Taça Sócios de Mérito: Mortágua 5-0 Nespereira

No dia 8 de Dezembro, o Nespereira deslocou-se ao concelho de Mortágua, que faz fronteira já com o distrito de Coimbra, para defrontar o Mortágua FC, nos oitavos-de-final da Taça Sócios de Mérito. O Mortágua é líder na 1ª Divisão- Zona Sul, com 100 % de aproveitamento, tendo 7 vitórias. José Alves, apesar de estar ainda castigado, optou por fazer alinhar o seguinte “onze”: Branco; Cadinha, Pedro Cardoso, Vilarinho, Nuno Cardoso; Mexicano, Helder, Bruno Teixeira, Pedro Vilarinho, Sérgio Silva; Valter. Grande surpresa para a mudança no sistema táctico, deixando o habitual 4-3-3, para um 4-2-3-1, fazendo jogar com Helder e Mexicano, mais defensivos, e Sérgio Silva, numa função mais a “10”. O jogo atrasou-se no seu inicio, por causa, de um pormenor, em que o árbitro obrigou o jogador do Mortágua, a retirar uns collants que trazia, considerando que os collants não coincidiam com as cores do equipamento do Mortágua, sendo logo de inicio muito contestado pela bancada mortaguense. Após isto, iniciou-se o jogo, e não iniciou nada bem para o Nespereira, que logo aos 17 segundos de jogo, sofre o primeiro golo, num lançamento do ataque do Mortágua, em que Vilarinho hesita em cortar, ou atrasar a bola para o guarda-redes, e Branco hesita em sair, acabando por reagir tarde demais, ficando a meio do caminho, e com o nº 11 do Mortágua, Daniel a marcar de cabeça, com um chapéu o 1-0. Festa em Mortágua, para a equipa da casa, que começou muito bem. O Nespereira tentou reagir, mas muito dificilmente, conseguiu, porque a equipa do Mortágua trocava muito bem a bola, e era muito pressionante no meio-campo. A partir dos 11’, o árbitro parecia querer puxar para si a centralização do jogo, começando a distribuir cartões amarelos, a torto e a direito, mostrando o primeiro ao Mortágua, por um afastamento da bola, do local do livre, pelo avançado Daniel, e depois a Cadinha, por palavras desnecessárias. Aos 20’, Carlos Lebres surge, na direita, e centra para a grande área, surgindo Willy, que livre, chutou rasteiro ao lado da baliza de Branco. E aos 29’, o Nespereira beneficiou, talvez, da melhor oportunidade que teve no jogo, através de um atraso do defesa do Mortágua, que o guarda-redes Márcio tocou com as mãos, com o árbitro a assinalar livre indirecto dentro da grande área.Na sequência do livre, Nuno Cardoso, rematou por cima da barra, frustrando assim uma excelente oportunidade de golo. Aos 37’, surge o 2-0, através de um pontapé de canto na esquerda, em que, surge Carlos Gomes, que sozinho, sem marcação cabeceia para a baliza de Branco, ampliando a vantagem do Mortágua. O Nespereira, depois de sofrer o segundo golo, parece ter acordado, e Sérgio Silva, aos 39’ desmarca Pedro Vilarinho, que sozinho, rematou ao lado da baliza de Márcio. O Mortágua trocava muito bem a bola, e aos 44’, Hugo Pina se desmarca na esquerda, e isola Daniel, que consegue rematar batendo Branco, mas Vilarinho, salva quase em cima da linha de golo. Ao intervalo, o treinador que estava fora do recinto, na área reservada dos acessos aos balneários, tentava incentivar os seus jogadores, mas com o Presidente do Mortágua, e alguns elementos da equipa técnica dos visitados, a se ofenderem com os incentivos de José Alves, e a pedirem para a GNR retirar o treinador da área reservada, e obriga-lo a ficar atrás da baliza, criando assim um certo mal-estar em ambas as equipas. Após isto, reiniciou o jogo, com Jorginho já em campo, substituindo Pedro Vilarinho. E o Nespereira voltou com mais força, e no primeiro quarto de hora da segunda parte, jogou muito melhor, tendo aos 49’ uma grande hipótese, com uma má reposição de bola de Márcio, que chuta contra Sérgio Silva, e a bola correu na direcção da baliza, mas saindo ao lado. Aos 63’, num cruzamento da esquerda, surge Sandro no segundo poste, que cabeceou sem oposição, para o 3-0, sendo este lance muito duvidoso, pois o marcador do golo, parecia estar em fora de jogo. Logo no minuto seguinte, o Nespereira fica reduzido a dez, porque Cadinha faz uma falta grosseira, puxando o adversário, e assim viu o segundo cartão amarelo, resultando na sua expulsão. A partir daqui o Nespereira deixou de lutar, e nesta altura, já considerava a eliminatória, como perdida, e preocupou-se mais na gestão da equipa, do que propriamente com o resultado, visto que no próximo domingo, o Nespereira desloca-se a Ferreira de Aves, num jogo que pode ampliar a sua vantagem perante o Ferreira de Aves, ou fazer o Ferreira de Aves ultrapassar o Nespereira, no campeonato. O Mortágua jogava como bem queria, e aos 74’, Germano ganha posição, e de longe, remata ao lado da baliza de Branco. Aos 85’, um jogador do Mortágua faz um cruzamento na direita, Sandro tenta dominar, e no meio da confusão na grande área, este consegue rematar, com a bola à bater em Branco, mas acabando por entrar para o 4-0. E aos 87’, Hugo Pina cruza, surgindo Sandro nas costas de Vilarinho, e com muita sorte, este cabeceia ao lado da baliza de Branco. Já em tempo de descontos, o Mortágua ainda marcaria o 5-0, através de uma boa jogada. No final, vitória justa e muito merecida do Mortágua, mas com um resultado um pouco exagerado para aquilo que o Nespereira lutou. Uma referência para o percurso do Nespereira na Taça, que apareceu pela primeira vez, nos oitavos-de-final, nesta época, após ter eliminado o Canas de Santa Maria e o Campia. Relativamente ao árbitro, Carlos Silva, tecnicamente não esteve mal,já não se podendo dizer o mesmo a nível disciplinar, sendo um árbitro muito “picuinhas”, e mostrando cartões amarelos por tudo e por nada, mais por atitudes de desabafos de jogadores, do que propriamente por faltas. A FIGURA- Sérgio Silva Sérgio Silva, desempenhou bem a sua função, apesar de hoje, ter feito de “maestro” de um ataque que pouco ou nada rendeu. Foi muito voluntarioso e muito seguro, recuando quando era necessário. Pena não ter entrado na baliza aquela bola que bateu nele!