segunda-feira, outubro 16, 2006

A. Viseu 3 Carvalhais 1

Ac. Viseu 3
Manuel Fernandes, Calico, Negrete, Zé Pedro, Fábio Santiago, João Miguel, Emerson, Barra, Carlos Santos, Eduardo e Filipe Figueiredo
Substituições: Zé Pedro por Alex (65m), André Barra por Casal (76m)
Suplentes não utilizados: André, Paulito, Simões, Teixeira e Xinoca
Treinador: Idalino de Almeida

Carvalhais 1
André, Louro, Carvalho, Polaco, Gil, Quim, Meneses, Paulo Alexandre, Arede, Rui Pereira e Nelsinho
Substituições: Paulo Alexandre por Diogo (17m), Rui Pereira por Jailson (61m) e Carvalho por Isaías (73m)
Suplentes não utilizados: Márcio, Serafim, China e Simão
Treinador: Eduardo Álvaro

Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 1000 espectadores
Árbitro: António Cardoso, de Castro Daire
Auxiliares: Mário Ribeiro e Sérgio Rocha
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Emerson (8m), Carvalho (40m), Eduardo (81m) e Santos (83m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Negrete (64m)

O Académico de Viseu obteve ontem, ante o Carvalhais, uma vitória justa e merecida, num encontro em que só à entrada dos últimos 10 minutos conseguiu materializar o seu ascendente.
Esta era uma partida aguardada com alguma expectativa, tendo em conta que colocava frente a frente os dois primeiros classificados. Talvez por isso se esperasse um melhor espectáculo. Efectivamente, a partida não foi de molde a fazer saltar do banco os espectadores, tendo em conta o futebol produzido pelas duas equipas. O triunfo dos viseenses não é contestável, mas teve pela frente um conjunto que vendeu cara a derrota.
As duas equipas apresentaram esquemas tácticos diferentes. Idalino de Almeida apostou numa equipa mais ofensiva, com Santos e Emerson no apoio ao tridente ofensivo formado por André Barra, Eduardo e Filipe Figueiredo, mantendo o quarteto defensivo que deu boa conta do recado em S. Pedro do Sul, mantendo Zé Pedro na cabeça da área. Para contrariar este esquema, Eduardito montou um meio campo mais povoado, deixando a frente de ataque entregue a Arede e Nelsinho. Depois, com a saída de Paulo Alexandre, Rui Pereira apareceu um pouco mais recuado, colocando Diogo como o homem mais adiantado.
E ainda as duas equipas estavam a tentar encaixar-se no esquema do adversário e já os academistas chegavam ao golo, através de Emerson, que de primeira bateu André, dando sequência a um cruzamento com conta peso e medida de Fábio Santiago.
O golo esperava-se que desse alento aos viseenses para arrancarem para uma prestação de acordo com as suas capacidades, mas tal não se veio a verificar. Praticando um futebol previsível e sem profundidade, os academistas foram permitindo que o adversário acreditasse que poderia virar o resultado. Eduardo, aos 31 minutos, tirou Paulo Alexandre, que tinha passado ao lado do jogo, para lançar Diogo. Esta alteração tornou o futebol dos visitantes mais objectivo, alargando também a frente de ataque.
Aos 38 minutos André defendeu, com dificuldade, um remate de Eduardo. A máxima no futebol de que "quem não marca sofre" aplicou-se por inteiro, pois na resposta, com a defesa academistas aos papéis, Carvalho foi à área contrária para empatar a partida.
Os viseenses entraram com tudo na etapa complementar e logo no primeiro minuto criaram dificuldades ao último reduto do Carvalhais, com a bola a beijar o travessão da baliza de André. Todavia, este lance não espevitou o jogo, que só à entrada do último quarto de hora voltou a ter emoção, quando a turma visitante começou a denotar algumas dificuldades de ordem física, numa altura em que a "personalidades" viseenses começaram a vir ao de cima. Aos 81 minutos Eduardo desfez o empate, com um remate cruzado, ele que vinha a testar a pontaria à alguns minutos. Dois minutos depois Carlos Santos mostrou que quem sabe não esquece e, na sequência de um livre á entrada da área, fez o terceiro golo, tranquilizando definitivamente as hostes academistas.
António Cardoso fez uma arbitragem tranquila, num jogo em que não teve grandes dificuldades para resolver. Todavia, foi permissivo no capítulo disciplinar, deixando por mostrar alguns cartões amarelos.
Afinal, para que serve a nova avenida?

Uma nota final para quem de direito. Em dias de jogo do Académico no Municipal, onde começa a ir cada vez mais gente como foi o caso de ontem, sair do Fontelo é um verdadeiro degredo. Ontem, demorámos cerca de 40 minutos para deixar o Municipal, com muitos carros ainda para trás. Por isso, tal como nós, muitos automobilistas perguntavam porque raio é que a nova Avenida tinha os portões fechados, impedindo assim uma mais rápida saída do Fontelo.

In Diário Regional de Viseu

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