segunda-feira, setembro 17, 2007

3ª C: A. Viseu 3 S.J. Ver 0


Uma exibição serena e concentrada frente ao S. João de Ver permitiu ao Académico averbar a primeira vitória no Nacional da 3ª Divisão.
Para esta partida, relativamente ao jogo da Tocha, o técnico do Académico de Viseu fez apenas duas alterações, com a saída de Simões e Valério, e com as entradas de João Miguel para defesa direito e Lopes para a ala, o que obrigou Megane a recuar para defesa esquerdo.
A equipa mostrou-se confortável, segura a defender, mas como referia Idalino de Almeida no final da partida, falta um jogador para o meio campo, agora que vai deixar de ter, a tempo inteiro, Simões e Fábio Santiago, jogadores que foram colocados no ensino superior na cidade do Porto.
O jogo começou com Américo a criar calafrios à equipa viseense, que permitiu que o numero 10 contrário aparecesse na carreira de tiro, com o remate a sair a arrasar o travessão da baliza à guarda de Manuel Fernandes. Depois do susto logo no primeiro minuto a formação viseense serenou e na resposta Calico esteve perto do golo, após um canto apontado na direita pró Carlos Santos.
Os viseenses começaram paulatinamente a assumir os "cordelinhos" do jogo, jogando e trocando bem a bola, com Zé Bastos a ser a unidade de referência no ataque. Descaído para a direita o número 22 academista era uma seta apontado para a baliza contrária. Aos 10 minutos os viseenses estiveram perto do golo, mas a oportunidade gorou-se.
À passagem do primeiro quarto de hora, a formação orientada por Idalino de Almeida impunha o ritmo à partida, com a equipa de Terras da Feira a optar pelo contra-ataque, no sentido de aproveitar um eventual adiantamento da defesa academista e também explorar alguma intranquilidade que pudesse resultar da necessidade de vencer do adversário.
Só que os donos da casa estavam determinados. Aos 19 minutos, Álvaro ganhou um ressalto a meio campo, serviu Zé Bastos na meia direita, com este a esgueirar-se para a área e a bater Nuno Coelho. Curioso o facto de nenhum jogador contrário ter reclamado da posição no avançado academista, com Artur Quaresma, no final da partida, a dizer que o lance tinha sido irregular. Na resposta ao golo, o S. João de Ver podia ter chegado à igualdade, com Nuno a falhar o desvio para a baliza, após cruzamento de Hugo.
Em vantagem no marcador, e ao contrário de partidas anteriores, os viseenses mantiveram o ritmo de jogo, elevando a contagem sete minutos depois, com Carlos Santos a apontar um canto com conta peso e medida para a cabeça de Zé Bastos fazer o resto.
Ao intervalo o placar espelhava o que se tinha passado nos primeiros 45 minutos. Os viseenses a praticarem melhor futebol, mais fluido e objectivo, perante um adversário que ficou pela expectativa.
No início do segundo tempo o cariz da partida manteve-se o que permitiu aos donos da casa ampliarem a vantagem aos 57 minutos, num golo muito festejado por Lopes e que valeu um cartão amarelo. O número 6 respondeu bem a um cruzamento de Zé Bastos com uma desvio para a baliza, um movimento que tentou por duas vezes oito dias antes e que não tinha resultado.
Com três golos de vantagem os viseenses, sem se desconcentrarem, levantaram o pé, controlaram o jogo, embora a formação orientada por Artur Quaresma tenha, aqui e ali, criado alguns problemas a Manuel Fernandes e Companhia.

Forasteiros "zangados" com a arbitragem

Em resumo, diríamos que foi uma vitória justa e que vem ajudar a elevar o ânimo à turma viseense, que viu Filipe Figueiredo regressar à competição, após alguns meses de ausência, permitindo assim mais e melhores opções para o ataque viseense.
No final o técnico viseense estava satisfeito, salientando que a produção da equipa tinha sido a mesma de outros jogos. Idalino de Almeida afirmou que a diferença esteve na finalização, relativamente ao jogo da Tocha. "Com dois golos de vantagem a equipa tranquilizou" salientou o treinador, que não perdeu a oportunidade de referir que do plantel fazem parte 16 jogadores oriundos da região.
Quem não estava satisfeito era Artur Quaresma. O técnico da equipa de S. João de Ver atirou-se ao juiz da partida, dizendo que "em campeonatos nacionais devem estar árbitros da mesma categoria", acrescentando que o seu trabalho tinha sido "um fracasso", apontando um rol de erros que, conside-rou, influenciaram o resultado do jogo.
O árbitro de Vila Real, apesar de alguns erros esteve globalmente bem.

Ac. Viseu 3
- Manuel Fernandes, João Miguel, Marcos, Negrete, Megane, Caliço, Álvaro, Carlos Santos, Lopes, Eduardo e Zé Bastos.
Substituições: Lopes por Cardoso (60m), Santos por Filipe Figueiredo (65m) e Megane por Zé Teixeira (84m)
Suplentes não utilizados: João Sampaio, Zé Pedro, Barra e Valério.
Treinador: Idalino de Almeida

S. João de Ver 0
- Nuno Coelho, Daniel, Rui Silva, Paquete, David, Hugo, Xavi, Edu, Nuno, Américo e Rui Paulino
Substituições: Xavi por Cristiano (45m), Rui Silva por Bino (60m) e Nuno por Marquinhos (60m)
Suplentes não utilizados: Hélio, Marlon, Zé Tó e Vitinha
Treinador: Artur Quaresma

Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 350 espectadores
Árbitro: Vítor Silva, do CA de Vila Real
Auxiliares: Rui Rebelo e Tiago Faustino
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Zé Bastos (19 e 26m) e Lopes (57m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Marcos (17m), Rui Silva (37m), Calico (39m), Américo (39m), Hugo (51m), Lopes (57m), Megane (76m) e Paquete (90m)

José Luís Araújo
In Diário de Viseu
Foto: A Magia do Futebol

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