Hoje era dia de festa em Tondela, o Desportivo comemorava o seu 76º aniversário e por um acaso do destino jogava uma possível subida de divisão. Portanto esperava-se festa dupla no final da partida, mas que acabou por ser tripla.
Para não haver duvidas nem precisar de resultados alheios o Desportivo precisava de ganhar e por isso acusou e muito a pressão como se verificaria durante a primeira hora de jogo.
Iniciou-se a partida com entrada pressionante do Tondela mas com muitos espaços na retaguarda e sempre que o Fiães tinha a bola a equipa da casa tremia. Mesmo assim a primeira oportunidade do jogo pertenceu aos tondelenses, com três jogadores a isolarem-se desde o meio campo, frente a um só defesa, com as combinações a serem todas bem feitas excepto a finalização já dentro da área com a bola a ser chutada por cima da barra, numa perdida escandalosa.
De seguida, e após recarga a um livre directo, o primeiro balde de agua fria para o publico, com golo para os visitantes, algo que pelo desenrolar da partida adivinhava-se.
Antes do intervalo o Desportivo também beneficiaria de um livre directo que acabou na base do poste esquerdo e assim se chegava ao intervalo.
A segunda parte trouxe-nos mais do mesmo, a tremedeira dos donos da casa acentuava-se e numa jogada em que toda a equipa estava na área do Fiães, o numero 4 da casa que estava (em principio) a controlar o avançado contrario afinal estava a olhar para “os passarinhos” e num ressalto de bola vindo da defesa deixa que esse mesmo avançado receba a bola 5 a 10 metros ainda dentro do seu meio campo, ultrapasse a divisória e corra sozinho até à baliza fazendo o dois a zero.
Nesta altura e pela primeira vez o publico não se conteve e começou a protestar com o mau jogo da equipa da casa, que era realmente deprimente. António Jesus não se conteve mais e fez entrar outro avançado - João Peixe - algo tinha realmente que mudar. A equipa sentiu o toque do publico, e a pressão com o segundo golo dos visitantes acabou por atenuar, afinal com 0x2 a margem de erro deixa quase de existir e a equipa lança-se sem problemas no ataque uma vez que perdido por 2 ou perdido por 10 é igual.
Foi assim que após 55 minutos de avanço o Desportivo e por intermédio de um endiabrado Beré começou por diminuir para 1 a 2, empatando poucos minutos depois de pénalti novamente por Beré. Nesta altura já não havia duvidas, o rumo do jogo tinha mudado, a equipa da casa era agora uma equipa muito mais segura e confiante contrastando com o desnorte dos fianenses.
Assim e após uma ou duas perdidas escandalosas já não foi surpresa quando novamente Beré fez o seu hat-trick repondo justiça no marcador para gaudio geral. De tal modo estavam todos galvanizados publico e jogadores que o resto da partida foi visto de pé pela maioria dos adeptos, tal a eminência constante de novo golo que viria a surgir, desta feita por Piojo a cabecear sozinho na área após cruzamento da esquerda.
Até final do encontro mais não se esperava que o seu termino para dar largas à alegria de todos os presentes, pelo meio cantavam-se "olés" em cada troca de bola, ou "campeões, nós somos campeões".
Nas bancadas sabia-se que o líder, Anadia, tinha perdido no Fontelo e como tal a subida foi coroada com o primeiro lugar, juntando três festas numa só, a de aniversário, a de subida e a de campeão de serie, num fantástico 3 em 1.
Realce para a patuscada no final da partida que se estendeu até depois do jogo da Selecção, onde todos os presentes estavam convidados a participar ( porco no espeto, sardinha assada e arroz de feijão, regados com vinho, água, sumo ou cerveja conforme o gosto de cada um). Ao mesmo tempo tocava uma banda e havia um ecrã para se ver o jogo da Selecção. Depois de terminado o Albânia - Portugal foi altura de se cantar os parabéns ao clube e distribuir bolo de aniversário, num final de dia que acabou por ser em cheio e que irá perdurar na memória de muitos por longo tempo.
Melhor era impossível...
Mensagens
0 comentários:
Enviar um comentário