segunda-feira, dezembro 04, 2006

P. Castelo 1 Operário 2

Uma tarde infeliz e desastrada de Rui Torres, o árbitro de Braga que dirigiu o encontro, contribuiu para a derrota do Penalva do Castelo frente ao Operário, numa partida em que a formação orientada por Carlos Agostinho merecia outro resultado.
Efectivamente, os penalvenses tiveram um dia não. Não que faltasse empenho e determinação, mas um erro do juiz da partida, logo aos 8 minutos, acabou por ser determinante para o desfecho desta partida.
Apesar da tarde fria e cinzenta, diríamos, que não houve vendaval açoreano, tão típico no arquipélago, mas sim uma brisa que soprou com a ajuda do árbitro que viajou da cidade dos arcebispos e que permitiu aos açoreanos levar três importantes pontos.
Carlos Agostinho não apresentou surpresas no onze inicial, montando a equipa num 4x3x3 elástico, assente num quarteto defensivo, um meio campo operário, no apoio ao tridente ofensivo formado por Tojó e Listra no apoio a Sanussi.
Por sua vez a formação orientada por Francisco Agatão, apresentou um esquema quase idêntico, mas com um meio campo mais reforçado, na tentativa de ganhar a luta nesta zona nevrálgica do terreno.

Lance capital aos 8 minutos

A formação visitante entrou melhor no jogo, tentando surpreender a equipa da casa logo nos instantes iniciais. Porém, aos cinco minutos a partida registava já um equilíbrio, com as duas equipas a tentarem desfazer o esquema táctico do adversário que lhe permitisse desequilibrar a contenda.
Aos oito minutos surgiu o lance que acabou por ser determinante para o desfecho final do encontro. Sanussi sofreu uma falta claríssima no ataque penalvense, com o juiz da partida a assinalar pontapé de baliza.
Os açoreanos não perderam tempo, saíram lestos para o ataque e perante a apatia dos jogadores locais, Hugo Santos aproveitou para inaugurar o marcador.
A turma da casa sentiu o golpe, mas reagiu de imediato e à passagem do primeiro quarto de hora o jogo era disputado na zona central, tendo o equilíbrio como nota dominante. Aos poucos a equipa orientada por Carlos Agostinho começou a deter algum ascendente, mais evidente depois dos 20 minutos.
Todavia, aos 26 minutos, quando os açoreanos começavam a resguardar-se sobre o seu meio campo, tentando explorar o contra-ataque, uma fífia de Marco permitiu aos visitantes dilatar a vantagem, com Pacheco a aparecer lesto a fazer o segundo golo para a sua equipa.

Segunda contrariedade à meia hora

A perder por dois golos de diferença, a formação penalvense não se atemorizou e foi em busca do prejuízo, pressionando sobre o meio terreno contrário, com os visitantes cada vez mais retraídos, tentando anular a pressão penalvense. Todavia, a turma da casa sofreria uma baixa de peso à passagem da meia hora, quando calos Agostinho se viu forçado à primeira alteração. Sanussi lesionado deu lugar a Belo, que haveria de na segunda parte marcar o melhor golo do desafio.
Entre os 30 e os 40 minutos houve um verdadeiro vendaval sobre os açoreanos, que equilibraram na recta final do primeiro tempo, que poderia ter terminado com uma desvantagem pela margem mínima.

Pressão da segunda parte não deu frutos

Na etapa complementar Carlos Agostinho tentou por todos os meios alterar o rumo dos acontecimentos.
O Penalva entrou disposto a inverter o rumo da partida, atirando-se deliberadamente ao ataque. A equipa criou várias ocasiões para diminuir a vantagem dos açoreanos, mas foi Belo, aos 72 minutos, que arrancou uma bomba do meio da rua, fazendo renascer as esperanças da turma da casa.
O ultimo quarto de hora foi de intensa pressão da formação orientada por Carlos Agostinho, com os visitantes a tentaram por todos os meios anular a avalanche ofensiva da turma da casa.
As oportunidades sucediam-se, mas a bola não entrava. Listra, na recta final, teve a mais flagrante das oportunidades para igualar a partida, mas não foi lesto a atirar à baliza.
Um derrota que sabe a injustiça, tendo em conta a exibição produzida pela turma continental, que não merecia tamanha punição. Os açoreanos acabaram por ter a sorte do jogo e a ajuda de Rui Torres. Efectivamente, o lance que ditou o golo inaugural da partida foi precedido de falta sobre Sanussi.
O juiz de Braga teve, por isso, participação no desfecho final do encontro, numa tarde que não correu bem para o trio que viajou do Minho.

JL Araújo/M. Albuquerque

In Diario Regional de Viseu

0 comentários:

Futebol Distrito de Viseu © 2008. Design by :Futebol Viseu Sponsored by: Futebol Viseu