segunda-feira, outubro 23, 2006

Tarouquense 0 A. Viseu 0

Um empate a um golo e uma exibição a roçar o fraquinho em Tarouca permitiu ao Académico ficar, após esta jornada, a quatro pontos da liderança na Divisão de Honra. Os viseenses até conseguiram adiantar-se no marcador, na mesma altura em que ficaram em vantagem numérica. Só que deslumbraram-se e acabaram a visita ao "Vale Encantado" com uma exibição de desencanto.
O empate final castiga a fraca prestação dos academistas na etapa complementar, altura em que, em vantagem numérica, permitiram que o adversário fosse quase sempre superior e nem o péssimo estado do sintético de Tarouca serve de desculpa.
Com um futebol atabalhoado, os viseenses nunca tiveram ligação entre os sectores, nunca conseguiram uma jogada com princípio meio e fim, e, pior que isso, contam-se pelos dedos de uma mão as oportunidades claras de golo criadas ao longo de todo o encontro.
Por sua vez a turma Tarouquense entrou no jogo a todo o gás, foi superior em alguns momentos da primeira metade, não se descontrolando após o golo do adversário. Reagiu bem e mesmo em desvantagem numérica foram na segunda parte a equipa mais esclarecida.

Campo sintético
muito encharcado

O sintético de Tarouca apresentou-se em péssimo estado. A chuva que caiu deixou um manto de água, que a drenagem não tirou. A tarde cinzenta e chuvosa deixou também marcas nos jogadores, que sentiram dificuldades de controlo da bola que ficava presa no manto de água.
O Tarouca entrou com tudo na partida, criando dificuldades ao último reduto viseense na primeira jogada do encontro. Na resposta, Eduardo tentou surpreender Marco, mas o remate saiu e ao lado da baliza. Estes dois lances reflectem o equilíbrio da primeira parte, com fases de ascendente alternadas.
A primeira grande ocasião da partida pertenceu ao Tarouca, com Gil a tentar o chapéu a Manuel Fernandes, em consequência de um mau atraso de Calico para Manuel Fernandes, com a bola, caprichosamente, a embater no travessão.
Com o sintético a sentir os efeitos da chuva, só em lances de bola para havia período para qualquer das balizas. Aos 30 minutos Negrete fez falta à entrada da área, que lhe valeu a cartolina amarela. Gil, na conversão do livre, obrigou Manuel Fernandes a defesa apertada.
O primeiro golo chegaria dois minutos depois e para os viseenses. Eduardo trabalhou bem pelo lado direito, ganhou sobre o guarda-redes e já sem ângulo deu para trás, para Zé Pedro rematar para a baliza, onde Zé Manuel evitou o golo com a mão. O árbitro mostrou o cartão vermelho ao infractor e assinalou a grande penalidade que Carlos Santos transformou no primeiro golo do encontro.
Os academistas relaxaram, acreditando na vantagem no marcador e numérica. Só que os tarouquenses não estiveram pelos ajustes e quatro minutos volvidos chegaram à igualdade, com Gil a beneficiar de espaço à entrada da área viseense e, com um remate mais em jeito que em força, bateu Manuel Fernandes.
O empate ao intervalo ajustava-se ao que as duas equipas tinham produzidos nos primeiros 45 minutos, onde os visitantes sentiram dificuldades para se adaptarem ao sintético e às dificuldades adicionais que o tempo criou.

Segunda parte muito pouco interessante

A segunda parte não trouxe novidades, a nãos ser um pior espectáculo. Tal como na primeira a formação do Vale Encantado entrou melhor, não demostrando estar em inferioridade numérica. Porém, aos 48 minutos Eduardo tentou de longe assustar Marco, com o guarda-redes a agarrar sem dificuldades.
O Tarouca crescia, perante um Académico lento e sem ideias para ultrapassar o esquema montado pelo técnico adversário. O futebol praticado era pouco interessante, num espectáculo que ficou longe do esperado. Aos 53 minutos Ronaldo tentou de livre assustar Manuel Fernandes, mas a bola saiu ao lado do poste. A resposta viseense surgiu três minutos depois, num entendimento de Filipe Figueiredo e Eduardo, com este a não conseguir o remate à baliza. Aos 63 minutos, num mau alívio da defesa local, Filipe Figueiredo atirou à malha lateral. A resposta surgiu por Gil, uma dúzia de minutos depois, com a bola a beijar também a malha lateral da baliza de Manuel Fernandes.
Idalino de Almeida apostava tudo, mas foram os locais que à passagem da meia hora estiveram perto do golo, que Negrete evitou sobre a linha, num remate de cabeça de Diogo. Já em período de compensação Filipe Figueiredo teve a vitória nos pés, mas o mérito vai para Marco que saiu lesto a fazer a mancha.
Um empate que deixa os viseenses a quatro pontos da liderança, pertença do Sporting de Lamego que no próximo domingo joga no Fontelo.
Boa arbitragem do trio de Castro Daire, num jogo que até nem foi fácil de dirigir.


in Dirario Regional de Viseu

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