os viseenses mostrassem uma maior apetência para dar a iniciativa de jogo ao adversário, tentando depois sair em contra-ataque que, diga-se, poucas vezes resultou. Valério, aos 25 minutos, apareceu a disparar uma bomba à baliza de Carlos Filipe, que defendeu com dificuldade o remate cruzado do médio esquerdo viseense. Foi a única ocasião de golo dos viseenses no primeiro tempo, com os locais a terem a mesma sorte a dois minutos do intervalo, num remate à malha lateral de Rui Pedro.
No segundo tempo, e com a diminuição do ritmo por banda dos locais, os viseenses apareceram com mais perigo na área contrária. Aos 58 minutos, Cardoso apontou um canto na esquerda, com Negrete a subir à área contrária e inaugurar o marcador. Dois minutos depois, e com a equipa local a sentir o golpe, Beaud ganhou uma bola no meio campo, flectiu para a esquerda, mas rapidamente virou o flanco para o lado contrário, onde Calico apareceu a cruzar com conta peso e medida para Filipe Figueiredo aparecer a desviar ao primeiro poste para o golo que deu maior tranquilidade à turma de Idalino de Almeida.
Os locais, em desespero de causa, foram bombeando bolas para a área de Manuel Fernandes, que teve que se aplicar em duas ou três situações, mas nada conseguiu fazer nos instantes finais, quando, perante algumas facilidades concedidas, Rui Pedro (?) fez o tento de honra da turma local.
Para a história fica a vitória dos academistas, que se encontram encostados ao primeiro lugar, deixando o Valecambrense no último lugar da tabela classificativa.
O trio de arbitragem do Porto fez globalmente um trabalho positivo, mas foi contestado pela equipa local, sem razão.
Ficha de Jogo:
Valecambrense 1
Carlos Filipe, Peixe, Américo, Nuno Mota, Rui Pedro, Charuto, Marquinhos, Ruizinho, Marcão, Nuno Preto e Douglas
Substituições: Peixe por Rogério (63m), Ruizinho por Tiago Pina (68m) e Charuto por Hélder Almeida (85m)
Suplentes não utilizados: Rui Miguel, João Madaleno, António Pedro e Hélder Mendes
Treinador: Rui Correia.
Ac.Viseu 2
Manuel Fernandes, Calico, Marcos, Negrete, Megane, Beaud, Álvaro, Cardoso, Valério, Filipe Figueiredo e Zé Bastos
Substituições: Valério por Zé Teixeira (73m), Filipe Figueiredo por Márcio (78m) e Calico por Zé Pedro (87m)
Suplentes não utilizados: Nuno, Lopes e João Miguel
Treinador: Idalino de Almeida.
Jogo no Estádio Municipal das Dairas, em Vale de Cambra
Assistência: Cerca de 1500 espectadores
Árbitro: Cândido Bessa, do CA do Porto
Auxiliares: Duarte Teixeira e Vítor Reis
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Negrete (58m), Filipe Figueiredo (60m) e Rui Pedro (89m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Valério (43m), Calico (44m) e Beaud (68m)
José Luís Araújo (DV)
Foto e Texto in Vis Fut Magazine
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