2ª C: Sátão 0 O. Bairro 3

Com tempo chuvoso e sintético algo encharcado, as duas equipas entraram com disposição atacante, mas desde logo foi visível que os visitantes mostravam maior empenho ofensivo e isso ficou provado aos dois minutos, quando Éder conseguiu abrir o activo, com a complacência da defensiva da casa que deixou o seu adversário rematar com todo o à vontade.
A reacção dos locais era esperada pelo Oliveira do Bairro e, por isso, esta equipa fechou-se um pouco mais e tentou superiorizar-se na movimentação a meio campo, o que conseguiu obrigando os locais a não avançarem em demasia. Com essa contenção restava apenas o recurso à velocidade de Rodrigo, mas a ala que utilizava estava muito consistente e o seu trabalho foi infrutífero. Os forasteiros corriam menos, mas chegavam mais rapidamente à baliza de Zé Luís. Depois de um período de algum equilíbrio, o Oliveira do Bairro voltou a marcar, aos 37 minutos, por Pina. No entanto, este golo, pareceu-nos, surgiu de um lance irregular do marcador, pois quando recebeu o esférico deu a ideia que estava em fora de jogo.
O Sátão foi para a frente à procura do prejuízo, mas foi visível alguma descrença nos seus jogadores, ou então foi o conjunto forasteiro que conseguiu “aparar” os lances dos satenses e Mário Júlio apenas por duas vezes teve se colocar à prova todo o valor que lhe é reconhecido. O intervalo chegou com o Oliveira do Bairro em vantagem. Contudo, se as equipas fossem para as cabinas apenas com um golo bairradino, seria muito mais justo.
Para a segunda parte as equipas encontraram um adversário inevitável. De facto, a chuva que caiu durante a primeira parte e o intervalo, deixou o sintético com grandes poças de água, o que provocava a prisão do esférico, deixando os jogadores fora do lance. O frio também contribuía para alguma falta de aplicação dos atletas. Mas o Sátão, como lhe competia, foi mais para a frente à procura do golo, encontrando pela frente uma defensiva bastante coesa e segura.
Jorge Paiva fez sair o estreante Ayuk e fez entrar o atacante Nuno Simões, arriscando mais ofensivamente e a verdade é que o golo esteve à vista, mas Tó Ferreira, na sequência de um canto convertido por Rodrigo, falhou o que toda a gente já gritava, o golo. Depois da pressão inicial o Sátão foi decaindo e a consequência foi sofrer mais um golo com Miguel Tomás a concluir um bom centro de Pina. Estava dada a machadada final, até porque os locais também não pareciam ter capacidade para dar a volta ao texto. O Oliveira do Bairro limitou-se então a gerir o tempo e a vantagem e, ainda, chegar à baliza de Zé Luís com perigo.

Sátão 0
Zé Luís; Tó Ferreira, Élio, Chico e Hélder Sarmento; Deodato, Rodrigo e Rebelo; Ayuk, Luís e Nelson Leite
Substituições: Ayuk por Nuno Simões (50’), Rebelo por Ciro (62’) e Rodrigo por Tozé (76’)
Suplentes não utilizados: Tó Lopes, David e Abner
Treinador: Jorge Paiva

Ol. Bairro 3
Mário Júlio; Zé Carlos, Vitinha, Jean e Miguel Tomás; Paulo Costa, Pina e Rui Carlos; Eder, Alexis e Lerandro
Substituições: Leandro por Xavier (63’), Pina por Luís Barreto (78’) e Alexis por Justiça (86’)
Suplentes não utilizados: Ivo, Fábio, Elton, e Nelson Rato
Treinador: João Pedro Mariz

Jogo no Estádio da Premoreira, em Sátão
Assistência: Cerca de 100 espectadores
Árbitro: Quitério de Almeida (Lisboa)
Auxiliares: Nuno Mira e Mário Filipe
Resultado ao intervalo: 0-2
Marcadores: Eder (2’), Pina (37’), Miguel Tomás (67’)

Silvino Cardoso
In Desporto da Rádio Vouzela