segunda-feira, maio 21, 2007

Divisão de Honra: V. Benfica 0 A. Viseu 3


V. Benfica 0
Guilherme, Zé Pedro, Márcio, Angelo, Serafim, Nando, Abner, Pedro Rocha, Dani, Luís Paulo e Zé Alfredo
Substituições: Abner por Coquinho (54m), Zé Alfredo por Toipa (68m) e Zé Pedro por Nando (77m)
Suplentes não utilizados: João, Oliveira, Cristoph e Albuquerque
Treinador: José Chaves

Ac. Viseu 3
Manuel Fernandes, Simões, Negrete, Marcos, João Miguel, Calico, Álvaro, Carlos Santos (cap), Eduardo, Filipe Figueiredo e Tiago
Substituições: Álvaro por Xinoca (70m), Eduardo por Barra (85m) e Filipe Figueiredo por Zé Teixeira (90m)
Suplentes não utilizados: André, Zé Pedro, Bruno e Marcel
Treinador: Idalino de Almeida

Jogo no Estádio dos Trambelos, em Vildemoinhos
Assistência: Cerca de 700 espectadores
Árbitro: Nuno Ventura, do CA Viseu
Auxiliares: Jorge Ramos e Ângelo Santos
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Eduardo (46m), Tiago (54m) e Filipe Figueiredo (87m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Luís Paulo (15m), Nuno (25m), Zé Alfredo (31m), Eduardo (32m), Marcos (37m), Ângelo (38m), Albuquerque (42m), Márcio (57m), Negrete (63m) e Serafim (80m)
Cartão vermelho para Xinoca (89m)

O Académico de Viseu está a um passo de subir à 3ª Divisão Nacional, depois da vitória ante o Viseu e Benfica e do desaire do Sporting de Lamego em Oliveira de Frades, ao empatar a um golo.
No final do encontro, joga-dores, dirigentes e adeptos acade-mistas mantiveram-se no relvado à espera do final da partida em Oliveira de Frades, findo o qual extravasaram a alegria contida, ficando agora dependentes de si próprios para garantir a subida ao Nacional da 3 Divisão.
A alegria de uns foi a tristeza de outros. O Viseu e Benfica, com a derrota de ontem, desceu à 1ª Divisão Distrital, com José Chaves, segundo o próprio, a pensar já na próxima temporada, a uma jornada do final da prova.
O jogo não foi fácil para ne-nhuma das equipas. Os viseenses demonstraram muita ansiedade no primeiro tempo, com os benfiquistas a entrarem determinados a surpreender o adversário, com Pedro Rocha, por duas vezes, a tentar surpreender Manuel Fernandes. Só no segundo tempo a turma orientada por Idalino de Almeida "vergou" os benfiquistas, com Eduardo e Tiago a darem a vantagem de dois golos e Filipe Figueiredo a apontar o terceiro tento, quando o adversário já tinha "caído".

Bom início dos benfiquistas

A partida começou com o Viseu e Benfica a tentar surpreender o último reduto acade-mista. Pedro Rocha, nos primei-ros cinco minutos, por duas vezes obrigou Manuel Fernandes a duas defesas apertadas. Logo no primeiro minuto, do meio da rua, arrancou uma bomba que o guarda-redes academista defendeu à segunda, para logo a seguir ter que desviar sobre o travessão um remate do número oito benfiquista.
Só que, aos poucos, a formação academista começou a tomar conta do jogo, mas sentia dificuldades de penetração no último reduto contrário. O primeiro lance de perigo à baliza de Guilherme chegou aos 15 minutos, com Carlos Santos, na conversão de um livre, a fazer a bola passar por cima do travessão.
Até final do primeiro tempo o jogo teve maior ascendente dos visitantes, que, contudo, encontraram dificuldades em penetrar no último reduto benfiquista, além de demonstrarem alguma ansiedade.

Dois golos a abrir a segunda metade

O segundo tempo começou com os academistas a inaugurarem o marcador, com Eduardo a concluir uma boa jogada do seu ataque. Era o melhor início dos viseenses, mas também péssimo para os pupilos de José Chaves que sentiram o golpe. As coisas ficaram ainda pior oito minutos depois, com Tiago a concluir, de cabeça, mais uma boa iniciativa do ataque academista.
Este golo tranquilizou a equipa de Idalino de Almeida, mas deixou marcas na turma benfiquista, com Lúcio Costa a receber ordem de expulsão do banco, aos 63 minutos, por discordar de uma decisão de Nuno Ventura.
A última meia hora da partida não trouxe nada de novo, para além do terceiro golo dos viseenses, apontado por Filipe Figueiredo, quando o jogo cami-nhava para o final, numa altura em que a turma de José Chaves já denotava algumas dificuldades de ordem física.
Os academistas controlaram o jogo, aguardando pelo apito final de Nuno Ventura. O juiz do encontro fez um trabalho globalmente positivo, mas foi algo exagerado na amostragem de cartões amarelos.

Idalino de Almeida lamenta "jogos de bastidores"

No final do encontro, como atrás dissemos, jogadores, equipas técnica e directiva mantiveram-se no relvado à espera do termo da partida em Oliveira de Frades. Idalino de Almeida, muito emocionado, lá foi dizendo que "será uma injustiça se o Académico não subir de divisão". O técnico academista lamentou "algumas situações que se passaram no futebol", pelo que "seria imerecido se não conseguíssemos a subida", garantindo, contudo, que "se não fossem alguns jogos de bastidores já a teríamos garantido". Agora, diz o técnico, "dependemos de nós próprios, pelo que queremos vencer domingo e fazer a festa no Fontelo".
Por sua vez, José Chaves mostrava-se sereno e convicto do trabalho desenvolvido.
"Caímos de pé e agora não vale a pena chorar sobre o leite derramado", afirmou o técnico benfiquista, que garantiu que "vamos começar a pensar na próxima época", assumindo desde já que "o objectivo passa pelo regresso à divisão de Honra".

José Luís Araújo
In Diário Regional de Viseu

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