efeneto – Quem é Simão, o “capitão”?
Simão - Chamo-me Simão Pedro Cardoso Simão, tenho 31 anos e jogo futebol desde os 9 anos de idade, fiz a minha formação toda no GDR de Canas de Senhorim, fiz o meu primeiro jogo pelos seniores do GDR na época 1994/1995 e ai continuei até á época de 2001/2002 em que ingressei no S. L. Nelas, na época de 2002/2003 joguei na Associação Desportiva de Lagares da Beira, na distrital de Coimbra, na época seguinte, 2003/2004, voltei ao GDR onde permaneço até hoje.
Simão - Chamo-me Simão Pedro Cardoso Simão, tenho 31 anos e jogo futebol desde os 9 anos de idade, fiz a minha formação toda no GDR de Canas de Senhorim, fiz o meu primeiro jogo pelos seniores do GDR na época 1994/1995 e ai continuei até á época de 2001/2002 em que ingressei no S. L. Nelas, na época de 2002/2003 joguei na Associação Desportiva de Lagares da Beira, na distrital de Coimbra, na época seguinte, 2003/2004, voltei ao GDR onde permaneço até hoje.
efeneto – Ao fim de tantos anos de tristezas e alegrias na sua carreira desportiva, sublinhe-nos aqui uma delas em ambas as situações. A maior tristeza e a maior alegria.
Simão - Depois de tantos anos é bastante difícil sublinhar uma alegria e uma tristeza desportiva, mas penso que a maior alegria foi a conquista do título de Campeão Distrital da 1ª Divisão, na época 2006/2007, apesar de ser sempre bom a conquista de algo, esse campeonato foi para nós, GDR, muito difícil, onde só a grande união de grupo e o excelente balneário nos permitiu chegar ao fim em primeiro lugar. A maior tristeza foi talvez o facto de não poder ajudar os meus colegas na última final da Taça Sócios de Mérito, 2005/2006, pois estava castigado e foi muito difícil ver de fora os meus colegas a tentarem superar-se e a não conseguirem, esse jogo foi talvez dos mais marcantes, pois foram tantas as contrariedades, com dois jogadores lesionados a terem que entrar de início para completar o onze.
efeneto – Já com diversos anos de futebol, dê-nos a sua visão acerca do futebol que se pratica no Distrito de Viseu. A escassez de equipas do Distrito nas divisões de topo implica um futebol mediano ou mesmo de baixo nível?
Simão - Sou da opinião de que o futebol que se pratica no distrito de Viseu é de grande qualidade e grande competitividade, mesmo comparado com os da nacional. As condições de trabalho também melhoram de ano para ano, ou seja, cada vez as equipas trabalham melhor e com mais qualidade, o que dificulta e dá mérito a quem consegue chegar na frente ao fim das trinta jornadas. Com a situação actual do País, das empresas, que cada vez mais tem dificuldades em ajudar os clubes, das Autarquias que tendem a reduzir ao mínimo os subsídios dados, os clubes têm necessidade de encurtar ao máximo as despesas, por exemplo, terem os planteis mais curtos, apostarem mais forte na formação, preferir jogar num escalão inferior e lutar pelo objectivo da subida, tentando assim atrair adeptos e associados. Não estamos em tempos de se cometerem loucuras como no passado.
efeneto – Falemos agora da época finda. Conheceu dois treinadores. Na sua opinião a prestação da equipa melhorou? O método de treino utilizado por ambos é totalmente diferente ou por outro lado são compatíveis?
Simão - Esta época, tivemos dois treinadores, e como é de calcular, duas maneiras diferentes de ver e entender o futebol, ouve alterações nos métodos de trabalho, pois o anterior mister trabalhava mais o aspecto físico e o actual mais o aspecto técnico/táctico, ouve uma clara melhoria a nível de resultados e do futebol jogado.
efeneto – Agora que a época terminou, praticamente toda a gente ficou com a sensação que o 5º lugar alcançado sabe a pouco derivado á qualidade da equipa. Partilha deste pensamento?
Simão - Sim, partilho, havia de facto condições para termos alcançado um lugar melhor, talvez mesmo para termos lutado pela subida de divisão. Este ano tivemos um “calcanhar de Aquiles”, os campos pelados, aí sim tivemos enormes dificuldades, nem sempre soubemos interpretar o tipo de futebol que ali se pode e deve jogar.
efeneto – Pelo contrato já assinado vamos ter Simão por mais uma época pelo menos. Será a última? E a ser verdade depois do abandono estará nos seus horizontes uma futura carreira de treinador?
Simão - Nunca me coloquei essa questão, vou jogar futebol até me sentir útil, espero ter pelo menos essa percepção. Se serei um dia treinador? Espero e acredito que sim, mas ainda é muito cedo para pensar nisso, sou da opinião que não chega ter sido jogador para ser treinador, é preciso muito mais, muita formação.
efeneto – A realizar-se o sonho na próxima época será que o “Desportivo” tem estrutura para uma possível subida de Divisão?
Simão - Pela equipa que em princípio se manterá, com uma ou outra mais valia acho que estão reunidas condições para se tentar, pelo menos, andar na luta pelos primeiros lugares, por outro lado também acho que não basta ter só uma boa equipa, o balneário tem que ser muito unido e forte, uma família, onde todos se respeitem e saibam estar, o que nem sempre é possível. E por outro lado o nome do clube também tem muito peso quando se joga para objectivos tão elevados e o GDR não será propriamente um clube com pergaminhos de nacional. Acho que teremos de dar um passo de cada vez e consolidarmo-nos como um clube da honra.
efeneto – No balneário sente-se o cheiro da já conhecida “alma canense”. Tendo por base a luta pelo concelho, como nos traduz essa “alma canense”?
Simão - O GDR é um clube especial, disso ninguém tem dúvidas, quem um dia aqui joga guarda este clube para sempre no coração, e se me permitem, também me sinto um bocado culpado por esse facto, pois ao longo dos anos tenho tentado contribuir para que o balneário tenha o melhor ambiente possível. Agora a nível político, tirando o fim do século passado e o início deste, onde o GDR sofreu bastante com o esquecimento, tal como outras colectividades Canenses, hoje em dia isso não se sente, pelo que ouço os subsídios tem sido respeitados e vão-se fazendo obras de melhoramento nas instalações.
efeneto – O trabalho nas camadas jovens tem dado excelentes resultados depois que esta direcção reactivar o futebol de formação. Tendo o pai na direcção e o filho nas camadas jovens como se sente no meio deste clã dos “Simões”? Será o epicentro da tal “alma canense” no “Desportivo”?
Simão - Desde sempre que o meu Pai me acompanha no GDR, a mim e ao meu irmão que também jogou no GDR, já fez parte de várias direcções. É e sempre foi para mim um orgulho representar este clube e ter alguém a acompanhar-me para me criticar quando é necessário. O mesmo se passa com o meu filho, que tento acompanhar ao máximo a sua evolução. O facto de estarmos todos no GDR é pelo facto de realmente gostarmos do Clube e de futebol, apenas e só isso, não somos de certo o centro de nada ali dentro.
efeneto - Deixe-nos aqui uma mensagem para os jovens canenses que esta época farão parte das camadas jovens do “Desportivo”. Avisos e conselhos.
Simão - Penso que devem aproveitar ao máximo as condições que o GDR lhes oferece para praticarem desporto, para evoluírem como pequenos homens, nunca descorando a escola, devem ter a ambição de serem melhores hoje do que foram ontem e isso só acontece com muito trabalho, muito treino, muita entrega, muita amizade e companheirismo. Devem respeitar e ouvir os treinadores e os colegas mais velhos.
efeneto – Agradeço a sua disponibilidade e já que esta entrevista irá ser publicada em diversos espaços virtuais, tem por habito consultar a blogosfera canense?
Simão - Sim, tenho por hábito consultar a blogosfera Canense e desportiva em geral, tanto a nível distrital como nacional. Acho muito valioso e tenho muito respeito por quem procura informar o que se passa no mundo, e na nossa terra em particular. Acho que com respeito e compreensão é aqui o local ideal para se poder debater todos os tipos de assunto com interesse em geral.
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