2ª C: Sátão 5 Torreense 1

O Sátão até entrou muito bem no jogo, dispondo de dois lances bem perigosos. Mas o Torreense conseguiu sacudir a pressão e numa jogada de contra – ataque logrou um pontapé de canto e na sequência disso, Manu conseguiu bater Tó Lopes que estava desamparado, pois a sua defensiva ficou a olhar para o lance e, nomeadamente, para o pontapé de ressaca.
O Torreense galvanizou-se e a baliza de Tó Lopes passou por alguns momentos aflitivos. Mas a raça dos satenses já ficou demonstrada em alguns jogos e, aos poucos, neste jogo, a equipa foi-se recompondo e começou a organizar, de novo, os seus perigosos contar-ataques. Asssim, numa reposição de bola de Tó Lopes, Hélder Ramos conseguiu a posse do esférico, bateu um adversário e quando o guarda–redes Humberto saiu para anular o lance, o satense fez um chapéu e repôs a igualdade.
O Sátão assentou ainda mais o seu jogo e colocou em prática a habitual corrida de Rodrigo que aos 38 minutos conseguiu ser mais forte que os seus opositores e já de ângulo difícil rematou forte, metendo a bola pelo buraco da agulha, com Humberto surpreendido, mas impotente para fazer o que quer que fosse. Os locais tinham dado a volta ao marcador e isso galvanizou o conjunto que, em vez de defender de forma porfiada, apenas optou por algumas cautelas, mas sem nunca descurar a possibilidade de ir para a baliza de Humberto.
No reatamento notou-se que ambas as equipas mostravam algum receio em arriscar e, desse modo, a partida estava repartida com a bola, ora junto de uma baliza, ora da outra.
Mas a equipa da casa queria oferecer um triunfo concludente ao seu treinador Jorge Paiva agradecendo o seu recuo na decisão de deixara a orientação da equipa e, acentuando o contra – ataque, em três minutos (71 e 74), Hélder Ramos e Rodrigo bisam na partida e colocam, praticamente, os visitantes fora de combate e consolidar a vitória e, consequentemente, somar os três pontos. Mas os locais queriam mais e continuando a pressionar, com Rodrigo em grande, chegou ao 5-1, humilhando o seu adversário que tem jogadores profissionais e que tem condições de trabalho bem melhores que as suas.
Ficou demonstrado que o Sátão tem todas as possibilidades de conseguir subir para os lugares que dão acesso à manutenção directa. O futebol que mostrou foi de qualidade, personalizado e com muito pragmatismo, o que quer dizer que os sócios, adeptos e simpatizantes da Associação Desportiva de Sátão podem confiar na equipa. Arbitragem em bom plano.

Ficha de Jogo:

Sátão 5
Tó Lopes; Tó Ferreira, Élio, Mário Castanho e Hélder Sarmento; Deodato, Rodrigo e Simões; Hélder Ramos, Luís e Nelson Leite
Substituições: Tó Ferreira por Chico (54´), Hélder Ramos por Pavic (73’) e Mário Castanho por Paulo Meneses (79’).
Suplentes não utilizados: Zé Luís, Rebelo, Abner, Tozé
Treinador: Jorge Paiva

Torreense 1
Humberto; André Santos, João Afonso, Manú e Lion; Paulo Vítor, Paulinho e Miguel Paixão; Pedro Neves, Flávio Júnior e Serginho
Substituições: André Santos por Janú (58´), Paulinho por Coça (70´) e Manú por Enildo (75´)
Suplentes não utilizados: Dário, Caramba, Dani e Castro
Treinador: Rui Esteves

Jogo no Estádio Municipal da Premoreira, em Sátão
Assistência: Cerca de 300 espectadores
Árbitro: Rui Patrício (Aveiro)
Auxiliares: Alberto Diogo e Sérgio Saldanha
Resultado ao intervalo: 2-1
Marcadores: Manú (7'), Hélder Ramos (26' e 71'), Rodrigo (38' e 74')
Acção disciplinar: Cartão amarelo: Rodrigo (22'), Serginho (29'), Pedro Neves (35')

C. C.
Texto e Foto In Vis Fut Magazine