segunda-feira, maio 21, 2012

Entrevista – Balanço da Época da Divisão de Honra 2011\2012

 

Acha o Mortágua um justo vencedor do campeonato?

Parece-me que sim. Se olhar-mos às últimas cinco épocas verificamos que o primeiro classificado, este ano, acabou com mais 8, 9/10 pontos. Talvez tenha contribuído muito para isso o facto dos últimos classificados terem conseguido menos pontos do que o habitual. O 12º classificado, nas quatro épocas anteriores tinha conseguido sempre 37 pontos. Nesta época o Fornelos (12º) conseguiu apenas 27 pontos. Em qualquer uma das épocas anteriores teria descido de divisão.
Mas números são números e o Mortágua foi o campeão, das últimas épocas, com maior número de pontos conquistados. Não acompanhei, de perto, o Mortágua mas pelos seus resultados, mostrou-se realmente acima de todos os seus adversários e em campeonatos, normalmente, a melhor equipa acaba por ser campeã, ou pelo menos a equipa mais regular, uma vez que se trata de uma competição longa onde a margem de erro é grande.

O que correu menos bem ao longo da temporada?

Não é normal os últimos classificados conseguirem um número tão reduzido de pontos. Apesar disso a competitividade foi grande, pelo que acabou por ser uma época muito interessante de ser seguida.

Ao longo da época qual foi o principal problema que afetava os clubes?

Parece-me que o problema maior dos clubes continua a ser o seu financiamento. Agravado pela conjuntura económica do nosso país.

Qual a sua expetativa quanto á próxima época?

Com a Subida de Vouzela, Sernancelhe e Mangualde a divisão de honra ganha maior qualidade. São três históricos do nosso distrito. Quer Mangualde, quer Vouzela ainda recentemente estiveram nos campeonatos nacionais. Será uma competição ainda mais competitiva do que a que agora acaba, apesar de se agravar, ainda mais, o problema de financiamento dos clubes.

O que acha que deveria melhorar para a próxima época?

De alguns anos a esta parte a diminuição do número de equipas deverá ser o maior problema para os responsáveis da AF Viseu. Julgo que a organização dos nossos campeonatos poderia ser repensada e procurar formas de tornar os campeonatos com maior interesse competitivo para os adeptos das várias equipas. Uma sugestão seria a possibilidade de se aumentar o número de jogos entre equipas próximas geograficamente.

Em relação a possíveis desistências, face às dificuldades dos clubes, acha que poderão ser em grande número?

Tem sido uma questão frequentemente colocada no fim dos campeonatos. São muitos os constrangimentos vividos pelos clubes e as dificuldades aumentam em tempos de crise. É bem provável que, também este ano, existam desistências. Não me atrevo a fazer prognósticos. Espero e desejo que sejam em número reduzido.

Como classifica as atuações das arbitragens ao longo da época?

Com a diminuição do número de jogos por fim de semana, devido à diminuição do número de equipas nas nossas competições a exigência aumentou. Pelo que acabou por existir uma seleção também entre os árbitros para os vários jogos.

De um modo geral a época acaba de forma positiva ou negativa?

Se com as desistências de muitas equipas e o grande número de subidas, que se verificou da época anterior para esta que agora acaba, se poderia esperar um nível mais fraco da competição, isso não se verificou. Acabou por existir uma prova muito competitiva, pelo que podemos afirmar que a época acabou de forma positiva, tendo dignificado todos os intervenientes. 

Saudações desportivas,

 Toni

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