segunda-feira, dezembro 18, 2006

Penalva do Castelo 1 Lusitânia 1

P. Castelo 1
Tó Oliveira, Rogério, Sérgio, Marco, Vítor Hugo, Gamarra, Penetra, Gilberto,
Paulo Listra, Vaz Pinto e Belo
Substituições: Tó por Nuno (46m), Vítor Hugo por Tojó (48m) e Vaz Pinto por Megane (54m)
Suplentes não utilizados: Lopes, Egipto e Roberto
Treinador: Carlos Agostinho

Lusitânia 1
David, Nuno, Raul, Duarte, Vítor Vieira, Veredas, Ruben, Sérgio Rebordão, Luís Cláudio, Jaló e Márcio
Substituições: Vítor Vieira por Ginho (61m), Jaló por Pilhas (75m) e Sérgio Rebordão por Meta (90m)
Suplentes não utilizados: André, Ivo, Moreira e Diogo
Treinador: João Salcedas

Jogo n o Estádio Municipal de Sant'Ana, em Penalva do Castelo
Assistência:
Cerca de 300 espectadores
Árbitro: Pedro Barbosa, do CA do Porto
Auxiliares: Manuel Oliveira e Marcos Araújo
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Jaló (38m) e Sérgio (87m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Vaz Pinto (22m), Vítor Vieira (28m), Tó (37m), Sérgio (42m), Sérgio Rebordão (75m), David (85m), Márcio (90m) e Março (90m)

José Luís Araújo

O último jogo do ano em Penalva do Castelo só deu um empate, numa tarde em que a turma da casa dominou territorialmente, perante uma equipa que fez da coesão defensiva a sua principal arma, saindo apenas para o ataque, ou contra-ataque, pela certa. Tó na primeira parte e Nuno na segundo foram, quase, meros espectadores, intervindo muito poucas vezes. Uma mão chega para contar as vezes que cada um deve ter tocado na bola.
Todavia, ontem não era tarde de acerto para a turma de Carlos Agostinho. A equipa entrou bem no jogo, esbanjando logo nos minutos iniciais duas oportunidades para inaugurar o marcador.
A turma açoreana, orientada por João Salcedas, apresentou-se nesta partida muito coesa. Com uma primeira linha defensiva reforçada e uma segunda constituída por cinco elementos, ficando apenas um jogador mais adiantado para segurar a defesa contrária. Diríamos que os açoreanos convidaram os penalvenses a jogar largo, a deter domínio territorial, mas este era inócuo, pois criar situações de golo era coisa rara. No entanto, também é verdade que a equipa da casa até jogava bem, até às imediações da área contrária, só que para lá penetrar é que era mais difícil, principalmente por falta de concentração e tranquilidade no último passe, que quase nunca saiu a preceito.
No primeiro tempo, na única vez que os açoreanos foram com perigo à área contrária, o juiz do Porto assinalou a marca de grande penalidade, com Jaló a colocar os açoreanos na frente do marcador. Porém, Listra, no último minuto do primeiro tempo, viu David negar-lhe no golo, na conversão de um livre da marca de 9,15 metros. No segundo tempo, o cariz da partida manteve-se, com os locais a lograrem o empate a três minutos do final do tempo regulamentar. David, no último minuto, garantiu o ponto, com uma grande defesa a remate de Rogério, na marcação de um livre frontal.

Entrada a todo o gás

O Penalva apresentou-se desfalcado de algumas unidades importantes. Desde logo Sanussi, que se encontra a recuperar de uma fractura no braço, assim como Tojó, que apesar de limitado se sentou no banco de suplentes para qualquer eventualidade, acabando por entrar no segundo tempo. Também Lopes esteve em dúvida, desfeita no aquecimento, mas não saiu do banco.
Apesar disso, a equipa da casa entrou disposta a cedo resolver a contenda, entrando a todo o gás, criando logo no minuto inicial uma ocasião de perigo para a baliza de David. Penetra apareceu na zona de tiro, mas o remate saiu por cima do travessão. Dois minutos depois, numa boa jogada de ataque da turma de Carlos Agostinho, Gilberto ganhou o lado direito, mas em vez do cruzamento optou pelo remate, que saiu rente em travessão.
O Penalva dominava, mas esbarrava na bem organizada defensiva açoreana. Diríamos, que era mais um domínio consentido que conseguido, pois a equipa orientada por João Salcedas defendeu quase sempre com toda a gente atrás da linha da bola. Aos 22 minutos, Vaz Pinto, após bom trabalho na área, esbarrou com ou no guarda-redes contrário, caindo na área. Reclamou-se grande penalidade, mas o juiz da partida mostrou o cartão amarelo ao jogador penalvense.
À passagem da meia hora o cariz da partida era de domínio territorial da turma da casa, com os açoreanos acantonados no seu meio campo, saindo raras vezes para o contra-ataque, que quase sempre esbarrava na defesa da casa, com Sérgio e Rogério muito atentos aos avançados contrários. Todavia, aos 37 minutos, Vítor Vieira escapou à defesa contrária, acabando por chocar com Tó. O juiz do Porto assinalou a marca de grande penalidade, perante os protestos da equipa da casa. Jaló, chamado à conversão, inaugurou o marcador.
A turma da casa partiu em busca do prejuízo, mantendo a turma açoreana sob pressão e aos 44 minutos o juiz da partida assinalou a marca de grande penalidade, após Raul ter desviado com o braço um cruzamento largo para a área de Gilberto. Paulo Listra, chamado á conversão, bateu forte para a defesa de David, que desviou a bola com uma palmada para a barra, defendendo á segunda. Os locais perdiam a melhor ocasião do primeiro tempo para chegar ao golo.
Ao intervalo Carlos Agostinho viu-se forçado a "queimar" uma substituição. Tó Oliveira ressentiu-se de uma lesão e deu o seu lugar a Nuno, que teve uma segunda parte quase tranquila, apenas com dois sustos, de que nada resultou.
O cariz da partida não se alterou. O Penalva voltou a entrar bem no jogo, mas manteve as mesmas deficiências do primeiro tempo. A equipa errava frequentemente no último passe.
Com o Lusitânia acantonado no seu meio campo, com o autocarro à frente da baliza, Carlos Agostinho fez recuar Gamarra para o sector recuado, adiantando Sérgio para o eixo do ataque. A alteração surtiu o efeito pretendido, pois a três minutos do final do tempo regulamentar, após lançamento lateral de Marco, o defesa desviou a bola para o fundo da baliza, dando alguma justiça ao resultado.
A vitória esteve nos pés de Rogério. A um minuto do final, na sequência de um livre frontal, o defesa bateu forte, mas David esteve em grande, com uma defesa espectacular a garantir o ponto, que caiu do céu. É que a turma açoreana nada fez para pontuar em Penalva. Os locais bem se podem queixar de alguma falta de sorte, mas também de acerto no último passe.
O juiz do Porto teve um trabalho globalmente positivo. Dúvidas apenas no lance de Vaz Pinto, ao minuto 22, que os locais reclamaram grande penalidade.

0 comentários:

Futebol Distrito de Viseu © 2008. Design by :Futebol Viseu Sponsored by: Futebol Viseu