3ª C: Sátão 2 Valecambrense 1

Sátão 2
Tó Lopes, Tó Ferreira, Élio, David, Paulo Menezes, Deodato, Rodrigo, Nuno, Ciro, Luís e Pavic
Substituições: Pavic por Zezito (70m), David por Rebelo (80m) e Luis por Paulo Ferreira (85m)
Suplentes não utilizados: Ferrari, M iguel, Vitor e Filipe
Treinador: Jorge Paiva

Valecambrense 1
Bairrada, Peixe, Américo, Santos, António Pedro, Hélder Silva, Hélder Almeida, Rui Pedro, Hélder Gomes, Toninho e Babá
Substituições: António Pedro por Danilo (45m) e Hélder Gomes por Lipe (64m)
Suplentes não utilizados: Luís, Ricardo, Hélio, Dani e Paulinho
Treinador: Joaquim Coração

Jogo no Estádio Municipal da Premoreira, em Sátão
Assistência: cerca de 900 pessoas
Árbitro: Pedro Sá (Braga)
Auxiliares: José Silva e Luís Ferreira
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Ciro (38m), Toninho (77m) e Tó Ferreira (87m)
Acção Disciplinar: Cartão amarelo para António Pedro (9m), Santos (31m), Luís (73m), Hélder Almeida (74m), Deodato (82m), Rodrigo (87m), Américo (88m) e António Pedro (91m). Cartão vermelho para Deodato (93m)

JRA

Obrigada a vencer para poder manter o sonho da subida, a Desportiva de Sátão jogava a ultima cartada nesta luta. Contudo, tinha que esperar pelo resultado de terceiros.
Como jogo decisivo que era, o público compareceu em grande número, constituindo a maior enchente da época e até mesmo dos últimos anos no Estádio Municipal da Premoreira.
O primeiro sinal de perigo surgiu nos instantes iniciais. Rodrigo, pelo lado esquerdo, cruzou tenso e Luís cabeceou em desequilíbrio, fazendo o esférico passar um pouco ao lado da baliza.
Pouco depois, Bairrada foi obrigado a uma defesa apertada, para canto.
Aos 9 minutos, Rodrigo foi travado em falta dentro da área por António Pedro e o árbitro marcou grande penalidade. Nuno Simões, chamado a converter, atirou ao lado.
Só dava mesmo Sátão. O Valecambrense tentava atacar, mas a defensiva do conjunto da casa inviabilizava os intentos forasteiros que atacavam de forma determinada em lances de contra-ataque, afinal, a imagem de marca da equipa satense.
Aos poucos, os forasteiros equilibraram a partida, mas sem criarem oportunidades de perigo. No minuto 26, e na sequência de um canto marcado por Toninho, Tó Lopes esticou-se e evitou o que parecia ser um canto directo, mas a bola sobrou para Helder Almeida que, de cabeça, atirou á barra.
Aos 37 minutos, Deodato desmarcou Rodrigo no lado direito, Simões recebeu, aproveitou e quase facturou. No minuto seguinte, Ciro aproveitou algum espaço na sua frente, rematou rasteiro fazendo a bola entrar junto ao poste, inaugurando o marcador e deixando o público a festejar de forma exuberante.
Não satisfeito com a desvantagem, o conjunto forasteiro partiu à procura do prejuízo e quase igualou o encontro, à passagem do minuto 44, quando Helder Silva rematou rasteiro fazendo a bola passar junto ao poste de Tó Lopes. O intervalo chegava e o resultado era justo, pois a formação de Jorge Paiva foi sempre a mais determinada.
No reatar da partida, voltou a ser a turma da casa a entrar melhor, mais forte e rápida no contra-ataque e, aos 55 minutos, Simões desperdiçou o segundo golo para a sua equipa. Depois de um bom trabalho de Ciro, Simões cabeceou em jeito fazendo a bola embater caprichosamente no poste da baliza de Bairrada. Aos 67 minutos, Simões rematou em jeito para uma grande defesa de Bairrada, evitando, assim, o segundo da turma da casa. Um minuto depois, foi Tó Lopes a evitar o golo, com um soco, após o livre marcado por Toninho.
Foi no minuto 74 que Rodrigo ligou o turbo, ultrapassou todos os adversários mas acabou travado em falta. Élio marcou o livre para o cabeceamento de Ciro mas Bairrada desceu ao rés-do-chão para mais uma grande defesa. Três minutos depois, o Estádio gelou. Toninho rematou de fora da área, desviando o esférico para o fundo das redes, igualando o marcador. Insatisfeito com o resultado, pois não servia para a festa da subida, Jorge Paiva mexeu no seu onze por forma a dar mais consistência no sector atacante. Só que o golo não apareceu, apesar de todos os esforços dos jogadores satenses.
O Valecambrense tinha a sua situação definida, mas disputou o jogo como se deste dependesse para conquistar os seus objectivos. Os minutos finais foram vividos de uma forma intensa por todos os presentes no Estádio Municipal da Premoreira, pois só mesmo a vitória interessava e, para isso, faltava marcar um golo para conquistar a subida.
Jorge Paiva reforçou a aposta no ataque, que se viria a revelar certeira. Aos 87 minutos, Rodrigo marcou um canto no lado esquerdo, pontapeou a bola para o segundo poste onde Tó Ferreira surgiu a subir mais alto e a desviar para o fundo das redes. Foi a explosão de alegria no Estádio, até porque já todos sabiam que o adversário directo estava a perder por dois golos de desvantagem.
Já em tempo de compensações, Deodato teve uma atitude negativa e foi expulso pelo árbitro Pedro Sá, aos 93 minutos. O juíz da partida, pouco depois, apitou para o final da partida, após um trabalho tranquilo, e para o início da festa.
Jogadores, técnicos, dirigentes, entidades, público, todos fizeram a festa da subida da Associação Desportiva de Sátão que, assim, se junta a Penalva do Castelo e Nelas na 2ª Divisão Nacional, equipas todas filiadas na AF Viseu e que desta forma ganha maior protagonismo no futebol nacional.

In Diário Regional de Viseu