3ª C: Sátão 1 Tocha 2

Jogo com grande determinação por parte de ambas as equipas. Tanto a Associação Desportiva de Sátão, como a União Desportiva da Tocha, tiveram contra si um sintético algo escorregadio e com alguma água. Mesmo assim, a verdade é que de ambos os lados não houve negação de esforços para proporcionar o espectáculo possível numa a ameaçar chuva, mas que durante a partida deu tréguas. Com um início bastante equilibrado, a UD Tocha foi ocupando melhor os espaços e o seu ascendente começou a ser um facto. Depois de ter ameaçado com dois remates bastante perigosos, de Bertier e Curto, o conjunto forasteiro acabou por chegar ao golo num lance rápido, com João Morais a ir à linha do fundo e a centrar para o “solitário” Zé Filipe que, livre de marcação, atirou a contar sem hipótese para Tó Lopes. Foi um remate cruzado e de surpresa. Este golo da Tocha acabava por ser o corolário da sua melhor estratégia assente no colectivo e, sobretudo, da melhor eficácia em termos atacantes. A reacção dos satenses não chegou para desmontar o sistema táctico montado por José Viterbo. Com uma defesa reforçada, com a descida de um jogador do meio campo, e em lançamentos compridos a aproveitar a desmarcação dos homens mais adiantados, a turma forasteira controlou a movimentação dos donos da casa. Na parte final do primeiro tempo, os satenses pressionaram mais, mas o resultado não se alterou. E diga-se a vantagem da Tocha era merecida, mesmo tendo em conta que não esteve muito acima do que fez o Sátão, mas esteve o suficiente para justificar o golo que obteve a meio da primeira parte.

Sátão mais acutilante na segunda parte

Para a segunda parte, nenhuma das equipas apareceu em campo com qualquer alteração, mas viu-se um Sátão mais acutilante, como lhe competia dada a desvantagem que tinha no marcador. Foi então a vez do conjunto da praia da Tocha passar a defender com mais homens no seu meio-campo, tentando explorar, com o contra – ataque, a subida dos locais. No entanto, a turma forasteira mostrava-se, ainda assim, mais prática e expedita. A chuva continuou fazer “gazeta” e permitiu que o sintético da Premoreira se mostrasse com melhores condições. Como ambas as equipas estão habituadas a treinar e a jogar neste tipo de piso, nenhuma delas tirou partido disso. Até que aos 63 minutos, Rebelo conseguiu a posse da bola, foi até à linha do fundo e centrou para aparecer Pedro’s, oportuno, e bater Vítor Nogueira. Estava reposta justiça no resultado pelo que os satenses tinham produzido no segundo tempo até aquela altura. José Viterbo não estava satisfeito e fez duas alterações, mas o Sátão continuava a mandar no jogo e para dar ainda mais profundidade ao ataque, Carlos Marques fez entrar Geyson. A defesa forasteira passou a sentir ainda maiores dificuldades e a sua preocupação era a de manter a igualdade, que era um mal menor. Até que nos últimos minutos surgiu um Tocha mais pressionante e Curto com um pontapé sesgado bateu Tó Lopes, tendo a bola embatido ainda num defesa da casa, estabelecendo o resultado final. A haver justiça o resultado final seria um empate. Boa arbitragem.

Ficha de Jogo:

Sátão 1
Tó Lopes; Faro, Pedro, Chico e Valério; Luís, Pedro´s e Nando; Tozé, Rebelo e Tó Almeida
Substituições: Tozé por Geyson (75’) e Pedro’ s por Duro (86’)
Suplentes não utilizados: Luís Filipe, Duro, Helder e Sérgio
Treinador: Carlos Marques

Tocha 2
Vítor Nogueira; Ricardo Freixo, Mauro Paula, Telmo e Curto; Zé Filipe, Duarte e João Moarais; George, Custódio e Bertier
Substituições: João Morais por David (67’) e George por Gonçalo (67’) e Zé Filipe por Estanqueiro (80’)
Suplentes não utilizados: Diogo, Nicolas, Xirola, Fabrício e Estanqueiro
Treinador: José Viterbo

Jogo no Estádio Municipal da Premoreira
Assistência: Cerca de 100 pessoas
Árbitro: Carlos Silva (Aveiro)
Auxiliares: Pedro Rebelo e Paulo Vieira
Resultado ao intervalo: 0-1
Marcadores: Zé Filipe (22’), Pedro’s (63’) e Curto (92’).
Acção disciplinar: Cartões amarelos: Duarte (30’), Bertier (45’), Pedro’ s (84’).

Silvino Cardoso
In VFM