Roriz acabou o encontro em cima mas quem saiu vencedor foi o Sernancelhe, que assim manteve a liderança isolada da classificação!! Desafio bem disputado com vencedor incerto até ao apito final!!
26 Luís Correia
2 Ricardo Alexandre
3 André Silva
6 Zito ©
8 Vicente
9 Sebastião
10 Egipto
15 Cabral
17 Marcelo Coelho
20 Noita
66 Emanuel Ferreira
Substituições: Vicente por 7 Alex Sousa (45`), Marcelo Coelho por 77 Fábio Ziro (75`) e Sebastião por 11 Pedro Santos (79´).
Suplentes não utilizados:
23 Sérgio Sacho
4 Marco Gomes
24 Rui Pinto
Treinador: Sérgio Macário
x
Clube Desportivo de Sernancelhe
12 Henrique
2 Vagner
3 Pedro Santos
4 Luís Carlos ©
6 Manso
7 Diogo
10 Kelton Jorge
19 Múller
20 Vítor Alexandre
21 Carlos Mileu
22 Igor
Substituições: Diogo por 17 Tiago Almeida (68`), Múller por 8 Boguinha (76`) e Carlos Mileu por 15 Glaciano (76´).
Suplentes não utilizados:
1 David
11 Fredson Miguel
13 Charles
16 André Serôdio
Treinador: Rui Santiago
04 Março 2012
Jogo no Campo Municipal da Cerca, em Penalva do Castelo.
Assistência: Cerca de 125 pessoas
Árbitro: Rui Rosa (A.F. Viseu - Mortágua)
Auxiliares: João Almeida & João Santos
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Carlos Mileu (14´), Múller (19`) e Egipto (g.p.) (87`).
Acção disciplinar: Cartão Amarelo para André Silva (20`), Ricardo Alexandre (30`), Cabral (34`), Zito (58`), Carlos Mileu (65`), Luís Correia (67`), Alex Sousa (78`), Vítor Alexandre (86`), Pedro Santos (88`) e Egipto (90+2`).
A diferença pontual e os objectivos neste momento são bem distintos para as equipas que se encontraram no campo da Cerca, mas a vontade em pontuar são bem idênticas.
A análise ao jogo tem que ser dividida em duas, mas juntando ambas as partes o Sernancelhe acaba por ser um justo vencedor porque foi eficaz nas ocasiões que criou, sobretudo e apenas no primeiro tempo.
Na etapa inicial, o Sernancelhe foi melhor que o Roriz, tendo ascendente sobre os da casa na partida. A equipa de Rui Santiago muito dinâmica nos primeiros instantes, parecia segura para sair deste encontro com um triunfo folgado, mas assim não se sucedeu. O Roriz entrou apático no encontro e sobretudo sem reacção para segurar os ímpetos velocistas de Múller, que se revelou como um elemento em foco na equipa que se deslocou da terra da Castanha. É certamente um elemento a seguir com atenção, sobretudo pelo seu talento e a sua tenra idade, que deixam auspiciar um belo futuro para este desportista de nacionalidade brasileira.
Aos três minutos, já a bola rondava com perigo iminente de golo a baliza de Luís Correia, que viu a trave e uma defesa atenta do próprio, evitar que a turma forasteira se adiantasse cedo no marcador por intermédio do referido jogador de origem sul-americana.
Evitou desta, mas aos 14 minutos a bola entrou mesmo, depois de insistência de Carlos Mileu a um remate recarga. A defesa do Roriz não acompanhou o lance com a devida atenção e o jogador centro-campista do Sernancelhe não perdoou para inaugurar o marcador.
Sem dar espaço de manobra de resposta ao Roriz, o Sernancelhe neste inicio de partida, mostrava argumentos que levam a equipa a ocupar a liderança desta série Norte da 1ª Divisão Distrital.
O Roriz ainda sem conseguir entrar no jogo, viria aos 19 minutos sofrer o segundo da contenta do encontro, que favorecia o visitante. Deste vez Múller foi eficaz, redimindo-se da primeira jogada do encontro, em que atirou ao travessão da baliza. No entanto existiu dúvidas na legalidade da posição do jogador mais avançado do Sernancelhe. O auxiliar nada assinalou e o marcador conferia dois golos para o Sernancelhe sem resposta do Roriz.
De alguma maneira, o Roriz depois de começar a assentar um pouco o seu jogo, reagiu aos primeiros 25 minutos, sensivelmente, fortíssimos do Sernancelhe.
Jogava-se de forma muita viva e entrega pela luta da posse de bola e um jogador destacava-se na partida nesta primeira parte. Múller, o autor do segundo golo da partida, revelava-se o principal quebra-cabeças do Roriz. E foi o próprio que teve a última chance de perigo eminente de golo nos pés no primeiro tempo, mesmo no penultimo minuto da etapa primeira, em boa posição perante Luís Correia, atira por cima da baliza.
Ao intervalo, exigia-se mudanças no Roriz, que perdia por 0x2 e jogava com pouca acutilância, apesar de ter conseguido sacudir a pressão forte do Sernancelhe nos primeiros 25 minutos. Sérgio Macário deixou Vicente no balneário e fez entrar Alex Sousa, elemento preponderante do ataque da formação do concelho de Penalva do Castelo, que regressou assim à competição passado quase meio ano de ausência por lesão. Em boa hora foi lançado no encontro, para bem do Roriz e do futebol distrital, ver este talentoso jogador rorizense em acção. A alteração teve então o efeito mais desejado no terreno de jogo e o Roriz veio com outra disposição para a etapa complementar.
Os sernancelhenses perderam de certa forma a fluidez no jogo que tinham imposto no primeiro tempo e foi o Roriz que passou a ter a iniciativa de jogo. Se o primeiro quarto de hora do tempo segundo foi marcado pelo equilíbrio e sem oportunidades de golo, a última meia hora da partida, foi de pressão constante do Roriz sobre o Sernancelhe, este que se apresentou com uma postura mais recuada e mais na contenção nestes últimos 30 minutos.
Um forma de jogar mais calculista sem que contudo concedesse espaços aos rorizenses que jogaram com as suas armas, hoje reforçado pelo contributo do talentoso Alex Sousa, que garantiu outra acutilância à equipa da casa.
Contudo as oportunidades de golo não se visualizavam em campo, mesmo que fosse o Roriz a assumir as despesas da partida já que na defensiva do Sernancelhe "mora" um alto e experimentado defesa, de nome Vagner, que tem uma vasto currículo nos campeonatos nacionais de Portugal, tendo inclusive passado pelo Penalva do Castelo à uns recuados anos atrás.
O jogo de certa forma, bastante disputado a meio campo, ia sendo quebrado pelas arrancadas de Alex Sousa, que aos minuto 79 esteve perto de marcar, depois de bela jogada individual que merecia outro desfecho.
Era o melhor período do Roriz na partida, já que por outro lado demonstrava aparentemente mais frescura física do que o adversário. É então que à entrada dos últimos cinco minutos do tempo regulamentar do encontro, o Roriz chega ao seu golo e reduz o marcador para um golo de diferença. Pedro Santos, ganha posição dentro da grande área e Vítor Alexandre comete falta sobre o elemento rorizense para grande penalidade. Egipto, chamado à conversão, não falhou e de certa forma veio relançar a partida na atribuição do vencedor.
Iriam ser certamente momentos de incerteza no marcador, já que o Roriz continuou a pressionar o adversário e acabou o encontro por cima do encontro e na busca incessante do golo da igualdade, que não chegou a acorrer, depois de jogados minutos de emotividade até que o apito final suasse da boca do arbitro.
Podia ser tido um justo prémio, o da igualdade, pelo acreditar e o belo jogo apresentado neste segundo tempo, pelo Roriz, perante o grande candidato ao primeiro lugar desta série, que não esteve tão bem na etapa complementar, mas conseguiu certamente o que mais queria, os três pontos em jogo, para o manter na liderança e a vantagem sobre os principais adversários.
Valeu a pena assistir a esta interessante partida e com vencedor incerto até ao final e em campo foi visível que a diferença pontual entre as equipas é pouco redutora e fiável.
É certamente destes jogos que vale pena vir ao futebol.
Por fim uma palavra sobre o trabalho da equipa de arbitragem, que ao nível técnico esteve num bom patamar, mas menos bem no capitulo disciplinar por nem sempre utilizar o mesmo critério para as duas equipas.
Próxima ronda está aguardado um confronto entre o Sernancelhe e o Carvalhais e por outro lado, o Nespereira recebe o Roriz.
[CinZa]
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