2ª C: Penalva do Castelo 2 B.C. Branco 0

Já se sabia que a equipa do Benfica de Castelo Branco é uma equipa que entra em campo de forma de rompante, mas a forma como o fez em Penalva do Castelo deixou toda a gente surpreendida. De facto, durante os primeiros cinco minutos os albicastrenses pressionaram de modo forte e sufocaram, autenticamente, a equipa da casa. Só para fazer uma ideia da pressão feita pelos visitantes, basta dizer que nos quatro minutos iniciais, estes conseguiram três grandes oportunidades de golo. Aos poucos os locais conseguiram equilibrar o encontro e à passagem dos quinze minutos já os penalvenses chegavam com perigo até à baliza de Carlos Soares. Entretanto, os forasteiros também não deixavam de atacar e tiveram, também, boas ocasiões de golo. Mas a oportunidade falhada de forma escandalosa foi quando Tomé, isolado, depois de um magistral passe de João Aurélio, fez um chapéu a Carlos Soares, mas saiu de aba demasiado larga, gorando-se a ocasião mas flagrante do jogo até aos 27 minutos.
A partir daí o jogo ficou muito dividido, com a bola ora no meio campo da casa, ora no meio campo dos albicastrenses. Contudo, nos dez minutos que antecederam o intervalo, sem dúvida, que o ascendente era o Penalva do Castelo, com Tojo e Paulo Lista a terem boas oportunidades de marcar, o que só não aconteceu com alguma sorte para os visitantes. O conjunto da capital da Beira Interior passou a optar mais pelo contra-ataque, sem desfazer a sua boa coesão defensiva. Num lance de bola parada, Milton converteu um livre e no cabeceamento de um dianteiro “vermelho” saiu a rasar o poste direito da baliza de Tó Oliveira. Tendo em conta o que ambas as equipas fizeram ao longo dos primeiros quarenta e cinco minutos, o intervalo chegou com resultado certo.
No reatamento, foi o Penalva quem apareceu mais ofensivo e Tomé não conseguiu desfeitear Carlos Soares que saiu bem a fechar o ângulo. Um lance que surgiu numa perda de bola pelo meio campo benfiquista. Depois foi Sérgio a acorrer a um centro a cabecear para o chão, mas Carlos Soares fez uma defesa do outro mundo para canto. Os forasteiros conseguiram aliviar um pouco a pressão local, mas os penalvenses mostravam-se determinados e aos 58 minutos, num lance bem elaborado por Belo, este conseguiu endossar a Paulo Listra que, muito oportuno conseguiu meter a bola pelo buraco da agulha. Justificava-se a vantagem. Reagiu o Benfica de Castelo Branco, como lhe competia, mas o Penalva do Castelo conseguiu segurar o adversário no meio campo. É evidente que António Jesus não estava satisfeito e meteu dois jogadores atacantes: João Peixe e Daniel Fernandes. Mas foi o Penalva do Castelo que perdeu, incrivelmente, a ocasião de golo mais flagrante de toda a partida, com Tomé a um metro da linha de baliza atirou por cima da barra, quando não estava ninguém à sua frente. Mas aos 79 minutos, Miguel Vaz atira potente remata que Tó Oliveira não conseguiu segurar e a bola foi ao peito e Sérgio onde ressaltou em direcção à sua baliza e obrigou Tó a defesa espectacular. As entradas de João Peixe e Daniel Fernandes deram outra dinâmica aos albicastrenses e os penalvenses passaram a defender, com muito sacrifício, a vantagem. Mas já em tempo de descontos, João Aurélio num remate de raiva, descaído no lado direito do ataque, atirou portentoso remate sem qualquer hipótese a Carlos Soares. A turma de Castelo Branco, diga-se, foi generosa e nunca se entregou até ao apito final do árbitro, o que diz bem da sua conhecida determinação.
O árbitro fez um bom trabalho.

Ficha de Jogo:

Penalva do Castelo 2
- Tó Oliveira; Rogério, Tiago Sousa, Sérgio e Carvalhinho; Tojo, João Aurélio e Paulo Listra; Ruben, Tomé e Belo.
Substituições: Belo por Sérgio Pote (69m), Tomé por Coquinho (85m) e João Aurélio por Leandro (94m)
Suplentes não utilizados: Cristiano, Sílvio, Vítor Hugo e Alex
Treinador: Carlos Agostinho

BC Branco 0
- Carlos Soares; Gil, Nuno Marques, Miguel Vaz e Bruno Gonçalves; Ricardo Violas, Trindade e Milton; Telmo, Ricardo António e Célio
Substituições: Telmo por Tarzan (52m), Milton por João Peixe (60m) e Nuno Marques por Daniel Fernandes (70m)
Suplentes não utilizados: Lúcio, Ivo, Cristophe e Tomás.
Treinador: António Jesus

Jogo no Complexo Desportivo de Sant`Ana, em Penalva do Castelo.
Assistência: 300 pessoas
Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Auxiliares: João Luís e Paulo Quintino
Resultado ao intervalo: 0-0
Marcadores: Paulo Listra (58m) e João Aurélio (93m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para: Carvalhinho (43m), Gil (50m), Belo (66m), Tomé (74m), Ruben (75m), Tarzan (89m), Paulo Listra (90)

Manuel Albuquerque
In Vis Fut Magazine