Divisão de Honra: Pesqueira 3-1 Lusitano

Jogo no Estádio Municipal, em S.João da Pesqueira
Assistência - cerca de 80 espectadores
Árbitro - António Augusto Cardoso (Castro Daire)
Auxiliares - Sérgio Rocha e Carlos Silva

Pesqueira - Micas; Licínio, Miguel, Tozé e Vasco; Monteiro (c), Ferraz e Sousa; jóia, Coutinho e Marcelo.
Substituições - Marcelo por Andrade (64'), Coutinho por Fábio (74') e Ferraz por Varela (80')
Suplentes não utilizados - Ferrari, Bigodes, Rodrigues e Tiago
Treinador - José Carlos Coelho

Lusitano - Rafael, Nuno, Madeira, Hugo, Álvaro, Jeremias, Salgueiral, Geyson, Zé António, Agostinho (c) e Diego
Substituições - Zé António por Neco (80') e Nuno por Daniel (80')
Suplentes não utilizados - Luis, Washington, Miguel Lourenço, André e Tiago Ventura
Treinador - Silvério Gomes

Ao intervalo: 1-1

Golos - Tozé (ag, 24'), Ferraz (36'), Miguel (72') e Fábio (90')

Acção disciplinar - Ferraz (43'); Zé António (43') e Geyson (50')

Numa tarde cinzenta, encontraram-se no Municipal da Pesqueira, cujo piso estava em mau estado e muito pesado devido ao mau tempo que se fez sentir na última semana, duas formações com o objectivo de assegurar a manutenção. O Pesqueira com essa meta quase cumprida e o Lusitano a precisar e muito, de pontos para fugir aos últimos lugares.
Começou melhor a partida a equipa visitante, e logo no primeiro minuto, teve uma perdida escandalosa por Zé António. Após um atraso para Micas, o esférico ficou preso numa "poça" de água e o dianteiro viseense aproveitou, para se isolar perante o guarda redes pesqueirense, contornou-o e de baliza escancarada, rematou ao lado.
O primeiro quarto de hora pertenceu quase por completo à formação de Viseu. Apenas aos 15min, a equipa da casa conseguiu criar muito perigo, numa boa jogada de Jóia que culminou com o remate deste, fora do alcance de Rafael, surgindo no último instante, o corte de um defesa do Lusitano para canto.
A formação lusitanista tinha ligeira supremacia a meio campo e aos 24min adiantou-se mesmo no marcador, numa infelicidade de Tozé, que ao tentar atrasar o esférico para Micas, introduziu-o na própria baliza.
Dez minutos depois, o Lusitano podia ter alargado o marcador mas, Zé António depois de uma falha defensiva, isolou-se e rematou novamente ao lado da baliza à guarda de Micas.
Respondeu e bem o Pesqueira, chegando à igualdade no minuto seguinte. Na sequência de uma falta sobre Coutinho, a queimar a linha lateral esquerda da grande área, Ferraz bateu exemplarmente o livre e introduziu o esférico no ângulo contrário, sem qualquer hipótese de defesa para Rafael.
Nesta altura a equipa da casa, já tinha equilibrado as contas da partida e 5min depois, Coutinho foi à linha de fundo e cruzou atrasado para Jóia, que rematou para o fundo das malhas. No entanto, o lance foi anulado por alegada saída do esférico aquando do cruzamento.
Respondeu o Lusitano e 3min depois, Zé António aproveitou uma situação duvidosa de fora de jogo, para se isolar pelo lado direito do seu ataque, flectiu para o centro e à saída de Micas tentou o contacto com o guarda redes pesqueirense. O árbitro da partida, perto do lance, assinalou de pronto a simulação do avançado visitante, mostrando-lhe a cartolina amarela.
Assim se chegou ao intervalo, em que o empate premiava a equipa da casa e prejudicava a turma visitante, que não soube aproveitar as várias ocasiões de golo.

No segundo tempo entrou melhor o Pesqueira mas foi o Lusitano a criar a primeira ocasião de perigo e a pedir novamente grande penalidade, logo aos 50min. Geyson entrou na área pesqueirense e à saída de Micas caiu, pedindo a grande penalidade. António Cardoso, que acompanhava o lance de frente, de pronto assinalou novamente a simulação do avançado e mostrou-lhe a respectiva cartolina amarela.
A formação da casa ia crescendo e aos 56min, Marcelo isolou-se após um passe longo de Sousa, e frente a Rafael rematou à figura. Estava dado o mote para o golo, que surgiu à passagem dos 72 minutos. Após boa triangulação entre Monteiro e Coutinho, este foi à linha de fundo e cruzou atrasado surgindo um atacante do Pesqueira a rematar para uma grande defesa de Rafael para canto. Na sequência deste, Miguel surgiu mais alto que toda a defensiva e pôs o Pesqueira em vantagem no marcador.
A equipa visitante foi atrás do empate e subiu no terreno, atacando mais com o coração do que com a cabeça, e abriu espaços na sua defensiva. A turma pesqueirense aproveitou e ao cair do pano estabeleceu o resultado final, por Fábio. Após uma boa triangulação com Andrade, desmarcou-se pelo lado direito do ataque, entrou na área e apertado por Salgueiral e à saída de Rafael, fez um magnífico chapéu de pé esquerdo, marcando o terceiro golo para os da casa.
No final, o resultado podia ter sido diferente, não fosse a ineficácia dos dianteiros do Lusitano. Contudo, há que dar o mérito ao Pesqueira, por ter tido um alto nível de eficácia, dando a volta ao marcador e sabendo contornar as dificuldades criadas pelo terreno de jogo.

O árbitro da partida, António Augusto Cardoso apesar da idade e da sua envergadura fisíca, acompanhou os lances de perto, havendo muitas dúvidas nas duas grandes penalidades não assinaladas e que foram objecto de contestação por parte dos responsáveis do Lusitano.