SÓ UMA EQUIPA QUIS GANHAR
Em jogo referente aos quartos-de-final da Taça de Portugal, o Avintes perdeu ontem com o Escola, que assim já está nas meias-finais. Uma vitória justa mas por números exagerados por tanto que o Avintes lutou.
Sílvia Soares
silvia.soares@onortedesportivo.com
Quem olha para o resultado fica convencido que o Escola passeou em Gervide, mas não foi verdade. Se a equipa de Tondela inaugurou o activo ainda o cronómetro não tinha atingido os 10 minutos, o certo é que também só marcou os três golos seguintes nos últimos cinco minutos da partida. A vitória das forasteiras é incontestável, já que foram superiores ao longo de toda a partida, enquanto as gaienses acusaram a inexperiência nestas andanças – o Avintes milita na II Divisão, enquanto o Escola está no escalão principal. A isso temos que juntar o facto de, jogando no seu reduto, terem adoptado uma postura muito defensiva para quem queria seguir em frente na prova, depois de ter feito história ao ter chegado aos «quartos» (fruto da isenção na última eliminatória).
O jogo começou com uma toada de conhecimento mútuo das duas equipas, que ainda estavam a encaixar-se uma na outra quando Ana abriu o activo. Após um lançamento perto da marcação de canto (lado direito do ataque), a bola chega à «capitã» Tânia, que de costas para a baliza levanta a bola. Ainda antes de chegar aos pés de Ana, que chutou para o fundo da baliza, ontem defendida por Vera – a guarda-redes Jancido está a cumprir castigo – o «esférico» sofreu um pequeno desvio.
O Avintes não conseguiu reagir e mostrava imensas dificuldades em sair para o ataque, muito por mérito da estrutura montada por Catarina Regalo, que pôs a sua equipa a pressionar cedo, obrigando as gaienses a jogarem muito recuado. Adelaide era a jogadora mais avançada da equipa da «casa», mas sempre muito sozinha, o que permitia às defesas adversárias controlarem com facilidade as fracas investidas das «campeãs» da primeira fase da Zona A.
O segundo tempo trouxe um Avintes mais atrevido, mas sem êxito. Lutou muito, mas continuou sem argumentos para a organização e determinação da «turma» do Escola. Na recta final, quando já nada tinha a perder, acabou goleado, sofrendo três golos em apenas cinco minutos.
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FICHA
FC Avintes
Vera; Susana, Carla Monteiro, Rosa e Teresa (Tixa, 84); Ângela (Ana Filipa, 46), Kate, Chu, Paty (Bela, 75) e Becas; Adelaide. Treinador: Pedro Mendonça.
Escola
Neide; Leila (Andreia, 89), Sandrine (Rita, 90+3), Francisca e Catarina Almeida; Catarina Bernardes, Bárbara e Noémia; Tânia, Suelly (Joana, 69) e Ana. Treinadora: Catarina Regalo.
Árbitro: Soraia Teles, de Aveiro, coadjuvada por Germano Gomes e Miguel Santos. Jogo disputado no campo do Gervide, em Vila Nova de Gaia. Ao intervalo: 0-1. Marcadoras: Ana (9 e 90+4), Tânia (82) e Catarina Almeida (90+1). Cartões amarelos: Teresa (36), Noémia (36), Bárbara (47), Tânia (77) e Leila (79).
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DECLARAÇÕES
FALHÁMOS UM DOS OBJECTIVOS DA ÉPOCA
O objectivo era comum às duas equipas, mas o triunfo apenas a uma sorriu e de forma justa. O técnico do Avintes, Pedro Mendonça, reconheceu que esperava vencer e estar na fase seguinte da prova rainha portuguesa, mas esse não foi o desfecho. “Não era este o resultado que pretendíamos, claro. Queríamos a vitória e alcançar as meias-finais da Taça de Portugal, mas não soubemos concretizar as oportunidades que criámos”.
E prosseguiu na análise: “Até à parte final foi um jogo bastante equilibrado, mas no momento em que decidimos arriscar – estávamos a perder por 1-0 e era um resultado que não nos interessava – sofremos três golos em cinco minutos”.
Confrontado sobre o facto de ter jogado à defesa, o treinador do conjunto gaiense explicou: “Quando arriscámos sofremos em cinco minutos cinco golos, portanto, explica por que não apostámos mais cedo. O Escola tem um conjunto muito forte fisicamente, outra experiência e está num escalão superior”.
O «mister» assumiu que ainda estava a digerir o encontro e quer acreditar que a “equipa não se vai ressentir da derrota”, apesar de admitir que “foi um objectivo falhado”, sobretudo quando o Avintes havia assumido que esta época queria “chegar à final da Taça de Portugal”. Agora é hora de direccionar todas as forças para o Campeonato. Recorde-se que o Avintes está a disputar a fase de acesso à I Divisão Nacional e depois de ter vencido na estreia o Povo Martim, perdeu em Ponte Frielas. No próximo fim-de-semana recebe o Beira-Mar Almada e Pedro Mendonça está confiante: “Agora temos que apontar tudo para o Campeonato. As equipas são mais «fracas» que o Escola e nós somos superiores, por isso, só podemos pensar em ganhar”.
Catarina quer final
Depois de alguns minutos a festejar com as suas pupilas mais um importante triunfo da sua equipa, Catarina Regalo foi parca em palavras mas sem rodeios assumiu: “Estamos nas meias-finais com toda a justiça, apesar do adversário ter dado muita luta e trabalho. O nosso triunfo não merece reparos”.
Agora, a técnica espera “não encontrar o 1.º de Dezembro” e deseja que o sorteio “esteja do lado do Escola”, sobretudo porque o “grande objectivo é chegar à final”.
Após uma etapa concluída com êxito, a jovem que orienta o conjunto de Tondela reconheceu que as baterias apontam-se agora para o Campeonato, onde nem sempre têm sido felizes (estão na quinta posição, com 14 pontos): “Por todo o trabalho feito até aqui merecíamos muito mais. Creio que justo seria estarmos no segundo lugar, mas somos muito irregulares. Tanto fazemos um bom jogo, como foi com o 1.º de Dezembro, como, logo na jornada seguinte, ficámos aquém, como aconteceu com o Murtoense. Por isso, e dada a diferença pontual neste momento, a nossa meta é o terceiro lugar”.
Jornal "Norte Desportivo"
Em jogo referente aos quartos-de-final da Taça de Portugal, o Avintes perdeu ontem com o Escola, que assim já está nas meias-finais. Uma vitória justa mas por números exagerados por tanto que o Avintes lutou.
Sílvia Soares
silvia.soares@onortedesportivo.com
Quem olha para o resultado fica convencido que o Escola passeou em Gervide, mas não foi verdade. Se a equipa de Tondela inaugurou o activo ainda o cronómetro não tinha atingido os 10 minutos, o certo é que também só marcou os três golos seguintes nos últimos cinco minutos da partida. A vitória das forasteiras é incontestável, já que foram superiores ao longo de toda a partida, enquanto as gaienses acusaram a inexperiência nestas andanças – o Avintes milita na II Divisão, enquanto o Escola está no escalão principal. A isso temos que juntar o facto de, jogando no seu reduto, terem adoptado uma postura muito defensiva para quem queria seguir em frente na prova, depois de ter feito história ao ter chegado aos «quartos» (fruto da isenção na última eliminatória).
O jogo começou com uma toada de conhecimento mútuo das duas equipas, que ainda estavam a encaixar-se uma na outra quando Ana abriu o activo. Após um lançamento perto da marcação de canto (lado direito do ataque), a bola chega à «capitã» Tânia, que de costas para a baliza levanta a bola. Ainda antes de chegar aos pés de Ana, que chutou para o fundo da baliza, ontem defendida por Vera – a guarda-redes Jancido está a cumprir castigo – o «esférico» sofreu um pequeno desvio.
O Avintes não conseguiu reagir e mostrava imensas dificuldades em sair para o ataque, muito por mérito da estrutura montada por Catarina Regalo, que pôs a sua equipa a pressionar cedo, obrigando as gaienses a jogarem muito recuado. Adelaide era a jogadora mais avançada da equipa da «casa», mas sempre muito sozinha, o que permitia às defesas adversárias controlarem com facilidade as fracas investidas das «campeãs» da primeira fase da Zona A.
O segundo tempo trouxe um Avintes mais atrevido, mas sem êxito. Lutou muito, mas continuou sem argumentos para a organização e determinação da «turma» do Escola. Na recta final, quando já nada tinha a perder, acabou goleado, sofrendo três golos em apenas cinco minutos.
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FICHA
FC Avintes
Vera; Susana, Carla Monteiro, Rosa e Teresa (Tixa, 84); Ângela (Ana Filipa, 46), Kate, Chu, Paty (Bela, 75) e Becas; Adelaide. Treinador: Pedro Mendonça.
Escola
Neide; Leila (Andreia, 89), Sandrine (Rita, 90+3), Francisca e Catarina Almeida; Catarina Bernardes, Bárbara e Noémia; Tânia, Suelly (Joana, 69) e Ana. Treinadora: Catarina Regalo.
Árbitro: Soraia Teles, de Aveiro, coadjuvada por Germano Gomes e Miguel Santos. Jogo disputado no campo do Gervide, em Vila Nova de Gaia. Ao intervalo: 0-1. Marcadoras: Ana (9 e 90+4), Tânia (82) e Catarina Almeida (90+1). Cartões amarelos: Teresa (36), Noémia (36), Bárbara (47), Tânia (77) e Leila (79).
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DECLARAÇÕES
FALHÁMOS UM DOS OBJECTIVOS DA ÉPOCA
O objectivo era comum às duas equipas, mas o triunfo apenas a uma sorriu e de forma justa. O técnico do Avintes, Pedro Mendonça, reconheceu que esperava vencer e estar na fase seguinte da prova rainha portuguesa, mas esse não foi o desfecho. “Não era este o resultado que pretendíamos, claro. Queríamos a vitória e alcançar as meias-finais da Taça de Portugal, mas não soubemos concretizar as oportunidades que criámos”.
E prosseguiu na análise: “Até à parte final foi um jogo bastante equilibrado, mas no momento em que decidimos arriscar – estávamos a perder por 1-0 e era um resultado que não nos interessava – sofremos três golos em cinco minutos”.
Confrontado sobre o facto de ter jogado à defesa, o treinador do conjunto gaiense explicou: “Quando arriscámos sofremos em cinco minutos cinco golos, portanto, explica por que não apostámos mais cedo. O Escola tem um conjunto muito forte fisicamente, outra experiência e está num escalão superior”.
O «mister» assumiu que ainda estava a digerir o encontro e quer acreditar que a “equipa não se vai ressentir da derrota”, apesar de admitir que “foi um objectivo falhado”, sobretudo quando o Avintes havia assumido que esta época queria “chegar à final da Taça de Portugal”. Agora é hora de direccionar todas as forças para o Campeonato. Recorde-se que o Avintes está a disputar a fase de acesso à I Divisão Nacional e depois de ter vencido na estreia o Povo Martim, perdeu em Ponte Frielas. No próximo fim-de-semana recebe o Beira-Mar Almada e Pedro Mendonça está confiante: “Agora temos que apontar tudo para o Campeonato. As equipas são mais «fracas» que o Escola e nós somos superiores, por isso, só podemos pensar em ganhar”.
Catarina quer final
Depois de alguns minutos a festejar com as suas pupilas mais um importante triunfo da sua equipa, Catarina Regalo foi parca em palavras mas sem rodeios assumiu: “Estamos nas meias-finais com toda a justiça, apesar do adversário ter dado muita luta e trabalho. O nosso triunfo não merece reparos”.
Agora, a técnica espera “não encontrar o 1.º de Dezembro” e deseja que o sorteio “esteja do lado do Escola”, sobretudo porque o “grande objectivo é chegar à final”.
Após uma etapa concluída com êxito, a jovem que orienta o conjunto de Tondela reconheceu que as baterias apontam-se agora para o Campeonato, onde nem sempre têm sido felizes (estão na quinta posição, com 14 pontos): “Por todo o trabalho feito até aqui merecíamos muito mais. Creio que justo seria estarmos no segundo lugar, mas somos muito irregulares. Tanto fazemos um bom jogo, como foi com o 1.º de Dezembro, como, logo na jornada seguinte, ficámos aquém, como aconteceu com o Murtoense. Por isso, e dada a diferença pontual neste momento, a nossa meta é o terceiro lugar”.
Jornal "Norte Desportivo"
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