sábado, outubro 31, 2009

Infantis - Carregal Sal 17x1 Escola Molelinhos

Jogo sem história como seria de esperar em que a curiosidade seria a de ver como joga uma equipa feminina num escalão completamente dominado por equipas masculinas.

Partida de sentido único em que ninguém se lesionou, em que mudou aos 8 e acabou aos 16 tendo a equipa da Escola fechado a contagem na marcação de uma grande penalidade, cometida sobre o único rapaz da equipa, e superiormente concretizado por uma rapariga.



NOTA OPINATIVA:

Longe de mim meter-me nas opções das pessoas e dos clubes, mas não resisto a dar opinião.

Uma equipa que começou este ano em Setembro, que tem na sua equipa 10 raparigas e 1 rapaz, e que joga sempre com equipas masculinas... Não me parece muito justo para ninguém, nem para elas proprias nem para o único rapaz da equipa, nem para os adversários.

As raparigas têm o medo natural de colocar o pé na bola, e do contacto, tanto com o adversário como com a propria bola, como se percebe quando viram as costas sempre que um rapaz chuta uma bola pelo ar, agora imagine-se que quem está na baliza também é uma rapariga e também joga assim.

Depois o único rapaz que por sinal é muito melhor que alguns dos adversários não tem um único companheiro que consiga fazer uma jogada com ele com principio, meio e fim, muitas vezes limitando-se a pegar na bola e ir com ela até à area adversária até porque as colegas normalmente não avançam no terreno. (Foi assim que conseguiu o penalti fintando dois ou três jogadores desde o meio campo).

A ideia é muito louvável e é de apoiar um grupo feminino, mas penso que assim nem as raparigas evoluiem porque simplesmente não conseguem fazer dois passes seguidos devido à maior capacidade fisica dos rapazes contra quem jogam.

Acho que faz falta apostar em mais dois ou três elementos masculinos para jogarem de inicio e fixos como acontece com o único que lá está, começando por um guarda-redes rapaz ( nestas idades é extremamente dificil conseguir que uma rapariga vá para a baliza e se atire para o chão, ou que meta as mãos à bola quando ela vai pelo ar, etc), e mais um ou dois para equilibrar as operações a meio campo e que permita conseguir fazer-se jogadas ou mais jogadas, equilibrando assim as partidas.

Não só as equilibrava como fazia crescer as restantes raparigas que estivessem na equipa, motivando-as, concentrando-as, fazendo-as não temer o contacto fisico, nem o receio de colocar o pé, etc.

Falo assim pelo que já vi em equipas que apresentam muito menos raparigas, como o SL Nelas que o ano passado tinha a Daniela e conseguia mesmo assim - sozinha - obter muito mais situações de jogo e de choque e até de jogar do que se estivesse num grupo muito maior só de raparigas.

Bom podemos dizer que é o começo este ano e para o ano será melhor, mas para o ano as raparigas terão também mais um ano e assim sucessivamente até sairem do escalão e entrarem noutro... A nível pessoal não me parece que daqui a um ano as raparigas já joguem o suficiente para perderem apenas por metade por exemplo... mas posso estar enganado.


Espero que vejam a minha opinião como algo positivo e não uma critica, até porque gostei bastante da ideia e só é pena que as outras equipas apostem tão pouco na vertente feminina não colocando uma ou duas (ou mais) raparigas nas suas equipas, mas penso que a culpa é essencialmente de dois factores: Primeiro achar que as raparigas não nasceram para jogar à bola; Segundo achar que só atrapalham, e o que o pessoal quer é vencer já desde cedo, embora custe a muita gente admitir que entra nos jogos e nos torneios para ganhar e não para dar aos miudos uma oportunidade de se divertirem e praticar desporto e isso nota-se até nas substituições que se fazem no decorrer dos jogos.


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