Fim das selecções Distritais

Nota prévia:

Será certamente do conhecimento geral que a FPF viu o seu estatuto de utilidade pública suspenso por não ter reformulado os seus estatutos ao novo regime jurídico das federações desportivas. Todos devem saber que isso se deve ao facto de as Associações de Futebol não quererem abdicar do seu número de votos na Assembleia da FPF.

Facto:

Como medida de força as Associações de Futebol decidiram suspender a partir da próxima época, as selecções distritais até aos sub-14. Uma das críticas apresentadas é o fim da comparticipação aos coordenadores técnicos distritais.

Opinião:

1- O que está em causa é a simples manutenção do poder. estes senhores não querem abdicar do poder "quero, posso e mando", poder esse que dispõem nas Associações Distritais. Nas suas Associações dispõem de todo o poder, fazendo aquilo que entendem, ignorando os próprios regulamentos e fazendo gato sapato de clubes, directores, jogadores, massagistas, médicos, treinadores, etc.

2- Que culpa têm os miúdos? Seguramente eles são os principais culpados de tudo isto, pelo menos é o que parece. Porquê cortar as pernas a quem não tem culpa? Não são estes jogos das selecções distritais uma boa oportunidade de os jovens principalmente do interior atraírem para si atenções? Isso não deve interessar a ninguém, o que importa é o poder.

3- Será que foram ouvidos os clubes de cada Associação de Futebol? Será que estão a ser defendidos os seus interesses. Vamos agora supor que os clubes da AF Viseu não concordavam com esta medida e partiam eles para protesto em conjunto e por exemplo faltavam aos jogos das camadas jovens no próximo fim-de-semana?

4- A questão está nos pagamentos aos coordenadores técnicos distritais, então mas A.F. não têm dinheiro? Por exemplo a AF Viseu em cerca de dois meses ganhou em multas quase 11 mil euros. Não chegará o dinheiro das multas para pagar aos citados coordenadores técnicos distritais durante uma época?

Deve ser chato para quem tem o poder do "posso, quero e mando", passar a comer e calar como fazem actualmente aos clubes.