domingo, dezembro 30, 2007

2ª C: Sátão 0 Covilhã 1


Apesar de ser o líder a visitar o Sátão não foi isso que motivou o público a comparecer para assistir ao jogo. Foi mesmo, julgamos, a menor assistência da época no Estádio Municipal da Premoreira. A isso não é alheio o facto do encontro se disputar ao sábado num concelho predominantemente rural, com as pessoas a trabalharem nas propriedades agrícolas.
Quanto ao jogo, na primeira parte pouco há a dizer. O Covilhã entrou mais pressionante, com os satenses a defender e a contra – atacarem. Aos nove minutos, Paulo Gomes fez mesmo um golo, mas o auxiliar de Pedro Maia indicou posição irregular do dianteiro covilhanense. Ficaram algumas dúvidas. Mas esse aviso parece não ter sido levado em conta pelos locais e, aos 18 minutos, na sequência de um canto a favor dos forasteiros, a bola chegou à pequena área da baliza de Zé Luís, onde surgiu, sem oposição, Paulo Campos a abrir o activo.
Aos 22 minutos, o Sátão perdeu a sua melhor oportunidade de empatar, com Ciro a desaproveitar, incrivelmente, uma oferta de Edgar, atirando ao lado a rasar o poste, só com Igor pela frente. O Covilhã defendia bem os contra – ataques dos donos da casa e aos 34 minutos Gomes atira potente remate à barra da baliza de Zé Luís.
Até ao intervalo, foi o Covilhã que apareceu sempre mais perigoso, mas o marcador não se alterou.Na segunda parte, o Sátão não conseguiu fazer aquilo que costuma, ou seja, entrar de rompante à procura de empatar. O Covilhã estava avisado e não deu veleidades. Não se pode dizer que os satenses não se empenharam nisso, mas o que não se pode negar é que a equipa forasteira é bem mais forte e é mesmo a melhor equipa da Série.
Aos 58 minutos, Gomes, depois de se ter isolado, rodeou Zé Luís e quando se preparava para atirar, deixou fugir a bola pela linha do fundo. Até a cinco minutos do fim o futebol foi jogado em termos de equilíbrio, mas nos últimos dez, com os cinco de descontos, o Sátão conseguiu submeter o Covilhã a um autêntico sufoco. Tó Ferreira esteve à beira de marcar.
De facto, a Associação Desportiva de Sátão merecia, pelo que fez nos minutos derradeiros, o empate. Mas não há campeões sem sorte e o Covilhã conseguiu tê-la nos minutos finais do encontro, com muito sofrimento. No global aceita-se a vitória dos serranos. Arbitragem em bom plano.

Ficha de Jogo:

Sátão 0
- Zé Luís, Tó Ferreira, Élio, Chico, Hélder Sarmento, Deodato, Rebelo, Simões. Ciro Luís e Nelson Leite
Substituições: Rebelo por Tozé (68’), Nelson Leite por Abner (82)
Suplentes não utilizados: Tó Lopes, David e Paulo Meneses
Treinador: Jorge Paiva

Sp. Covilhã 1
- Igor, Márcio, Anky, Sérgio Rebordão, Cordeiro, Edgar, Gomes, André, Paulo Campos, Paulo Vaz e Paulo Gomes
Substituições: Gomes por Bruno Nogueira (61’), André por Ismael (63) e Paulo Gomes por Real (92’).
Suplentes não utilizados: Luís Miguel, Pombo, Djikine e Vladimir
Treinador: Rui França

Jogo no Estádio Municipal da Premoreira, em Sátão
Assistência: Cerca de 100 pessoas
Árbitro: Pedro Maia (Porto)
Auxiliares: Abel Silva e André Silva
Resultado ao intervalo: 0-1
Marcadores: Paulo Campos (18’)
Acção disciplinar: Cartão amarelo: Paulo Campos (23’), Simões (36’). Élio (48’), Igor (85’), Chico (87’) e Sérgio Rebordão (88’). Cartão vermelho para Élio (92’).

C. C.
In Vis Fut Magazine

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