PAGA APENAS PARTE DOS SALÁRIOS EM ATRASO
A direcção do Sport Lisboa e Nelas, da série C da II Divisão, pagou hoje apenas uma pequena parte do dinheiro prometido a sete futebolistas com três meses de salários em atraso.
O clube tinha-lhes garantido que ia saldar "pelo menos dois meses de ordenados" com o dinheiro do subsídio de 10.000 euros da câmara municipal, mas a verdade é que cada um recebeu somente 400 euros entregues pelo vice-presidente Alexandre Alves, o que totaliza apenas 2.800.
"Prometeram resolver a situação segunda-feira, mas a verdade é que não o fizeram. Garantiram que vão resolver até ao final da semana, altura em que vai haver uma AG pelo facto de esta direcção estar demissionária. Estamos todos apreensivos, a passar por momentos difíceis", contou à Lusa o "capitão" Everton.
Segundo foi possível apurar junto de outro elemento do plantel, o "vice" disse aos atletas que o presidente, Luís Rodrigues, reteve boa parte do dinheiro entregue pela autarquia, motivo pelo qual não pôde saldar a dívida na totalidade.
A mesma fonte adiantou que já este ano o clube recebeu 5.000 euros da transferência do jogador José Inácio para o Madalena, mas que nem um euro serviu para pagar ao plantel.
Everton relata o "drama" vivido pelos atletas e manifestou o desejo de que a solução "chegue o mais rápido possível".
Entretanto está marcada para sábado (18:30) uma Assembleia Geral para decidir o futuro do clube, já que toda a direcção está demissionária.
Alegadamente por não ser paga pelo clube, a cozinheira contratada para alimentar diariamente os atletas faltou hoje, pelo que o grupo teve de ir a um restaurante.
Quanto ao arrendamento dos apartamentos em que os futebolistas estão instalados, "parece que a situação está praticamente resolvida", diz Everton.
O plantel do Nelas, penúltimo classificado, está agora reduzido a apenas 11 elementos, sendo que os quatro restantes são reforços de inverno, na reabertura do mercado.
Em Dezembro a direcção prometeu saldar todas as dívidas até 15 de Janeiro e o sindicato dos jogadores entregou 400 euros a cada atleta para resolverem problemas mais urgentes na época natalícia.
In Jornal Record
A câmara municipal de Nelas manifestou ontem "grande preocupação" pelo facto de a situação de salários em atraso dos futebolistas do Sport Lisboa e Nelas (II Divisão) persistir apesar do subsídio atribuído ao clube, alegadamente para resolver o problema.
"Pagámos antecipadamente o mês de Janeiro, supostamente para resolver a urgência de dois de três meses de salários em atraso aos jogadores. Retivemos 25 por cento, como diz a lei, devido às dívidas do Nelas à segurança social. Entregámos cerca de 10.000 euros, mas parece que os jogadores só receberam 2.800. Quem ficou com o dinheiro não sabemos", contou à Lusa o vice-presidente da autarquia.
Osvaldo Seixas reuniu-se ontem à tarde de emergência com o vice-presidente do Sport Lisboa e Nelas, Alexandre Alves, que entregou apenas 400 euros a cada um dos sete futebolistas em causa.
No encontro não ficou a saber onde param os restantes 7.200 euros, mas foi informado que o "vice" está demissionário, tal como a restante direcção: sábado, às 18:30, vai decorrer uma assembleia geral para resolver o futuro do clube.
"Estamos muito preocupados com o drama pessoal e profissional dos atletas, tal como quando acontece com outra empresa do concelho", garante o governante.
Segundo dados da autarquia, o Nelas terá um passivo a rondar os 300.000 euros, "mas a realidade ninguém a sabe, pelo que é acreditar até ver".
"O clube não pode acabar. Ninguém percebe porquê esta crise. Nas contas de 2007 havia um passivo de pouco mais de 100.000 euros, que não era preocupante, pois só da câmara o apoio é de cerca de 200.000 euros anuais. Ninguém percebe o que se passa. A autarquia vai esperar pelo resultado da AG para perceber o que os sócios querem para o Nelas", esclareceu Osvaldo Seixas.
A Lusa tentou obter a versão do presidente Luis Rodrigues e o "vice" Alexandre Alves sem sucesso.
Texto: Agência Lusa
In VFM
O clube tinha-lhes garantido que ia saldar "pelo menos dois meses de ordenados" com o dinheiro do subsídio de 10.000 euros da câmara municipal, mas a verdade é que cada um recebeu somente 400 euros entregues pelo vice-presidente Alexandre Alves, o que totaliza apenas 2.800.
"Prometeram resolver a situação segunda-feira, mas a verdade é que não o fizeram. Garantiram que vão resolver até ao final da semana, altura em que vai haver uma AG pelo facto de esta direcção estar demissionária. Estamos todos apreensivos, a passar por momentos difíceis", contou à Lusa o "capitão" Everton.
Segundo foi possível apurar junto de outro elemento do plantel, o "vice" disse aos atletas que o presidente, Luís Rodrigues, reteve boa parte do dinheiro entregue pela autarquia, motivo pelo qual não pôde saldar a dívida na totalidade.
A mesma fonte adiantou que já este ano o clube recebeu 5.000 euros da transferência do jogador José Inácio para o Madalena, mas que nem um euro serviu para pagar ao plantel.
Everton relata o "drama" vivido pelos atletas e manifestou o desejo de que a solução "chegue o mais rápido possível".
Entretanto está marcada para sábado (18:30) uma Assembleia Geral para decidir o futuro do clube, já que toda a direcção está demissionária.
Alegadamente por não ser paga pelo clube, a cozinheira contratada para alimentar diariamente os atletas faltou hoje, pelo que o grupo teve de ir a um restaurante.
Quanto ao arrendamento dos apartamentos em que os futebolistas estão instalados, "parece que a situação está praticamente resolvida", diz Everton.
O plantel do Nelas, penúltimo classificado, está agora reduzido a apenas 11 elementos, sendo que os quatro restantes são reforços de inverno, na reabertura do mercado.
Em Dezembro a direcção prometeu saldar todas as dívidas até 15 de Janeiro e o sindicato dos jogadores entregou 400 euros a cada atleta para resolverem problemas mais urgentes na época natalícia.
In Jornal Record
A câmara municipal de Nelas manifestou ontem "grande preocupação" pelo facto de a situação de salários em atraso dos futebolistas do Sport Lisboa e Nelas (II Divisão) persistir apesar do subsídio atribuído ao clube, alegadamente para resolver o problema.
"Pagámos antecipadamente o mês de Janeiro, supostamente para resolver a urgência de dois de três meses de salários em atraso aos jogadores. Retivemos 25 por cento, como diz a lei, devido às dívidas do Nelas à segurança social. Entregámos cerca de 10.000 euros, mas parece que os jogadores só receberam 2.800. Quem ficou com o dinheiro não sabemos", contou à Lusa o vice-presidente da autarquia.
Osvaldo Seixas reuniu-se ontem à tarde de emergência com o vice-presidente do Sport Lisboa e Nelas, Alexandre Alves, que entregou apenas 400 euros a cada um dos sete futebolistas em causa.
No encontro não ficou a saber onde param os restantes 7.200 euros, mas foi informado que o "vice" está demissionário, tal como a restante direcção: sábado, às 18:30, vai decorrer uma assembleia geral para resolver o futuro do clube.
"Estamos muito preocupados com o drama pessoal e profissional dos atletas, tal como quando acontece com outra empresa do concelho", garante o governante.
Segundo dados da autarquia, o Nelas terá um passivo a rondar os 300.000 euros, "mas a realidade ninguém a sabe, pelo que é acreditar até ver".
"O clube não pode acabar. Ninguém percebe porquê esta crise. Nas contas de 2007 havia um passivo de pouco mais de 100.000 euros, que não era preocupante, pois só da câmara o apoio é de cerca de 200.000 euros anuais. Ninguém percebe o que se passa. A autarquia vai esperar pelo resultado da AG para perceber o que os sócios querem para o Nelas", esclareceu Osvaldo Seixas.
A Lusa tentou obter a versão do presidente Luis Rodrigues e o "vice" Alexandre Alves sem sucesso.
Texto: Agência Lusa
In VFM
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