Quando Desportivo de Tondela e Desportivo de Cinfães se cruzam, a emoção, e imprevisibilidade no resultado, parecem garantidas. O ‘electrizante’ encontro da primeira volta desta fase terminou com um 5-4 pouco vulgar e ontem, no Estádio João Cardoso, houve novamente muitos golos.
A importância deste encontro era indesmentível. O Tondela não podia escorregar sob pena de poder permitir ao Anadia isolar-se no comando, enquanto o Cinfães estava proibido de sair derrotado para não ficar já praticamente arredado da luta pela subida.
Boa entrada dos visitantes
Não poderia ter começado melhor a ‘turma’ de Vítor Moreira. Logo ao primeiro minuto, Nakata deu sinal de perigo com um bom remate cruzado, a partir da direita, que não passou muito longe do poste da baliza de Rui Vale. Quatro minutos volvidos gritou-se o primeiro golo. A defesa tondelense aliviou um cruzamento para zona proibida e Rui Gonçalves rematou fácil e colocado para o fundo das redes.
O Cinfães entrava a todo gás, ainda que sem deter um domínio que lhe permitisse ‘descansar’ na sua defesa. Por seu turno, o Tondela teve de reagir ao impacto inicial e até ao intervalo não conseguiu penetrar com eficácia o sector mais recuado dos forasteiros.
Os primeiros lances de maior destaque para os da casa só apareceram de meia distância. Aos 27’, Tarzan rematou forte à figura de Miguel Matos e aos 31’ Gomes atirou a mais de 40 metros para ver a bola embater com violência no travessão. Pelo meio, o Cinfães voltou a assustar Rui Vale. Cobrança rápida de um livre e Miki rematou forte junto ao poste esquerdo.
A um minuto do tempo de intervalo Beré pediu penálti por alegada mão de um defesa mas a proximidade do jogador não deixava evitar o toque após o remate forte do tondelense, se é que ele existiu.
Ao intervalo aceitava-se o resultado com trabalho quase impecável do árbitro.
No arriscar é que esteve o ganho
Para a segunda parte, António Jesus decidiu arriscar e, diga-se, tomou boa decisão já que permitiu ao Tondela ter mais opções ofensivas e maior capacidade para criar espaços na defesa visitante. Para tal, saiu o lateral Tarzan para a entrada do avançado João Peixe.
E logo aos 52’ o conjunto local empatou o jogo. Alguma ‘cerimónia’ na defesa do Cinfães permitiu depois a Gomes rematar colocado e rasteiro, ‘fabricando’ desse modo a igualdade.
Reagiram os cinfanenses que, à passagem do minuto 65, viram Sérgio Silva obrigar Rui Vale a defesa apertada.
Porém, a moral estava em alta para os jogadores da casa que intensificaram a procura da vitória. Aos 66’, João Peixe cabeceou a rasar o poste mas seria três minutos depois que o Tondela chegaria à vantagem. Beré, pela direita, fez passe de rotura para João Peixe, do outro lado do campo, que rematou forte para conseguir um golo de belo efeito.
A aposta de António Jesus revelava-se acertada enquanto Vítor Moreira era obrigado a refrescar o ataque com as entradas de Mauro e Nogueira.
Três penáltis em dez minutos
A cinco minutos dos 90’ o árbitro Ricardo Duarte começou a manchar a sua exibição que, até aqui, tinha sido bastante razoável.
Rui Gonçalves, tentando desmarcar um colega, acabou sentado no relvado e o árbitro assinalou o que poucos viram: grande penalidade. Na conversão, o mesmo Rui Gonçalves não falhou e restabeleceu a igualdade.
O Tondela via a sua liderança ameaçada e atacou com tudo nos últimos minutos, ‘conquistando’, aos 89’, um penálti que parecia ‘salvador’. Xico terá sido impedido de saltar junto ao 2º poste (muitas dúvidas) e Ricardo Duarte voltou a apontar para a marca de penálti. Na conversão, Beré bem fez a ‘paradinha’ mas Miguel Matos evitou o ‘tento’ com excelente defesa.
O empate parecia inevitável, apesar dos 5 minutos de compensação (exagerados), e a mancha maior na exibição do árbitro veio nos últimos segundos. Não obstante a compensação descabida, deixou o jogo ‘rolar’ até aos 96 minutos e meio, altura em que assinalou um penálti cometido por Kipulo. O lance não deixa dúvidas e, chamado a marcar, Piojo mostrou como se faz, marcando o golo da vitória já aos 97 minutos. O jogo terminou logo de seguida.
O Tondela conquistou uma vitória sofrida que acaba por se aceitar embora conseguida muito para lá do tempo que deveria ter sido jogado nos ‘descontos’. Verdade também que o golo do empate a duas bolas para o Cinfães surge de um penálti inexistente.
Subida mais longe para os cinfanenses e liderança assegurada, em conjunto com o Anadia, para a formação de António Jesus.
Trio de Arbitragem: O árbitro de Braga, Ricardo Duarte, ‘borrou’ a pintura nos últimos minutos pois durante 85 minutos teve um trabalho positivo.
Tondela 3
Rui Vale, Xico, Séninho, João Paulo, Tarzan, Espanhol, Gomes, Nuno Pedro, Piojo, Beré e Ricardo
Substituições: Tarzan por João Peixe (45’) e Gomes por Barca (82’)
Suplentes não utilizados: Mickael, Ivo Maia, Schwartz, Josivan e Carlos Almeida
Treinador: António Jesus
Cinfães 2
Miguel Matos, Maia, Luís, Jonas, Kipulo, Rogério, Rui Gonçalves, André Pinto, Nakata, Sérgio Paulo e Miki
Substituições: Rogério por Mauro (72’), Miki por Nogueira (72’) e Maia por Zé Pedro (84’)
Suplentes não utilizados: Padeiro, Domingos, Sidon, Filipe Carvalho, Mauro e Vítor Moreira
Treinador: Vítor Moreira
Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela
Assistência: cerca de 350 pessoas
Árbitro: Ricardo Duarte (Braga)
Auxiliares: João Pinheiro e Valdemar Maia
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Rui Gonçalves (5’ e 86’ de g.p.), Gomes (52’), João Peixe (69’) e Piojo (97’)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Tarzan (12’), Maia (14’), Miki (42’), Nuno Pedro (53’), André Pinto (67’), Séninho (85’), Espanhol (91’), Luís (95’) e Kipulo (96’)
Vítor Ramos
In VFM
A importância deste encontro era indesmentível. O Tondela não podia escorregar sob pena de poder permitir ao Anadia isolar-se no comando, enquanto o Cinfães estava proibido de sair derrotado para não ficar já praticamente arredado da luta pela subida.
Boa entrada dos visitantes
Não poderia ter começado melhor a ‘turma’ de Vítor Moreira. Logo ao primeiro minuto, Nakata deu sinal de perigo com um bom remate cruzado, a partir da direita, que não passou muito longe do poste da baliza de Rui Vale. Quatro minutos volvidos gritou-se o primeiro golo. A defesa tondelense aliviou um cruzamento para zona proibida e Rui Gonçalves rematou fácil e colocado para o fundo das redes.
O Cinfães entrava a todo gás, ainda que sem deter um domínio que lhe permitisse ‘descansar’ na sua defesa. Por seu turno, o Tondela teve de reagir ao impacto inicial e até ao intervalo não conseguiu penetrar com eficácia o sector mais recuado dos forasteiros.
Os primeiros lances de maior destaque para os da casa só apareceram de meia distância. Aos 27’, Tarzan rematou forte à figura de Miguel Matos e aos 31’ Gomes atirou a mais de 40 metros para ver a bola embater com violência no travessão. Pelo meio, o Cinfães voltou a assustar Rui Vale. Cobrança rápida de um livre e Miki rematou forte junto ao poste esquerdo.
A um minuto do tempo de intervalo Beré pediu penálti por alegada mão de um defesa mas a proximidade do jogador não deixava evitar o toque após o remate forte do tondelense, se é que ele existiu.
Ao intervalo aceitava-se o resultado com trabalho quase impecável do árbitro.
No arriscar é que esteve o ganho
Para a segunda parte, António Jesus decidiu arriscar e, diga-se, tomou boa decisão já que permitiu ao Tondela ter mais opções ofensivas e maior capacidade para criar espaços na defesa visitante. Para tal, saiu o lateral Tarzan para a entrada do avançado João Peixe.
E logo aos 52’ o conjunto local empatou o jogo. Alguma ‘cerimónia’ na defesa do Cinfães permitiu depois a Gomes rematar colocado e rasteiro, ‘fabricando’ desse modo a igualdade.
Reagiram os cinfanenses que, à passagem do minuto 65, viram Sérgio Silva obrigar Rui Vale a defesa apertada.
Porém, a moral estava em alta para os jogadores da casa que intensificaram a procura da vitória. Aos 66’, João Peixe cabeceou a rasar o poste mas seria três minutos depois que o Tondela chegaria à vantagem. Beré, pela direita, fez passe de rotura para João Peixe, do outro lado do campo, que rematou forte para conseguir um golo de belo efeito.
A aposta de António Jesus revelava-se acertada enquanto Vítor Moreira era obrigado a refrescar o ataque com as entradas de Mauro e Nogueira.
Três penáltis em dez minutos
A cinco minutos dos 90’ o árbitro Ricardo Duarte começou a manchar a sua exibição que, até aqui, tinha sido bastante razoável.
Rui Gonçalves, tentando desmarcar um colega, acabou sentado no relvado e o árbitro assinalou o que poucos viram: grande penalidade. Na conversão, o mesmo Rui Gonçalves não falhou e restabeleceu a igualdade.
O Tondela via a sua liderança ameaçada e atacou com tudo nos últimos minutos, ‘conquistando’, aos 89’, um penálti que parecia ‘salvador’. Xico terá sido impedido de saltar junto ao 2º poste (muitas dúvidas) e Ricardo Duarte voltou a apontar para a marca de penálti. Na conversão, Beré bem fez a ‘paradinha’ mas Miguel Matos evitou o ‘tento’ com excelente defesa.
O empate parecia inevitável, apesar dos 5 minutos de compensação (exagerados), e a mancha maior na exibição do árbitro veio nos últimos segundos. Não obstante a compensação descabida, deixou o jogo ‘rolar’ até aos 96 minutos e meio, altura em que assinalou um penálti cometido por Kipulo. O lance não deixa dúvidas e, chamado a marcar, Piojo mostrou como se faz, marcando o golo da vitória já aos 97 minutos. O jogo terminou logo de seguida.
O Tondela conquistou uma vitória sofrida que acaba por se aceitar embora conseguida muito para lá do tempo que deveria ter sido jogado nos ‘descontos’. Verdade também que o golo do empate a duas bolas para o Cinfães surge de um penálti inexistente.
Subida mais longe para os cinfanenses e liderança assegurada, em conjunto com o Anadia, para a formação de António Jesus.
Trio de Arbitragem: O árbitro de Braga, Ricardo Duarte, ‘borrou’ a pintura nos últimos minutos pois durante 85 minutos teve um trabalho positivo.
Tondela 3
Rui Vale, Xico, Séninho, João Paulo, Tarzan, Espanhol, Gomes, Nuno Pedro, Piojo, Beré e Ricardo
Substituições: Tarzan por João Peixe (45’) e Gomes por Barca (82’)
Suplentes não utilizados: Mickael, Ivo Maia, Schwartz, Josivan e Carlos Almeida
Treinador: António Jesus
Cinfães 2
Miguel Matos, Maia, Luís, Jonas, Kipulo, Rogério, Rui Gonçalves, André Pinto, Nakata, Sérgio Paulo e Miki
Substituições: Rogério por Mauro (72’), Miki por Nogueira (72’) e Maia por Zé Pedro (84’)
Suplentes não utilizados: Padeiro, Domingos, Sidon, Filipe Carvalho, Mauro e Vítor Moreira
Treinador: Vítor Moreira
Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela
Assistência: cerca de 350 pessoas
Árbitro: Ricardo Duarte (Braga)
Auxiliares: João Pinheiro e Valdemar Maia
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Rui Gonçalves (5’ e 86’ de g.p.), Gomes (52’), João Peixe (69’) e Piojo (97’)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Tarzan (12’), Maia (14’), Miki (42’), Nuno Pedro (53’), André Pinto (67’), Séninho (85’), Espanhol (91’), Luís (95’) e Kipulo (96’)
Vítor Ramos
In VFM
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