Ac. Viseu 1: Manuel Fernandes, Calico, Negrete, Zé Pedro, Fábio Santiago, Álvaro, Santos (cap), Emerson, João Miguel, Eduardo e Filipe Figueiredo
Substituições: Fábio Santiago por André Barra (45m), Álvaro por Casal (45m) e Emerson por Paulito (82m)
Suplentes não utilizados: André, Xinoca e Simões
Treinador: Idalino de Almeida
L. Vildemoinhos 1: Rafael, Salgueiral, Matos, Gilberto, Hugo, Jorge, Brito, Agostinho, Miguel Cruz, Cajó (cap), e Esteves
Substituições: Esteves por Madeira (85m) e Cajó por Fred (88m)
Suplentes não utilizados: Luís, Marcão, Miguel Lourenço, Zé António e Daniel
Treinador: Joca
Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 200 espectadores
Árbitro: Luís Ramos, de Nelas
Auxiliares: Carlos Pereira e Duarte Pinheiro
4º Árbitro: Jorge RamosAo intervalo: 0-1
Marcadores: Brito (44m)e Filipe Figueiredo (79m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo Matos (57m), Brito (66m), Cajó (68m), Santos (72m), Gilberto (82m) e Jorge (84m)
Académico de Viseu e Lusitano de Vildemoinhos não foram além de um empate, num derby que ficou longe daquilo que as duas equipas poderiam proporcionar. Efectivamente, esta partida deixou a nu as deficiências com que Idalino de Almeida se debate. Sem iluminação no Campo Alves Madeira o treinador academista queixa-se de não conseguir trabalhar lances, de entrosar a equipa, no fundo, de criar automatismos. Todavia, há um problema maior para resolver. A defesa, quando pressionada, treme por todos os lados, o que acaba por se traduzir numa falta de confiança do resto da equipa e que se reflecte no seu rendimento global. Todavia, a isto não deixa de ser alheio o facto da equipa não ter um trinco, papel que Álvaro, Santos e Emerson não fazem, além de que pedir a João Miguel para fazer o corredor direito é deixar a equipa manca. Com isto, falta quem municie o ataque onde, nesta partida, apenas Filipe Figueiredo imprimiu velocidade, acabando por ser a figura da equipa, ao apontar um grande golo, de ângulo muito difícil, com um remate cruzado que surpreendeu Rafael e que valeu um ponto. Quanto ao Lusitano, que Idalino de Almeida reconheceu não ser a equipa ideal para se começar um campeonato, valeu por um todo. Todavia, há jogadores que se destacam. Matos é um todo o terreno, que se vale da sua enorme experiência para estar em vários lados. Brito e Miguel Cruz têm tudo para ser duas das figuras deste campeonato, se mantiverem a humildade e pensarem que ainda têm muito para aprender. São jovens, inteligentes, rápidos a pensar e a executar, e desequilibram, falta-lhes apenas acerto na hora de atirar à baliza. Neste derby quem mais se destacou foi Gilberto, um defesa que esteve impecável no seu sector, batendo-se como ninguém, e ainda foi lá à frente causar problemas a Manuel Fernandes. Foi, quando a nós, o melhor jogador em campo.Primeira parte amorfaA primeira parte teve poucos motivos de interesse, num jogo atípico, jogado a duas velocidades, devagar, devagarinho, com a Lusitano a mostrar-se mais perigoso. Logo aos dois minutos a formação de Vildemoinhos ganhou um livre na esquerda, de que nada resultou, mas que deixou evidente os propósitos da formação orientada pela dupla Joca/ Silvério, que quatro minutos depois voltou a ganhar um livre no meio campo academista para assustar Manuel Fernandes. À passagem do primeiro quarto de hora o jogo estava mastigado, com as duas equipas bem encaixadas, sem abrir espaços que permitisse ao adversário criar perigo na área adversária. A melhor ocasião dos academistas na primeira parte chegou aos 18 minutos, quando Filipe Figueiredo ganhou uma falta à entrada da área, cometida por Gilberto, com Carlos Santos, na cobrança, a enviar a bola ao travessão da baliza de Rafael.Com os academistas a praticarem um futebol desgarrado, sem chama, sem acerto e sem profundidade, a equipa de Vildemoinhos decidiu começar a aproximar-se com mais perigo à baliza de Manuel Fernandes, que esteve muito mais activo que Rafael, que pouco trabalho teve no primeiro tempo.Aos 26 minutos Gilberto subiu no terreno e do meio da rua obrigou o guarda-redes do Académico a defesa apertada para canto, com a bola a sair por cima do travessão. Logo a seguir, no minuto seguinte, Brito fez um cruzamento sesgado à baliza, com Manuel Fernandes a ter que desviar para canto.À entrada do ultimo quarto de hora, a turma trambela assumia o comando do jogo, com a defesa e meio academistas a darem muitas facilidades. A dupla Brito/Miguel Vaz criava problemas ao sector recuado academistas. Aos 41 minutos Manuel Fernandes mostrou atenção, mas três minutos depois não conseguiu evitar que aqueles dois jogadores fabricassem o golo da formação trambela, que lhe permitiu ir para o intervalo a vencer.Melhor segunda partePara a etapa complementar, Idalino de Almeida trocou Fábio Santiago e Álvaro por André Barra e Casal. Estas alterações não trouxeram de imediato nada de novo, com os academistas a melhorarem com o aproximar do final da contenda, ainda assim sem mostrarem um claro ascendente sobre o adversário. Aos 50 minutos Filipe Figueiredo, lançado entre os centrais contrários, chegou atrasado, com Rafael a mostrar atenção, apesar de ter tido uma tarde bem mais descansada do que, provavelmente, estaria à espera.Com o jogo dividido e muito disputado a meio campo, era em lances de bola parada que os academistas criavam perigo. Aos 68 minutos, após um livre de Carlos Santos, João Miguel cruzou para a área, com Calico a desviar por cima do travessão.À entrada para o último quarto de hora assistia-se a alguma descrença nas hostes academistas, adeptos incluídos, pois os trambelos mantinham a mesma postura, mostrando solidez e concentração. Até que, aos 79 minutos, Filipe Figueiredo, o mais inconformado dos jogadores viseenses, juntamente com o capitão Carlos Santos, ganhou um ressalto na esquerda e, de ângulo apertado, arrancou um cruzamento/remate que surpreendeu todo o todos, Rafael incluído. O golo animou o jogo, com os academistas a acreditarem que poderiam chegar à vitória. Só que os trambelos não estavam pelos ajustes, com o resultado a não sofrer alterações.Em resumo, diríamos que sem ter sido um grande espectáculo, o empate acabou por deixar satisfeitos ambos os treinadores.O trabalho de Luís Ramos ficou marcado por pequenos pormenores que influíram negativamente no desenrolar na partida. Depois de 70 minutos de bom nível, a expulsão de Joca é de todo despropositada e causada pelo árbitro. Primeiro mandou seguir o jogo, com um jogador trambelo caído, depois da bola ter ultrapassado a linha final foi ver como estava o atleta, a quem foi prestada assistência. Para finalizar, o lançamento lateral ou o livre, a dúvida subsiste, com que terminou o jogo. Caricato e desnecessário. É que já vimos Luís Ramos fazer excelentes arbitragens.
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