segunda-feira, dezembro 10, 2007

3ª C: A. Viseu 9 D. Sandinenses 1


Estádio: Municipal do Fontelo

Árbitro: Ricardo Pinho (Aveiro)

A. Viseu: Nuno, Calico, Marcos, Negrete, João Miguel, Beaud, Lopes, Álvaro, Cardoso,Eduardo, Bastos
Substituições: Beuad por Márcio(46'), Álvaro por Barra(59'), João Miguel por Tiago(72')
Treinador: Idalino de Almeida

D. Sandinenses: Miguel, Pedro Duarte, Fábio, Costacurta, Dinis, Coelho, Mexicano, Bruno Miguel, Vítor Hugo, Hélder
Substituições: Coelho por Celso(55'), Vítor Hugo por Bica(66'), Dinis por Gil(68')
Treinador: Paulo Bento

Ao intervalo 3-0
Golos: Bastos (1, 52, 88 e 89), Lopes (3), Beaud (43), Márcio (46), Eduardo (51), Vítor Hugo (64) e Tiago (77)
Cartão amarelo: Coelho (37), Dinis (60, Tiago (77) e Quinzinho (84)
Cartão vermelho: Tiago (77)

Foi uma goleada das antigas, daquelas que, diz-se, já não se usam. Nove golos foi o pecúlio conseguido pelo Académico de Viseu frente ao último classificado, mas outros ficaram por marcar e o score poderia ter sido histórico, se os academistas não se tivessem deslumbrado com os dois golos obtidos nos primeiros três minutos do encontro.
Idalino de Almeida aproveitou esta partida para fazer descansar alguns dos habituais titulares a começar por Manuel Fernandes, Filipe Figueiredo e Megane, numa altura em que o campeonato vai parar no próximo domingo, antecedendo dois jogos que o técnico do Académico considera decisivos para as aspirações da formação da cidade de Viriato na prova.
A formação de Sendim, no concelho de Vila Nova de Gaia, mostrou no Municipal do Fontelo porque ocupa o último lugar da tabela classificativa, ficando também evidente que está neste campeonato para cumprir calendário.
Os viseenses não poderiam ter entrado melhor na partida, pois logo na primeira jogada do desafio inauguraram o marcador. O pontapé de saída pertenceu aos visitantes, mas Calico ganhou a bola, atrasou para Nuno que bateu comprido, com Zé Bastos a ganhar, a correr todo o meio terreno contrário e a bater Miguel pela primeira vez. Ainda não refeitos do golpe já os visitantes sofriam o segundo golo, com Álvaro a cruzar da direita e Lopes a desviar para a baliza.
Era o prenúncio de uma goleada e de uma exibição de gala dos viseenses. E se a primeira se verificou, a segunda ficou-se pelas intenções. Depois de apontar dois golos a formação orientada por Idalino de Almeida como que se deslumbrou e o futebol escorreito dos primeiros minutos ficou-se por aí, com os jogadores a complicarem aquilo que parecia simples.
Tal facto permitiu que fosse a turma visitante acreditasse que poderia evitar a goleada, conseguindo os três primeiros pontapés de canto do encontro aos 17 minutos. Todavia, diríamos que eram apenas "cócegas" o que os visitantes conseguiam fazer junto à baliza de Nuno.

Reinício demolidor na segunda metade

Os viseenses poderiam ter ampliado a vantagem, quando Fábio derrubou Bastos na área de rigor, com o avançado academista a rematar de forma denunciada o livre de 9,15 metros, permitindo a defesa de Miguel.
À passagem da meia hora o jogo era incaracterístico, com os viseenses a controlarem as operações e a criarem ocasiões para ampliar a vantagem. Bastos, aos 32, e Cardoso, aos 36 minutos, perderam ocasiões soberanas de marcar, mas foi Beaud que a dois minutos do intervalo apontou terceiro golo, o primeiro com a camisola dos viseenses, num bonito remate à entrada da grande área.
O segundo tempo começou com nova avalanche dos viseenses, que lhes valeu três golos. Márcio, que entrou ao intervalo, ampliou a vantagem no primeiro minuto, dilatada por Eduardo e Bastos aos 51 e 52 minutos, com o primeiro, logo a seguir, a falhar o sétimo golo acertando num adversário à boca da baliza.
Com a turma visitante cada vez mais remetida para próxima da sua grande área e com um futebol mais objectivo e prático, os viseenses iam criando oportunidades atrás de oportunidades para dilatar o marcador. Aos 62 minutos Eduardo cruzou da direita e Barra falhou o golpe de cabeça com a baliza escancarada, para logo a seguir os visitantes fazerem o tento de honra através de Vítor Hugo, numa desatenção defensiva dos viseenses.
Com o jogo a caminhar para o final foram os visitantes que voltaram a aproveitar alguma apatia dos viseenses para criarem dificuldades a Nuno, que fez a defesa da tarde aos 82 minutos, num excelente golpe de rins em resposta a um remate do meio da rua.
Mas o melhor estava guardado para o final e para Zé Bastos. O avançado, aos 88 minutos, a passe de Márcio fez o oitavo para no minuto seguinte, descaído sobre a esquerda, flectir para o meio e arrancar uma bomba que só parou no fundo da baliza de Miguel, fechando a contagem com um grande golo.
Numa tarde tranquila, o árbitro foi protagonista pela negativa no final do encontro. Ricardo Pinto, que quase passava despercebido do Fontelo, borrou a pintura ao expulsar Tiago, aos 77 minutos, após este ter ido festejar o golo ao banco. Depois de lhe mostrar o cartão amarelo, o brasileiro abriu os braços, facto que o juiz interpretou como provocação, mostrando-lhe o cartão vermelho. Depois disso outra nota para um desentendimento no ataque viseense. Juiz e auxiliar ficaram a olhar um para o outro. O segundo assinalou canto, enquanto que o juiz, logo a seguir, apontada para a pequena área.
Diríamos que estragou a actuação com estes dois lances. Desnecessário.

Idalino de Almeida preocupado com paragem

No final da partida Idalino de Almeida mostrava-se satisfeito com a prestação de alguns jogadores menos utilizados em partidas anteriores, mas que tiveram a oportunidade de se mostrar neste encontro.
O técnico considera que a paragem do próximo domingo pode não beneficiar a sua equipa, numa altura em que o Académico tem dois jogos que considera "muito importantes" para os objectivos do clube, como são as deslocações a Santa Maria de Lamas, na antevéspera de Natal, e a deslocação a Figueira de Castelo Rodrigo, no início da segundo volta antes do final do ano. l

José Luís Araújo
In Diário de Viseu

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