segunda-feira, novembro 13, 2006

Sátão 0 Olhanense 0 (2-4 gp)

Sátão 0
Tó Lopes, To Ferreira, Élio, Chico, Paulo Meneses, Paulo Ferreira, Rodrigo, Zezito, Ciro, Luís e Tozé
Substituições: Pavic por Luís (80m), Rebelo por Ciro (85m), Rui por Paulo Meneses (106m)
Suplentes não utilizados: Ferrari, David e Miguel
Treinador: Jorge Paiva

Olhanense 0
Mijanovic, Marco Airosa, Santamaria, Messi, Narcisse, Djalmiro, Vasco Fernandes, Nicolas, Alexandre, Bruno Mestre e Branquinho
Substituições: Denis por Djalmiro (73m) e Rui Duarte por Bruno Mestre (90m)
Suplentes não utilizados: Bruno Veríssimo, Dorival, Jaime, Marco Soares e Fabio
Treinador: Álvaro Magalhães

Jogo no Estádio Municipal da Premoreira, em Sátão
Assistência: cerca de 400 pessoas
Árbitro: Paulo Pereira, de Viana do Castelo
Auxiliares: Henrique Parente e Amândio Ribeiro
4º Árbitro: António Loureiro
Acção Disciplinar: Cartão Amarelo para Marco Airosa (42m), Santamaria (46m), Paulo Ferreira (57m), Alexandre (60m), Nicolas (68m), Vasco Fernandes (83m)

JRA

Pela primeira vez o Estádio da Premoreira recebeu um encontro "grande". Tinha recebido o Leixões, em Penalva do Castelo e a Académica no Estádio do Fontelo. Foi a maior enchente dos últimos anos, o uma golfada de ar fresco para os cofres do clube.
O Sátão entrou melhor na partida, assumindo as despesas do jogo e logo aos 10 minutos, Ciro quase aproveitou uma saída desastrosa do até então suplente Mijanovic.
A primeira grande oportunidade do Sátão aconteceu aos 23 minutos, por culpa de Mijanovic. Chico fez um cruzamento e quando toda a gente esperava que o guarda-redes segurasse o esférico, eis que surgiu a fífia, tendo a bola sobrado para Rodrigo que tentou o passe atrasado mas não apareceu ninguém para fazer a emenda.
Ao minuto 27, o Olhanense, por Alexandre, fez o primeiro remate digno desse nome, que passou longe da barra da baliza de Tó Lopes. Nesta fase do jogo, a formação de Álvaro Magalhães, finalmente, começou a ser mais pressionante, sem criar situações de perigo. Com o deserto de ideias dentro das quatro linhas, a perspectiva de prolongamento e grandes penalidades ia instalando-se na mente dos espectadores. O intervalo surgiu para alívio de todos.
No reatar do encontro, To Lopes quase brindou os forasteiros, ao deixar passar o esférico por entre as pernas, mas conseguiu agarrar á segunda. Na resposta, Rodrigo tentou a investida pelo lado esquerdo, mas foi travado por Santamaria. Na marcação do livre, Chico levou os adeptos a gritar golo. O remate levou a bola a embater na barra da baliza.
Ao minuto 52, Messi tentou a sua sorte com um remate forte, que To defendeu para canto. A pressão do Olhanense acentuou-se e numa jogada de insistência, Nicolas cabeceou mas To Ferreira estava "em cima" da linha e salvou o golo. Aos 68 m, Rodrigo foi travado em falta, á saída do seu meio campo. Da marcação do livre, o cabeceamento de Élio que o guarda-redes foi defendido com dificuldade. A partida estava mais animada, mais emotiva e mais dura por parte dos forasteiros, pois só conseguiam travar os extremos do Sátão recorrendo á falta. Aos 77 minutos, Paulo Ferreira travou um adversário em falta. Na marcação do livre, Santamaria, ao segundo poste, cabeceou ao lado.
Apostado em vencer a partida no tempo regulamentar, Jorge Paiva fez entrar dois jogadores para refrescar o poder atacante, contudo, a falta de ideias manteve-se. Os últimos minutos foram de grande sofrimento para os satenses, pois a equipa de Álvaro Magalhães pressionou mais. Os algarvios até poderiam ter resolvido a contenda seu favor ao cair do pano, no minuto 120, quando Narcisse rematou ao poste da baliza defendida por To Lopes. Os satenses só sucumbiram na marcação de grandes penalidades. Rodrigo e Chico não conseguiram converter deitando, assim, por terra a esperança de passar de eliminatória que, á medida que os minutos de jogo iam passando, se ia avolumando nas hostes satenses.
Diga-se em abono de verdade que a diferença de escalão das duas formações não se notou, com o Olhanense a ficar aquém do nível que, teoricamente, deveria apresentar, pois a grande diferença reside no facto de os algarvios serem um plantel profissional, ao passo que os beirões não o são.
O trio de arbitragem esteve á altura do encontro, tendo como aliado o bom comportamento global das formações.

In Diário Regional de Viseu

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