A sina de sempre
Operário voltou a ter que correr atrás do prejuízo para conseguir pontuar diante dos seus adeptos. Futebol de ataque não teve a devida correspondência na finalização. Empate com o Académico de Viseu é curto para sossegar.
Mais dois pontos esbanjados em casa e o aproximar da zona de descida são a consequência do empate consentido pelo Operário na recepção ao Académico de Viseu, adversário que se revelou personalizado a defender frente a um colectivo fabril nem sempre capaz de abrir brechas na reforçada defesa viseense.
A igualdade a um golo é penalizadora para os pupilos de Francisco Agatão pois pertenceram-lhes maior domínio e oportunidades criadas mas isso não basta para triunfar. Os visitantes, sempre coesos no sector recuado, aproveitaram uma das raras descidas e mais uma benesse da defesa lagoense para se colocarem em vantagem e obrigarem os locais a correrem novamente atrás do prejuízo.
A primeira parte da partida foi um género de aquecimento para o segundo tempo pois embora o Operário tenha tido mais bola só em cima do intervalo levou perigo para a baliza contrária num livre de Rodrigo que José Manuel desviou e Bruno Melo, na cara do guarda-redes, atirou por cima.
Depois do descanso viu-se mais futebol e, acima de tudo, mais emoção. O Operário reentrou determinado em chegar à vitória, Hugo Santos picou para as malhas superiores da baliza e Rodrigo rematou em jeito muito rente ao poste direito, mas foi o Académico de Viseu quem se colocou em vantagem: lançamento lateral, desvio incompleto de Jorginho ao primeiro poste e Tomé a aparecer ao segundo a rematar de primeira sem hipóteses de defesa para Nuno Ricardo.
Sem muito ter feito para estar na frente a turma de Viseu ganhava com eficácia plena e relançava sobre o campo João Gualberto Borges Arruda o espectro de mais um desfecho nada positivo para os da casa. Reagiu de pronto o Operário e já com o adversário encostado às costas Ruizinho encontrou caminho para a igualdade no meio de uma floresta de pernas.
A reviravolta até poderia ter acontecido se o árbitro tem assinalado penalidade sobre Amaral, juiz que teve uma tarde infeliz. Não teve muito trabalho, é certo, mas errou quando deu a lei da vantagem e depois sancionou fora-de-jogo a Amaral quando deveria ter assinalado a falta após verificar que a vantagem não se efectivaria. E no último minuto da partida, após livre frontal de Hugo Santos que Rui Marques defendeu para canto naquela que foi a defesa da tarde, José Godinho assinalou pontapé de… baliza!
Ficha técnica
Árbitro: José Godinho (AF Évora).
Auxiliares: Valter Rufino e Vasco Guedelha.
Operário: Nuno Ricardo; Luís Soares, Hugo Grilo, Tiago Pires e Jorginho (Ruizinho, 69); Bruno Melo, Rodrigo e Lucas (Leonel, 24); Hugo Santos, José Manuel (Amaral, 50) e Marco Aurélio.
Treinador: Francisco Agatão.
Ac. Viseu: Rui Marcos; Ruben, Jonas, Tiago e Marcelo; Calico, Paulo Gomes, Marco Almeida (Renato, 85) e Tomé (Cabido, 90+2); Guima (José Bastos, 67) e Everson.
Treinador: António Borges.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Tomé (66) e Ruizinho (83).
Disciplina: cartão amarelo a Marcelo (83).
In Site do Operário





1 comentários:
O relato na Antena 1 Açores dava sempre como guardião do Académico um tal de Rui Marques. O site do Operário também acha que o dono da baliza academista é o Rui Marques. Mas não o nome dele é Rui Marcos!
Enviar um comentário