terça-feira, outubro 24, 2006

Tondela 2 Social Lamas 2

Tondela 2
Augusto; Filipe, Carlão, Tó Marques e Magalhães; Chico (Nuno Rato, 71m), Barca, Osvaldo e Jusko (Steven, 60m); Sérgio (Marcelo,52m) e Nogueira.
Suplentes não utilizados: Rui, Hugo, Helder Pereira e Carlos Almeida.
Treinador: Luís Almeida.

Social de Lamas 2
José Luís; Bruno Ribeiro, Bruno Almeida, Gil e Telmo; Meireles, Oceano (J. Carlos, 65m), João Pedro e Licá (Pepe, 90m); Tomé e Manu (Celso, 72m).
Suplentes não utilizados: Careca, Nando, Abel e Swartz.
Treinador: Carlos Correia.
Ao intervalo: 1 - 1

Estádio João Cardoso em Tondela
Assistência: Cerca de 350 espectadores
Árbitro: Bruno Rodrigues (Porto)
Auxiliares: Roberto Marques e Paulo Silva
Resultado ao intervalo: 1-1
Marcadores: Sérgio (17m, de g. p), Gil (27m, de g. p), Licá (77m) e Tó Marques (93m).

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Nogueira (5 e 22m), Bruno Ribeiro (15 e 70m), Tó Marques(26m), Bruno Almeida(31m), Tomé(33 e 34m), Filipe (51 e 94m), Telmo(61m),João Pedro(64 e 89m), Celso(91m), Steven(95m).Cartão vermelho para Nogueira (22m), Tomé (34m), Bruno Ribeiro(70m), João Pedro (89m) e Filipe(94m), todos por acumulação de amarelos.

Amorim Lopes

Duas equipas que já provaram não ser por acaso que ocupam os respectivos lugares na tabela classificativa e que acalentam voos mais altos, defrontaram-se no passado domingo em condições adversas, no "relvado" tondelense do Estádio João Cardoso
As condições climatéricas dos últimos dias, mas principalmente as copiosas chuvadas caídas durante todo o fim-de-semana e até praticamente ao início do encontro, "alagaram" por completo o terreno, conservando poças de água no meio de todo o relvado, provocando aqui e ali "ilhas de lama".
A acrescentar a todas essas dificuldades, apareceu um árbitro que não soube, ou não quis, dar o desconto devido a essas condições adversas que, como é óbvio, provocaram choques inevitáveis, quedas e até infracções involuntárias.
Na nossa óptica, o árbitro Bruno Rodrigues, abusou da autoridade que lhe confere a função. Nunca quis ajuizar com clareza os lances de futebol, sem atender que a maioria das "infracções" por ele punidas para os dois lados, foram involuntárias devido ao que já referimos sobre o estado do terreno.
Por vezes, o julgar com a consciência esquecendo um bocadinho a lei que rege uma actividade, não fica mal a quem tem essa missão, pelo menos quando "valores mais altos se levantam". A lei do bom sendo é também muito importante e, muitas vezes, a única que é justa.
Quem não assistiu ao jogo e verificar que o árbitro exibiu por 15 vezes a cartolina amarela e 5 vezes a vermelha, julgará que se tratou de um encontro de futebol parecido com uma batalha campal, quando afinal não foi nada disso que aconteceu.
Foi um jogo normal entre duas boas equipas, prejudicado pelo estado do terreno, mas muito mais por um homem que de apito na boca, o utilizou sempre de forma intolerante.

Um jogo muito disputado

Quanto ao jogo propriamente dito, bastava fazer alusão ao que se passou nos primeiros dez minutos e catalogar os restantes oitenta da mesma maneira.
Notou-se logo de início as grandes dificuldades que as duas equipas iriam ter durante todo o encontro, no transportar a bola através dos remates, ou das passagens que necessitassem de fazer.
A bola ficava presa na água ou na lama, tornando-se praticamente uma lotaria fazer chegar o esférico onde se pretendia.
Talvez devido a essas condições, aos dez minutos um atacante tondelense ficou caído na área visitante, tendo-se reclamado grande penalidade, a que o árbitro não atendeu. Seis minutos volvidos, Bruno Ribeiro derruba Nogueira naquele local de rigor e Sérgio na conversão da grande penalidade, faz o primeiro golo de Tondela.
Curiosamente a partir do golo, qualquer pequena falta dos tondelenses era de imediato assinalada, não acontecendo o mesmo à equipa visitante pelos mesmos motivos, durante toda a primeira parte. No entanto na segunda metade as coisas equilibraram-se assinalando para um lado e para outro, até quando não havia motivos para isso.
Aos 27 minutos, uma grande penalidade assinalada a Tó Marques, por este cometer falta depois do guarda redes Augusto ter defendido com segurança, por isso na nossa maneira de ver muito forçada, foi transformada por Gil no golo do empate.
Com lances muito iguais frente às duas balizas, por vezes com a bola presa na lama à espera que alguém a fizesse bater nas malhas, o intervalo chegou.
Logo no início da segunda parte, Osvaldo poderia ter colocado os locais em vantagem quando galgou todo o meio campo adversário e já perto do poste direito da baliza de José Luís, Bruno Ribeiro consegue desarmá-lo enviando a bola pela linha de fundo.
Aos 77 minutos, Licá beneficia de um mau alívio e com a bola a prender-se no charco, aparece rápido, vindo de trás, e a rematar com êxito.
A partir daqui, os visitantes tentaram reter a bola em seu poder, começando também a demorar tempo demasiado em recolocar a bola em jogo quando era caso disso, mas já em tempo de compensação, 93 minutos, Tó Marques na sequência de um livre, cobrado do lado direito do seu ataque, eleva-se na área e de cabeça faz um oportuno golo, empatando novamente a partida.
Resultado que se aceita perfeitamente por tudo o que se passou durante todo o jogo, apitado pelo juiz do Porto com zelo (?) em demasia e sobranceria escusada.
Com este empate e porque o Milheiroense venceu na sua deslocação a Paços de Brandão, o Clube Desportivo de Tondela passou a ser segundo isolado, agora perseguido pelo Oliveira do Hospital que logrou vencer também na sua deslocação ao Complexo Desportivo da Tocha.
Deste modo a luta pela subida está a ficar ainda mais ao rubro, o que diz bem da competitividade que está a acontecer na Série C. Para já, são o Milheiroense e o Tondela que ocupam as duas posições que dão acesso à subida.

0 comentários:

Futebol Distrito de Viseu © 2008. Design by :Futebol Viseu Sponsored by: Futebol Viseu