terça-feira, novembro 30, 2010

Vilaverdense 0-2 Escola





Ficha do jogo contra o Vilaverdense e fotografias


Antes de iniciar o comentário ao jogo, gostaríamos de desejar, em nome do Escola Futebol Clube, as melhoras à atleta Regina do Vilaverdense que este domingo foi forçada a sair após contrair uma dolorosa lesão depois de se ter embrulhado com duas atletas do Escola e ter ficado com uma perna presa no relvado enquanto rodava o resto do corpo. Infelizmente ainda não foi desta que pararam as lesões nos jogos do Escola, seja para a nossa equipa seja para a equipa adversária.



Quanto ao jogo propriamente dito, foi muito durinho e com uma arbitragem má, que em grande parte facilitou essa dureza ao perder o controlo da partida. O Escola começou o jogo sem poder contar ainda com as lesionadas Marta Lourenço e Catarina Almeida, mas isso não foi impedimento para um bom início de partida. E foi por volta dos 7 minutos que Micaela fica na cara da guardiã adversária e ao tentar desviar a bola e saltar por cima da guarda-redes é albarroada pela mesma. A arbitra não assinala a falta e no recomeço do jogo (que esteve parado durante alguns momentos para a Micaela ser assistida) marca algo que só ela sabe o que foi.



Perto dos 15 minutos, Catarina Bernardes vê um cartão amarelo por uma falta normal junto à linha divisória do terreno.


O jogo partiu então para uma fase repartida sobretudo a meio campo em que ambas as equipas dividiram o domínio de jogo. O sector defensivo do Escola esteve, durante o jogo de ontem, extremamente sólido e não consentiu nenhuma grande situação de golo às meninas do Vilaverdense durante esta fase da partida. Lá na frente quer Micaela, quer Noémia iam dando dores de cabeça à defesa adversária com algumas investidas algo perigosas.



Esta fase mais disputada foi quebrada por (mais) uma arrancada genial de Noémia, que ainda a meio do meio campo do Vilaverdense pega na bola e só parou quando fez golo. Pelo meio conseguiu fintar/ultrapassar 4 jogadoras do Vilaverdense e mesmo sofrendo pelo menos um falta, conseguiu ter força suficiente para vencer todos os duelos. Na cara da guarda redes foi só rematar para o fundo da baliza.


A equipa do Escola conseguiu então acalmar o jogo após o golo, e conseguiu ter, até ao fim da primeira parte, o controlo do mesmo. De salientar durante esses 15 minutos duas jogadas excelentes de Noémia junto ao limite esquerdo da grande área adversária que causaram algum perigo relativo, e um remate de fora de área de Inês Cruz. Além disso Noémia já tinha sido assistida 2 vezes por entradas duras por parte das atletas do Vilaverdense.



Aos 45 minutos a equipa da casa reclama golo num lance em que Neide tenta agarrar uma bola à segunda tentativa perto da linha de golo. Nenhum elemento da equipa de arbitragem assinalou golo.


Após o intervalo a equipa adversária regressou ainda mais dura e agressiva, o que é, como sempre, de lamentar, principalmente quando é com a complacência da equipa de arbitragem. E sobretudo porque parece que às vezes as pessoas se esquecem de que estamos a falar apenas e só de um jogo de futebol, e como tal não há razão alguma para se pôr tão em risco a integridade física de uma adversária como aconteceu ontem com mais de meia dúzia de entradas muito violentas. Principalmente quando se tem qualidade e potencial para se praticar muito bom futebol, e o Vilaverdense tem esse potencial, como aliás se viu no jogo da primeira volta.



Algumas jogadoras do Escola sofreram na pele esse aumento de agressividade, mas a mais visada era claramente a Noémia. Durante estes 45 minutos a atleta do Escola teve que ser assistida fora do relvado 4 vezes sendo que todas elas foram resultantes de entradas extremamente violentas e que levaram a jogadora às lágrimas. Duas delas já sem a bola lá perto, o que as enquadra no capítulo das agressões, e para piorar, uma dessas duas entradas é realizada já fora do campo.


Mas mesmo assim é dos pés de Noémia que nasce o 0-2 aos 81 minutos. Num lance em tudo semelhante com o primeiro golo, foi por ali fora até ficar na cara da guarda redes, e aí foi só rematar com êxito. Foi dos pés dela que também nasceu uma excelente oportunidade para Ângela Ferreira se inaugurar a marcar neste campeonato. Infelizmente a bola saiu por cima. Este lance marca também a última jogada em campo de Noémia, que após libertar a bola é derrubada junto à linha final em mais uma entrada sem qualquer tipo de consciência por parte da atleta do Vilaverdense. Simplesmente as pernas da jogadora já não aguentavam mais nenhuma entrada sem o risco de uma lesão grave.



Muito antes disso, por volta dos 58 minutos Catarina Bernardes é expulsa por acumulação de amarelos. Se o primeiro amarelo já tinha sido muito forçado, este não lhe fica nada atrás. Numa disputa de bola a meio campo a jogadora leva as mãos à cara com o intuito de se defender de uma bolada à queima roupa. Como consequência de um reflexo defensivo a atleta é expulsa. De salientar de novo que a bola estava a meio do terreno e não havia qualquer situação de perigo a decorrer.


A partir desse lance, a equipa da casa tentou subir e pressionar mais a equipa do Escola que se encontrava em inferioridade numérica. Como tem excelentes executantes no meio campo, conseguiu empurrar o Escola durante alguns minutos, mas o sector defensivo da equipa de Molelinhos nunca vacilou, e com a excepção de um ou outro remate de fora de área e de algumas bolas bombeadas para a grande área de Neide já em desespero, a equipa da casa foi inofensiva. A defesa comandada por Francisca Martins esteve extremamente concentrada e eficaz durante todo o jogo, mas sobretudo depois do Escola ficar reduzido a 10 jogadoras.



Este jogo foi um grande teste à capacidade física, de concentração, de sofrimento e de garra da equipa que se mostrou a um nível muito bom, esperando-se que seja mantido no que resta do campeonato que continua já para a semana em Molelos com o jogo frente ao Futebol Benfica.


Fonte: Escola FC

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