terça-feira, abril 29, 2008

Divisão de Honra: Lusitano 3 M. Beira 4

Versão 1
A verdadeira ‘final’ entre Lusitano e Moimenta da Beira foi, de facto, espectacular e até se pode dizer que ‘imprópria para cardíacos’. Já se sabia que quem perdesse ficava praticamente arredado da luta pela permanência e a importância de vencer era notória. Dentro deste cenário, a equipa dos Trambelos dominou grande parte do encontro, beneficiando do factor casa para se galvanizar um pouco mais. Contudo, os erros de toda uma época repetiram-se no derradeiro encontro, ou seja, a gritante falta de criatividade, eficácia e capacidade de finalizar deitaram por terra os objectivos da equipa. Neste jogo, o capítulo da finalização acabou por não ser o maior “handicap” do Lusitano, mas sim o guarda-redes Luís que, numa tarde desinspirada, acabou por não ajudar a equipa da melhor maneira.
No que ao jogo diz respeito foram os viseenses os primeiros a marcar. Diego de cabeça fez o golo ao segundo poste e fez estoirar a alegria. Efémera, ainda assim, já que aos 16 minutos, o melhor em campo, Paulo Isidoro, restabeleceu com a cabeça a igualdade. Até ao intervalo, o Moimenta foi crescendo, e repelindo a melhor entrada dos da casa mas no descanso ainda se mantinha o empate a uma bola.
O segundo tempo foi rico em golos, cinco para ser mais preciso. Repetiu-se também a história. O Lusitano entrou melhor, mais tranquilo, a trocar bem a bola, mas a faltarem-lhe ideias para entrar com perigo na grande área forasteira. Assim, acabou por ser o Moimenta a aproveitar um lance rápido para dar a volta ao ‘placard’. Parma tirou um defesa do caminho e diante de Luís rematou rasteiro. O guardião lusitanista ficou mal na fotografia já que a bola lhe passou por debaixo do corpo.
Balanceados no ataque, pois não tinha outro ‘remédio’, o Lusitano correu maiores riscos na sua defesa, que seriam fatais aos 70 minutos. Novamente Parma, agora frente a Esteves, conseguiu isolar-se e novamente cara a cara com Luís voltou a facturar. Já se festejava do lado visitante quando Jeremias relançou a partida. Uma defesa incompleta de Humberto II foi bem aproveitada. No entanto, e perto do final, Paulo Isidoro matou o jogo. De livre directo, o jogador do Moimenta rematou colocado e ‘bateu’ Luís que, “pregado ao chão” viu a bola entrar. Se não tivesse desistido da bola a história poderia ser outra…
Em tempo de compensação o Lusitano reduziu novamente mas fruto de um erro de comunicação entre ‘Humbertos’ (o guardião e o defesa). Diego aproveitou para fazer o 3-4 final.
Derrota muito castigadora para o Lusitano que assim tem a descida praticamente consumada enquanto o Moimenta da Beira tem aqui uma excelente rampa de lançamento para lutar pela permanência. Sem ter feito muito por isso, a equipa de Vítor Rebelo venceu sobretudo porque foi eficaz nas poucas oportunidades, aproveitando muito bem os erros contrários.
Arbitragem muito positiva de António Augusto Cardoso.

Ficha de Jogo:

Lusitano 3
Luís, Serginho, Hugo, Miguel Lourenço, Esteves, Juan, Jeremias, Geyson, Diego, Agostinho e Nuno
Substituições: Nuno por Zé António (45’) e Miguel Lourenço por Bill (76’)
Suplentes não utilizados: Rafael, Salgueiral, Daniel, Washington e Diogo.
Treinador: Silvério Gomes.

Moimenta Beira 4
Humberto II, Jorge, Humberto, Renato, Vítor, Paulinho, Centeio, Parma, Paulo Isidoro, Pingato e Hugo
Substituições: Paulinho por João (57’), Pingato por Henrique (64’) e Vítor Alexandre por Filipe (89’).
Suplentes não utilizados: Marcelo, Cid, Toni e Rudi.
Treinador: Vítor Rebelo.

Jogo no Estádio dos Trambelos, em Vildemoinhos (Viseu)
Assistência: cerca de 250 pessoas
Árbitro: António A. Cardoso (Castro Daire)
Auxiliares: Sérgio Rocha e Carlos Silva
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Diego (11’ e 92’), Paulo Isidoro (16’ e 85’), Parma (61’ e 70’) e Jeremias (79’).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Paulinho (38’), Vítor (49’), Centeio (69’), Parma (69’) e Henrique (89’).

Vítor Ramos
In Desporto da Rádio Vouzela

Versão 2
Se os golos são o sal do futebol, o jogo dos Trambelos satisfez plenamente o apetite dos adeptos. Sete golos num confronto que retirou ao Lusitano praticamente todas as esperanças na manutenção.
Até começou melhor a equipa alvi-negra, quando aos 16´ Diego correspondeu da melhor maneira a uma incursão pelo flanco esquerdo de Jeremias. Em desvantagem no marcador a turma de Moimenta da Beira começou a libertar-se dos espartilhos defensivos e Paulo Isidoro, de cabeça, igualou o resultado apenas cinco minutos depois do golo trambelo.
O Lusitano acusou o empate e o entusiasmo nas bancadas começou a esmorecer, até porque com o passar dos minutos tornavam-se notórias as debilidades do seu sector defensivo, obrigando, inclusivamente, Silvério Gomes a trocar Serginho e Miguel Lourenço de posição.
Nesta fase da partida, a equipa azul e branca assumia o domínio do jogo e esteve perto da reviravolta do marcador, mas Paulinho e Paulo Isidoro não conseguiram desfeitear Luís.

Pressão ofensiva local infrutífera


Para o segundo tempo, já com José António em campo, a disposição do conjunto de Vildemoinhos alterou-se e cedo iniciou um período de forte pressão no último reduto visitante, que nesta fase se limitava a tentar tapar os espaços num bloco recuado junto da sua área, tarefa que levou a bom porto.
Estava o jogo praticamente com sentido único quando Parma, num lance de contra-ataque, se desmarcou e, à saída do guardião visitado, desviou a bola para o fundo das redes de Luís. Lento a reagir à desvantagem, no campo e no banco, o Lusitano viu Parma elevar a contagem, depois deste se ter desembaraçado com alguma facilidade da marcação efectuada por Esteves.
Já com Bill em campo o Lusitano teve um derradeiro sopro de vida, mas Paulo Isidoro, na sequência de um livre, superiormente cobrado, coroava a sua exibição, dando a entender que está claramente talhado para outros voos. Humberto, num auto-golo, ainda reduziu a vantagem visitante para a diferença mínima, mas o jogo estava sentenciado a favor da equipa que cometeu menos erros.
O trio de arbitragem teve uma actuação discreta. No lance mais polémico, já na fase final do encontro, acabou por não atender à queda de José António na área azul e branca, pese os protestos locais.
Holsson

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