Taça de Portugal: R. Brava 1 Cinfães 1 (3-5 gp)

Viagem à Madeira deu passagem na eliminatória

C.D. Cinfães avança na Taça de Portugal

Raça, querer e sacrifício.
São as 3 melhores palavras que melhor definem a passagem à 3ª eliminatória da Taça de Portugal do Clube Desportivo de Cinfães. Começaram melhor os da casa, habituados ao relvado em mau estado do complexo desportivo da Madeira e a tomar conta do jogo. Aos 15 minutos e sem oportunidades de golo para ambos os lados, Nogueira saiu lesionado sendo inclusive levado ao Centro de Sáude da Ribeira Brava, dando o lugar a Domingos. Esperava-se uma tarde de sacrifício ao CD Cinfães que viria a ser ainda mais acentuada quando Miguel Matos após um mau alívio da bola fez falta na grande área que de pronto foi assinalada pelo árbitro da partida. No castigo máximo, o experiente Marco Freitas fez o 1-0.
Não poderia ter começado pior o jogo ao clube Duriense. Mas contra todas as expectativas a equipa azul e branca impôs o seu futebol e foi com alguma justiça e naturalidade que após uma excelente jogada de futebol Miki aproveitou para restabelecer a igualdade à saída do guarda-redes madeirense.
Na 2ª parte o Ribeira Brava fez entrar 2 jogadores que vieram dar mais consistência ao meio-campo e tomou conta do jogo. A melhor oportunidade de golo foi causada por Hélvio após um excelente cabeceamento com a bola a embater na barra. No entanto a maior parte dos ataques dos Madeirenses morriam na eficiente defesa do CD Cinfães, que sempre que podia lançava contra-ataques que continuavam a por em sentido a defesa dos verde e brancos.
Aos 89 minutos Luís viu a 2ª cartolina amarela e foi expulso injustamente e a pressão do Ribeira Brava intensificou-se até ao apito final dos 94 minutos de jogo mas sem resultados práticos.
No reatamento do jogo o Ribeira Brava foi melhor e empurrou o CD Cinfães para a defesa que mesmo a jogar com 10 elementos foi chegando e sobrando para as investidas do Ribeira Brava. Na 2ª parte do prolongamento o CD Cinfães equilibrou a partida e tentou levá-la para a lotaria das grandes penalidades onde viria a ser bastante feliz e eficiente já que marcou as 5 grandes penalidades sendo Mauro o jogador que viria a sentenciar a passagem à 3ª eliminatória da Taça de Portugal do CD Cinfães.
Vitória do querer, da raça e do enorme espírito de sacrifício que houve por parte dos jogadores do CD Cinfães que acreditaram sempre num resultado positivo para a sua equipa.
A equipa de arbitragem esteve segura, manchando o seu trabalho na amostragem do 2º cartão amarelo a Luis que em nosso entender foi exagerada.

Ficha de Jogo:

C.D. Ribeira Brava – 1
Bruno Freitas, João Antunes, Paulinho, Hélvio, Vítor Silva, Dinarte, Ludgero, Diego, Mendy, Fernandes e Marco Freitas
Substituições: Pedro Pita por Dinarte e Cristiano por Mendy ao intervalo
Suplentes não utilizados: Costinha, Cláudio, Hélder, Renato e Fábio
Treinador: Rodrigues

C.D. Cinfães – 1
Miguel Matos, Maia, Luís, Jonas, Kipulo, Rogério, Rui Gonçalves, André Pinto, Nogueira, Nakata e Miki
Substituições: Domingos por Nogueira (15´), Serra por Rogério (85´) e Mauro por Domingos (103´)
Suplentes não utilizados: Padeiro, Carlitos, Zé Pedro e Manuel Vieira
Treinador: Vítor Moreira

Complexo Desportivo da Madeira, Ribeira Brava
Cerca de 100 espectadores
Árbitro: Paulo Rodrigues (AF Setúbal)
Auxiliares: Domingos Viegas e Domingos Quintelas
Ao intervalo: 1-1 (3-5 nas grandes penalidades)
Marcadores: Marco Freitas (22´ gp) e Miki (32´)
Acção Disciplinar: Cartões Amarelos para Miguel Matos (23´), Maia (37´), Luís (66´ e 89´), Rogério (75´), Paulinho (77´) e Fernandes (87´). Cartão Vermelho por acumulação para Luís (89´)

[Serpa Pinto]